10 DE JUNHO - O DIA DE PORTUGAL, DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS
Entre outras coisas, será um espaço de crítica actual de factos (ou fatos) e acontecimentos que ocorrem e sucedem no nosso país e que potenciam o nosso crescente "direito à indignação". Será também, um espaço de opinião livre, mas responsável, sobre temas diversos. Sevla
terça-feira, 10 de junho de 2025
domingo, 8 de junho de 2025
‘O ESGOTADO’
Tropecei neste título, através de
um escrito de Pedro Mexia, no Expresso de ontem, e pensei, que coisa mais
apropriada, para a atual situação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de
Sousa. “O Esgotado”. Não é pela cena da feira do livro, com a cidadã "apescoçada"
por Marcelo, que à viva força queria dar a sua opinião sobre o tema dos protestos
da cidadã. Este é um episódio recorrente que, como alguém dizia, inscreve-se na
necessidade quase doentia de Marcelo de querer ser aceite por todos. Respeitar
o espaço dos outros é algo que Marcelo nunca entendeu, muito menos na cadeira
que ocupa. Foram quase dez anos de desperdício presidencial e de contributos medíocres,
quer para a democracia portuguesa, quer para o seu desenvolvimento político e
social. Nem na vertente externa, Marcelo deu um contributo significativo, para o
posicionamento de Portugal no contexto das nações. Populista «bacoco», foi
gastando energias na criação de condições adversas ao 25 de Abril, escusando-se
a praticar a democracia constitucional, abrindo caminho aos seus pares, sem
consideração pela vontade do povo expressa maioritariamente nas urnas. Dos já
oito anos de mandato, três foram gastos em dissoluções do parlamento e em
governos minoritários. Aqui chegados, Marcelo não se rendeu. Esgotou-se.
Há uns anos, para situações idênticas
hás de Marcelo, pedia-se que ‘terminasse o mandato com dignidade’. Hoje, o cansaço
e o desinteresse popular é de tal ordem, que toda a gente, literalmente,
está-se nas tintas para a forma como Marcelo termina o seu mandato. Até o seu séquito,
evita expressar-se. Todos estão cansados. Dir-se-á que Marcelo percebeu isso e
durante o primeiro semestre de 2025, quase não se mostrou nem se fez ouvir.
Aparentemente verdadeiro, com custos para o normal funcionamento das
instituições democráticas que, estando órfão da instituição presidencial, viu
acentuar-se a degradação das restantes instituições, com destaque para a Assembleia
da República, Governo e Tribunais. Ganhou o populismo partidário e as fórmulas antidemocráticas.
É confrangedor assistir ao
definhamento de um político que percorreu todo o estado democrático sem que se
possa apontar um contributo decisivo para o seu desenvolvimento e termine ‘Esgotado’,
«por não fazer nada».
quinta-feira, 5 de junho de 2025
‘ROUPA VELHA’
São inúmeros os significados de
‘roupa velha’, sendo o mais apreciado aquele que resulta de uma receita
tradicional do Minho, típica do Natal, feita com as sobras de bacalhau da Noite
de Consoada, sendo tradição comer roupa velha ao almoço do dia de Natal, antes
de servir o prato de carne.
Originalmente uma prática
associada a famílias pobres (devido ao aproveitamento dos restos do jantar
anterior), passou à condição de tradição geral de muitas famílias portuguesas,
especialmente, minhotas.
A origem do nome deste prato
deve-se ao seu aspeto quando é servido, em que os alimentos se envolvem uns nos
outros, cortados em pedaços
É, pois, destas ‘sobras’, que é
feito o novo governo de Portugal, liderado e anunciado pelo reconduzido
primeiro-ministro Luís Montenegro.
Na política, ao contrário da
culinária, a ‘roupa velha’ tem o significado de já gasto ou muito usado. Este
‘novo’ governo, a ser empossado, é uma governo já gasto, que irá reutilizar ou
reciclar políticas em desuso. Será com estas ‘sobras’, que o ‘novo’ governo
pretenderá dar uma nova vida à ‘politica velha’, fazendo ‘politica nova’ a
partir dela (upcycling). Fracasso, adivinhado.
Mas este não é o único sinal
negativo dos tempos atuais. Todas as restantes instituições, são, hoje, ‘roupa
velha’. Presidência da República, Presidência da Assembleia da República e
Governo, são atualmente ‘sobras’ fornecidas por um eleitorado descontente com a
política. Não é ‘bacalhau’. É Paloco do Pacifico ou Escamudo do Alasca (𝘞𝘪𝘬𝘪𝘱é𝘥𝘪𝘢)
Reponha-se, o quanto antes, a 𝘵𝘳𝘢𝘥𝘪çã𝘰.
sábado, 31 de maio de 2025
𝐕𝐞𝐧𝐜𝐞𝐫 𝐚 𝐃𝐞𝐦𝐨𝐜𝐫𝐚𝐜𝐢𝐚 𝐩𝐞𝐥𝐨 𝐂𝐚𝐧𝐬𝐚𝐜̧𝐨 – 𝐎 𝐭𝐫𝐢𝐬𝐭𝐞 𝐞𝐱𝐞𝐦𝐩𝐥𝐨 𝐩𝐨𝐫𝐭𝐮𝐠𝐮ês
Com o maquiavelismo que se lhe conhece, Marcelo Rebelo de Sousa, no lugar que ocupa, conseguiu descaracterizar o regime democrático e levar ao cansaço, desânimo e resignação do povo português, após as sucessivas ‘paragens’ da democracia e as intermináveis eleições antecipadas, como fonte de descrédito, calculado e pensado, para os objetivos inconfessáveis de enfraquecimento do regime democrático e ressurgimento das vias autoritárias e populistas de onde emergiu. Objetivos conseguidos.
O autoritarismo avança não por superioridade ideológica, mas pela ‘exaustão dos cidadãos’, perante conflitos incessantes, polarização e ineficiência governamental. Agressores políticos exploram a fadiga social para impor agendas, enquanto democratas buscam conciliação, muitas vezes cedendo por esgotamento. Este é um fenómeno global, observado em muitos países, incluindo europeus, onde as instituições democráticas foram "capturadas" gradualmente, transformando incredulidade inicial em resignação. Pandemias, recessões e instabilidade social, amplificam a vulnerabilidade ao discurso simplista, enquanto cidadãos sobrecarregados buscam soluções imediatas.
PS e PSD, usando a ‘tática do
espantalho’ alimentaram o 𝐶ℎ𝑒𝑔𝑎
para fragmentar rivais, replicando a estratégia de Mitterrand com a Frente
Nacional em França. Resultado: Ventura saltou de 48 para 58 deputados (2025),
normalizando discursos xenófobos e punitivistas. A cobertura sensacionalista de
escândalos e a ‘banalização do extremo’ saturaram a opinião pública, gerando
apatia ou adesão a "soluções simples".
Acentua-se a crise existencial do Estado, pela mediocridade dos seus responsáveis políticos, a que acresce uma burocracia asfixiante, uma justiça lenta e serviços públicos em colapso (saúde, transportes), que geram frustração diária. Portugal ocupa a 45ª posição em eficiência laboral (IMD Competitiveness Ranking). As oscilações ideológicas em políticas essenciais (habitação, energia) criam insegurança jurídica.
Há que, rapidamente, reconstruir a confiança, apostando em lideranças "sóbrias", como propõe Pierre Rosanvallon, em resposta ao autoritário "bêbado de poder", o que exige firmeza sem agressividade. Há que valorizar o diálogo institucional, escolhendo o Parlamento como espaço de mediação, não palco de guerras performativas. Há que pugnar pela defesa cultural da democracia, usando a memória como antídoto. Relembrar que em 1974, o “25 de Abril é liberdade" (contra a ditadura) o que contrasta com discursos ocos atuais. Sem essa consciência histórica, o populismo prospera. Fomentar o ‘ócio criativo’ (Stevenson) e a arte como resistência ao cansaço produtivista que esvazia a ação política.
Portugal sintetiza o risco mortal das democracias tardias. A convulsão entre o ‘cansaço das promessas não cumpridas’ e a sedução do atalho autoritário. O país não está só – Hungria, Brasil e EUA, entre outros, compartilham esta encruzilhada –, mas a sua queda seria trágica por ser previsível. Como alerta Sant'Anna, “𝑎 𝑑𝑒𝑚𝑜𝑐𝑟𝑎𝑐𝑖𝑎 𝑡𝑒𝑚 𝑓𝑟𝑎𝑔𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑡𝑟𝑖́𝑛𝑠𝑒𝑐𝑎: 𝑒𝑙𝑎 𝑒́ 𝑓𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒𝑠”. Sua defesa exige mais que instituições: requer cidadãos incansáveis.
segunda-feira, 26 de maio de 2025
O Senhor Procurador-Geral da República (PGR), da era Montenegro, inaugurou uma nova perspectiva investigatória, aos políticos, sob rumores ou suspeitas, provenientes de denuncias anônimas, não os submetendo a inquérito crime, mas antes, passando pelo crivo da chamada “Averiguação Preventiva”, fase em que não há arguidos. Foi, sobre ‘brasas’, no caso Montenegro/Spinumviva, que o ‘corajoso’ PGR inaugurou esta nova ferramenta investigatória sob o primeiro-ministro demissionário, deixando a recato o mais que pôde, o candidato à reeleição (o que veio a acontecer). Porém, para que o processo fosse equitativo, abriu também uma “averiguação preventiva”, ao então líder do PS, Pedro Nuno Santos (PNS), sobre a compra de dois imóveis, um em Lisboa e outro em Montemor-o-Novo. Até aqui, como diria o outro, perfeito. Como disse, PNS, “As denúncias são anónimas, mas a verdade é pública”. Então, qual a diferença? A diferença, que é muita, está no facto de, desde novembro 2023, uma investigação da revista “Sábado” levantou suspeitas sobre a origem dos fundos utilizados por PNS, para adquirir os dois imóveis. Essas suspeitas incluíam inconsistências nas declarações sobre o pagamento de um crédito bancário de 450 mil euros e a relação entre a compra do terreno em Montemor-o-Novo e a localização do novo aeroporto de Lisboa. Pois foi exatamente com base nestas suspeitas que, repito, datam de novembro de 2023, o MP, em abril de 2025, abriu uma ‘averiguação preventiva’, com o objetivo de verificar indícios de crimes como corrupção ou uso indevido de fundos públicos. Porém, perdidas as eleições legislativas, realizadas a 18 de maio de 2025, pelo ex-líder do PS, em 25 de maio de 2025, o MP anunciou que a averiguação seria “arquivada’, considerando os esclarecimentos de Pedro Nuno Santos satisfatórios e sem indícios suficientes para abrir um inquérito criminal. Tudo se torna mais fácil, quando o caminho é limpo, previamente.
Agora é deixar ‘apodrecer’ as
‘averiguações preventivas’ em curso, tal como as insinuações criminais que
retêm o Presidente do Conselho Europeu. Ambas, já não fazem ‘mossa’.
Sou do tempo em que alguns fumadores, fumavam cigarros da marca ‘Provisórios’ e outros da marca ‘Definitivos’. Os primeiros, convenciam-se que era fácil deixar o vício. Já os segundos vincavam o seu apego ao vício, Não sei a que propósito me lembrei disto agora!
sábado, 24 de maio de 2025
PORTUGAL NA ENCRUZILHADA DA
HISTÓRIA - PARTE II
Escrevi aqui, em 15 de maio passado, portanto antes das eleições, que
Nem duas semanas passaram e as
forças mais antidemocráticas do espetro politico português, vencedoras das
eleições, conjuntamente com os neoliberais de pacotilha, propõem revisões
constitucionais que vão desde, a revisão do preambulo da Constituição, há redução
do numero de deputados, á instauração da prisão perpétua, a castração química, à
revisão do estatuto do SNS e do Estado Social, com especial destaque para as
prestações sociais, à imigração, ao preconceito, enfim à descaracterização do
regime democrático saído do 25 de Abril de 1974.
Portugal enfrenta hoje um cenário político complexo e inédito após as eleições legislativas de 18 de maio de 2025, marcadas pelo crescimento da extrema-direita, o declínio histórico da esquerda e a persistência de um Parlamento fragmentado. Este momento representa um ponto de viragem na democracia portuguesa, com implicações profundas para a governabilidade e o equilíbrio de poder.
Pela primeira vez, PS e PSD (integrado na AD) não detêm dois terços do Parlamento, sinalizando o colapso do sistema bipartidário que dominou Portugal desde 1974. A ascensão do Chega, que quintuplicou sua representação desde 2019, reflete, o descontentamento com a imigração e a economia: O partido capitalizou frustrações com políticas de imigração, custo de vida e corrupção, usando retórica anti-establishment e alinhada ao trumpismo. Eleitores no sul do país, outrora fiéis à esquerda, migraram para o Chega, especialmente em regiões rurais e periféricas.
Avizinha-se instabilidade económica, com reformas estruturais, como a exploração de lítio e a privatização da TAP, podendo ser adiadas, comprometendo fundos da UE.
A normalização da extrema-direita,
desafia os valores democráticos, pressionando as políticas anti-imigração e
conservadoras, com sério risco de radicalização, uma vez que a fragmentação
partidária e a polarização vão alimentar discursos populistas, como visto no
aumento de «fake news» durante a campanha
Em suma, Portugal enfrenta um dilema entre a “continuidade de um governo frágil” e a “tentação de soluções autoritárias”. A incapacidade das esquerdas em se unir e a rejeição da AD ao Chega deixam o país numa encruzilhada histórica, onde o diálogo e o pragmatismo serão essenciais para evitar o colapso institucional. Como observado por alguns analistas, "o sistema político português saiu destas eleições destroçado" – e sua reconstrução exigirá mais do que promessas eleitorais.
Um Novo Capítulo se abre na Democracia Portuguesa
sábado, 17 de maio de 2025
MORREU ‘PEPE’ MUJICA, UM SÍMBOLO DE HUMANIDADE
Nesta última terça-feira (13/05), morreu José Alberto Mujica
Cordano, conhecido popularmente como “Pepe” Mujica, ex-presidente do Uruguai,
aos 89 anos.
"Pepe" Mujica,
conhecido carinhosamente como "o presidente mais humilde do mundo", é
uma figura emblemática de liderança e humanidade. Nascido em 20 de maio de
1935, em Montevidéu, Uruguai, Mujica viveu uma vida marcada por desafios, resiliência
e um profundo comprometimento com a justiça social.
Mujica tornou-se um símbolo de
humanidade não apenas pelas suas políticas, mas pelo seu discurso e exemplo de
vida. Frequentemente, ele discursava sobre a importância da sobriedade,
criticando o consumismo desenfreado e destacando a necessidade de os líderes
políticos estarem próximos dos cidadãos comuns. A sua postura ética e o seu
modo de vida austero inspiraram milhões à volta do mundo, reforçando valores de
solidariedade, humildade e compromisso com a justiça social.
Após deixar a presidência, Mujica
continuou a ser uma voz ativa em prol dos direitos humanos e da igualdade,
mantendo a sua relevância no cenário internacional como um exemplo de liderança
que prioriza o bem-estar coletivo sobre os interesses pessoais ou de poder. “Pepe”
Mujica, com a sua trajetória única, não é apenas uma figura da política
uruguaia, mas sim um verdadeiro símbolo de humanidade contemporânea.
A sua morte é uma perda
irreparável
quinta-feira, 15 de maio de 2025
PORTUGAL NA ENCRUZILHADA DA HISTÓRIA
Mais uma vez, Portugal, se vê
numa situação difícil onde vai precisar de tomar uma decisão. As eleições
legislativas antecipadas, para o corrente mês de maio, fruto de um desacerto
democrático, colocou o país em rota de colisão com a democracia e o Estado de
Direito. Sucessivas manifestações antidemocráticas, praticadas pelos órgãos de
soberania, a começar pelo Presidente da República, desde novembro de 2023, ante
uma maioria absoluta, foi o início de um período de degradação das instituições
publicas e privadas, com laivos acentuados de preconceito, xenofobia, racismo e
o desprezo pela imigração pobre. Aliás, neste ponto, o governo demissionário
galgou a onda do protofascismo, acolitado pelos partidos de extrema-direita,
parceiros de ocasião. Sem condições para resolver o problema dos
indocumentados, o governo aceita que estes sejam «chupados até ao tutano»,
pelos seus apoiantes e, quando o assunto assume características de indigência
gritante, a roçar a escravidão, responde com ordem de deportação. Ventos do mundo,
sem dúvida. E memória curta ou falta dela. Portugal foi e ainda é um país
eminentemente emigrante. Os portugueses da emigração foram das camadas mais
pobres do país, que tal como agora, com outros povos, procuraram melhores
condições de vida, em outros destinos.
Um dos capítulos mais marcantes
da história da emigração portuguesa é seguramente o ciclo da emigração lusa
para França nos anos 60, devido ao processo de reconstrução gaulês do
pós-guerra, que em parte, foi suportado por um enorme contingente de
mão-de-obra portuguesa pouco qualificada, que encontrou nos setores da
construção civil e de obras públicas da região de Paris o seu principal
sustento.
Num país estruturalmente
condicionado pelo regime autoritário e conservador que vigorou em Portugal
entre 1933 e 1974, a miséria rural, a ausência de liberdade, a fuga ao serviço
militar e a procura de melhores condições de vida, impeliram entre 1954 e 1974,
a saída legal ou clandestina, de mais de um milhão de portugueses em direção ao
território francês. Este é um legado nosso, quer queiram quer não.
Mas este mesmo povo, em outras alturas,
desbravou terras e mares e deu a conhecer ao mundo novos mundos. Esta circunstância
singular de fazer das fraquezas forças, reflete-se nas nossas características e
maneira de ser, sempre com o sinal menos de o coletivo interno ser
maioritariamente incapaz de conduzir a resultados idênticos aos produzidos no
exterior. Fora de Portugal, os portugueses sempre transformaram as suas
fraquezas em força e determinação. Dentro de Portugal, os portugueses
transformam as suas forças em fraquezas que se manifestam diariamente no
domínio da política, da educação, da economia, do social e do humanitário.
Abril, abriu-nos a porta da
esperança, de um país melhor, mais próspero e mais justo. Foi incomensurável,
apesar de tudo, o caminho percorrido até aqui. Não podemos perder o que de tão
precioso já conquistamos.
sábado, 19 de abril de 2025
Aos Meus Netos
Nenhuma IA desenhou a coragem da madrugada em que os tanques viraram flores, nem programou o tremor das vozes que, em segredo, trocaram versos de resistência enquanto o rádio anunciava “Grândola” como senha.
Não entende o cheiro da terra
molhada após décadas de seca,
nem o peso das chaves atiradas às
janelas quando o povo descobriu que as grades eram mentira.
o algoritmo não inventa abraços,
não tece a solidariedade das
ruas,
não ouve o silêncio quebrado por
uma canção.
A revolução foi um suspiro
humano,
um "até aqui" de gente
comum
que ousou trocar ordens por
perguntas.
lembrem-se:
as máquinas não choram
quando leem cartas de exílio,
nem sabem o sabor do pão
partido em abril.
E vocês, netos, são a prova viva de
que a liberdade não se atualiza em softwares — renasce, sempre, nas mãos que a
constroem.
Para que nunca confundam a fria
precisão das máquinas com o caos quente de sermos humanos.
segunda-feira, 7 de abril de 2025
A PULSÃO DOS PEDROS
Aceito que
discutir o que escrevem os analistas ou afins da nossa política é passar ao
lado do que é essencial. A verdade é que muitos analistas, cronistas e afins,
acabam por falar do que é essencial, ainda que de forma canhestra ou
comprometida. É o caso de Clara Ferreira Alves, no Expresso, na sua habitual
coluna - Pluma Caprichosa. Também ela, em resumo, arfava pelo regresso
de Pedro Passos Coelho (PPC).
No passado,
outro Pedro, da mesma família política, provocava-lhe suores. Pedro Santana
Lopes. Creio, certamente em erro, que não era pelo conteúdo, mas pela forma.
Seja como for, os apaniguados juntam-se, para fazer saltar Montenegro e abrir a
porta a PPC. Não sei se o professor está disponível para interromper a
sua ‘brilhante’ carreira académica. Seja como for, eles querem. Há uma parte do
PSD, saudosista, que nada mais vêm à sua frente, senão PPC. Veem nele as
qualidades de líder que nenhum outro companheiro tem. Creio que tudo tem a ver
com a sua qualidade de submissão à Troica e, sobretudo, a sua coragem para ir
‘além da troica’. Hoje, na Europa, quando se reflete sobre este período da
crise financeira, e a forma como alguns países, incluindo Portugal, foram
tratados pelas instituições europeias e internacionais, derramam-se ‘lágrimas
de crocodilo’ sobre a bestialidade das políticas impostas e dos efémeros
resultados das mesmas. Porém, há quem tenha gostado. São uma espécie de Malthusianos,
dos nossos tempos.
LIMPEZA ÉTICA – A OPORTUNIDADE PERDIDA?
Cada eleição antecipada, tem a
sua história. A que vem aí, é fruto de uma promiscuidade entre a atividade
política e atividade pessoal e profissional do primeiro-ministro, que levou à
sua queda. O mais incompreensível é, conhecendo-se o que se conhece, Luís
Montenegro, usar das regras da democracia para sufragar o seu comportamento, ou
seja, submeter o governo de Portugal a uma moção de confiança, para legitimar
comportamentos individuais do primeiro-ministro, encontrando-se estes
desligados da governação. Falta de vergonha, só pode ser. Luís Montenegro,
atingiu o ridículo ao usar um órgão de soberania, para cobrir as suas
atividades privadas, intrinsecamente beneficiárias do seu trajeto político, até
à denuncia, e só esta serviu para estancar a hemorragia de dinheiros públicos,
semipúblicos ou privados, canalizados para a sua atividade individual e/ou
familiar.
Pacheco Pereira, comenta que a
apresentação de uma moção de censura por Montenegro foi um suicídio político.
Aparentemente sim. Mas tudo indica que Montenegro estava (está) convencido de
que nada de errado fez, por usar e abusar da sua condição político partidária,
ao longo dos anos, para dai extrair benefícios pessoais e familiares. Uma
situação muito comum, nos chamados advogados/políticos. Estão na política para
servir o bem próprio em detrimento do bem comum. Há uma espécie de ideia de que
esta «classe» beneficia de um estatuto ‘supra cidadão’. É curioso, que a nossa
história deu exemplos marcantes de advogados que se dedicaram à defesa das
liberdades e do bem comum, sem nada quererem para eles, pagando até, muitas
vezes, com a sua própria liberdade.
Pelo contrário, esta «classe»,
nascida após Abril de 1974, não aprendeu nada, de sério. E, por isso, hoje,
quer no governo do continente quer no governo da Madeira, temos dois
advogados/políticos suspeitos de atividades do foro civil se não mesmo
criminal. Politicamente, estão feridos mortalmente, e a ética obrigava a que
abdicassem, mas não é isso que se passa. Por razões diversas, ambos se querem
manter no poder, ambos concorrendo à reeleição. Um já foi reeleito. Mais uma
vez, a justiça vai ter de esperar.
Esta seria a oportunidade única,
para uma limpeza ética. Os portugueses têm a obrigação de punir os deputados
delinquentes e os partidos que os apoiam bem como os políticos que andam nas
margens da corrupção e se aproveitam sem escrúpulos do Estado de Direito
Democrático, não os elegendo.
Na Madeira, decidiu-se manter o
«status quo». Que assim seja.
“AVERIGUAÇÃO PREVENTIVA” - A nova parceria pública ou privada (MP/Jornalistas)
Com a tomada de posse do novo procurador-geral
da República, da escolha do já demissionário governo da AD, sem intervenção do
PR, assistiu-se a uma ‘inovação’ no campo da investigação criminal, que dá pelo
nome de “Averiguação preventiva”, procedimento administrativo preliminar usado
para avaliar se há elementos suficientes para justificar a abertura de um
inquérito. Este procedimento, de muito pouco uso, foi chamado ao multifacetado
caso Montenegro, pois o MP entendeu que seria necessário recolher informações e
provas antes da abertura formal de um processo penal.
Por aquilo que se percebe, o objetivo
é determinar se há indícios suficientes para justificar a investigação ou
acusação formal do primeiro-Ministro Montenegro.
Durante a averiguação preventiva, as
autoridades podem utilizar diversas técnicas de investigação, respeitando
sempre os direitos fundamentais dos cidadãos, como a garantia de presunção de
inocência e o direito à privacidade. Esta fase é crucial para assegurar que
apenas casos com fundamento suficiente avancem para a fase de investigação
formal e, eventualmente, para julgamento.
Apesar da ‘inovação’, este
procedimento tem a vantagem de não ter arguido e, consequentemente, medidas de
coação, designadamente, o termo de identidade e residência. É, pois, um
procedimento administrativo preliminar, muito próximo (salvas as devidas distâncias)
do dito jornalismo de investigação. E foi assim que o Observador o interpretou.
Daí, Luís Montenegro, se ter voluntariado para por à disposição o dossier com a
‘sua história’ ao dito Observador que, depois, certamente, o fará chegar ao tal
procedimento administrativo preliminar, denominado, ‘averiguação preventiva’,
conduzido (em princípio) pelo Ministério Público. Uma «Joint venture»
perfeita. Que já deu frutos. O Observador, através do seu ‘inspetor’ Luís Rosa,
fez publicar um extenso trabalho, baseado nos milhares de documentos que lhe
foram facultados, de onde já extraiu algumas conclusões e interrogações, a mais
significativa é “a de que a montanha de suspeitas pariu um rato?”
Esta interrogativa / conclusiva,
parece ser uma violação da pareceria, que ainda dá os seus primeiros passos e
já o parceiro, se apressou a tirar conclusões. Podemos admitir que Luís
Montenegro deu primeiro os documentos ao Observador, por entender que este era
mais lesto e despachado nas conclusões, obviamente, ‘impolutas’. Já o MP, que
ainda analisa a documentação que dispõe (alguma ainda não lhe foi entregue,
segundo o Expresso de 05-04-2025), será mais lento na apreciação ainda que
possa com segurança chegar a mesma conclusão do Observador. Montenegro, não se
pode queixar desta pareceria público/privada, que lhe é amiga. Primeiro, porque
beneficiou, de um procedimento prévio, ao inquérito crime, o quem faz com que
não tenha o estatuto de arguido nem sujeito a medidas de coação. Segundo porque
este procedimento administrativo preliminar, conta com a colaboração insuspeita
do Observador, e do seu ‘Inspetor’ Luís Rosa, um militante justicialista da
escola de Cavaco Silva. Tudo, ‘bons rapazes’.
sexta-feira, 21 de março de 2025
O QUE QUERES SER, QUANDO FORES GRANDE?
“Há
pais sem espírito crítico que levam o filho ao Ídolos, dizem que
canta e não canta nada. Devemos amá-los, mas também ser críticos”. Esta
frase é de Salvador Martinho, humorista português, dita no podcast da “Geração
80”, conduzido por Francisco Pedro Balsemão.
Eu como julgo saber do que ele
está a falar, pus-me a pensar se os pais de Salvador Martinho, também não
tiveram espírito critico, quando ele pensou abraçar a carreira de humorista,
sabendo que o humor não abundava naquelas paragens. Pelo que ele diz, o pai
sim, porém, a «A mãe sempre acreditou que o filho ia ser humorista». A
Mãe a ser Mãe. Sempre foi assim e assim será ‘forever’. As Mães
conseguem ter a bondade intrínseca de ver qualidades
nos filhos que outros não vêm. O miúdo pode fazer ou escrever umas graçolas,
zás, é humorista. A verdade é que Salvador Martinho, mal ou bem lá vai andando
na carreira de humorista. Esforçou-se, teve sorte, a Mãe nunca perdeu a fé no
filho, e derrubou todos os obstáculos à sua frente? Fosse o que fosse, Salvador
Martinha está na profissão onde (segundo ele) sempre quis estar. Não sei se foi
sujeito a provas, audições ou qualquer outra situação do género. Sei que está
onde está, porque alguém acreditou nele. A Mãe, pelo menos …
Por aqui perceberá, Salvador
Martinho, que nem sempre é a falta de «espirito critico» dos pais, que
alimentam o sonho de um jovem que deseja ser cantor. Estes sonhos, têm uma
força inabalável, o que leva muitos jovens a insistir de uma maneira quase doentia,
a prosseguir nesse sonho, não aceitando, que não o possam concretizar. Aliás,
neste momento, Portugal vive um dos períodos mais pobres no campo das artes,
não havendo sinais, de que a situação vá melhorar. A música, o teatro, a dança,
a pintura, a escultura, a literatura, o humor, o cinema, a fotografia, o
artesanato, etc., etc., vivem um período de fraqueza criativa e, salvo honrosas
exceções, a maioria dos protagonistas, é de fraca qualidade. Como diria
Salvador Martinho, não beneficiaram de um «espírito crítico» dos pais, ou, dito
de outro modo, beneficiaram da bondade intrínseca das Mães. É a vida, como
diria o outro …
domingo, 2 de março de 2025
𝐌𝐎𝐍𝐓𝐄
𝐍𝐄𝐆𝐑𝐎 - 𝐏𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐈𝐈
Em 06 de maio de 2023, escrevi no FB, o seguinte:
«Diz o ChatGPT, que “monte”,
pode significar um grande número ou quantidade de algo, como eu "Tenho um
monte de livros para ler antes do fim do semestre” ou, digo eu, “Eu tenho um
monte de pisos na minha casa.” Na versão mais académica, “monte” significa uma
elevação de terreno, uma colina ou uma montanha. Seja como for e em quaisquer
dos casos, “monte” significa quantidade em sentido próprio e/ou impróprio.
Quando por exemplo dizemos, “eu tenho inveja do líder do psd pelo “monte” de
pisos que tem a sua casa” ou o “monte” de casas de banho, é evidente que aqui
estamos a dar relevo à quantidade (“monte”), o que num país pobre e endividado,
é obra. É claro que o “mérito” aqui tem o seu papel. Só é possível fazer ‘omeletes
sem ovos’, se estivermos a pensar nos ovos alheios. E aqui está a habilidade,
meritória, dirão alguns. Não sigo exatamente estes que o dizem, pois para mim
gosto mais do anúncio televiso de outrora: “Palavras para quê? É um artista
português”. Em outros episódios conhecidos, recentes, o líder do psd já tinha
mostrado virtualidades para criação de “montes” de dinheiro, na verdadeira
aceção de “elevação” do seu património pessoal, baseado em fenómenos de
natureza eruptiva, associados à extravasação da sua “influence”, junto de
entidades públicas de natureza regional ou local. Meritocracia, propalam os
"compagnon de route". Como disse, acho que a coisa é mais “chã”.
Contudo, contrariamente ao “monte branco” ("Mont Blanc") que é
límpido e cristalino, o “monte negro”, deve a sua elevação (patrimonial), ao
engenho humano. Talvez por isso, não seja branco, mas negro. Negro de escuro,
sem transparência, opaco e dissimulado. O monte negro é a antítese do que se
exige de um político que aspira a governação de um país. Ou seja, nas palavras
do presidente Marcelo, falta-lhes capacidade, confiabilidade, credibilidade,
respeitabilidade e autoridade. Isto é muito mau, porque deixa o presidente “à
coca” …»
Ainda nem 2 (dois anos) passaram
e o dilúvio enviado pelas ‘divindades’, destrói os restos de credibilidade
existentes em monte negro.
A empresa da família do
primeiro-ministro e um eventual conflito de interesses são motivo de debate há
duas semanas. Têm sido conhecidos novos pormenores relacionados com clientes e
colaboradores da Spinumviva e do outro património do chefe do Governo, mas esta
não é a primeira polémica que envolve o social-democrata. O caso Galpgate foi
um deles, no qual Luís Montenegro foi até suspeito de falsificar documentos, e
houve outro: os eventuais benefícios fiscais no processo de licenciamento da
sua casa em Espinho, que foi arquivado há pouco mais de três meses. Até o
insuspeito João Miguel Tavares, Público, 28/02/2025, escrevia: 𝑂
𝑄𝑈𝐸
𝐸́
𝑄𝑈𝐸
𝐿𝑈𝐼́𝑆
𝑀𝑂𝑁𝑇𝐸𝑁𝐸𝐺𝑅𝑂
𝑇𝐸𝑀
𝑁𝐴
𝐶𝐴𝐵𝐸𝐶̧𝐴?
"𝐴𝑞𝑢𝑖𝑙𝑜
𝑞𝑢𝑒
𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠
𝑛𝑎
𝑝𝑟𝑎́𝑡𝑖𝑐𝑎
𝑒́
𝑢𝑚
𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑜-𝑚𝑖𝑛𝑖𝑠𝑡𝑟𝑜
𝑎
𝑠𝑒𝑟
𝑝𝑎𝑔𝑜
𝑝𝑜𝑟
𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑎𝑠
𝑝𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠
𝑛𝑜
𝑒𝑥𝑒𝑟𝑐𝑖́𝑐𝑖𝑜
𝑑𝑜
𝑐𝑎𝑟𝑔𝑜.
𝐼𝑠𝑡𝑜
𝑣𝑎𝑖
𝑚𝑢𝑖𝑡𝑜
𝑝𝑎𝑟𝑎
𝑎𝑙𝑒́𝑚
𝑑𝑜𝑠
𝑐𝑜𝑛𝑓𝑙𝑖𝑡𝑜𝑠
𝑑𝑒
𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑒𝑠𝑠𝑒𝑠.
𝐸́
𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜
𝑢𝑚
𝑒𝑛𝑜𝑟𝑚𝑒
𝑒𝑠𝑐𝑎̂𝑛𝑑𝑎𝑙𝑜
𝑛𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙.
𝑈𝑚𝑎 𝑎𝑣𝑒𝑛𝑐̧𝑎?
𝐴
𝑠𝑒́𝑟𝑖𝑜?
𝐸𝑠𝑡𝑒𝑠
𝑠𝑎̃𝑜
𝑎𝑞𝑢𝑒𝑙𝑒𝑠
𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠
𝑒𝑚
𝑞𝑢𝑒
𝑜
𝑞𝑢𝑒𝑖𝑥𝑜
𝑛𝑜𝑠
𝑐𝑎𝑖
𝑎𝑜
𝑐ℎ𝑎̃𝑜,
𝑒
𝑠𝑜𝑚𝑜𝑠
𝑜𝑏𝑟𝑖𝑔𝑎𝑑𝑜𝑠
𝑎
𝑝𝑒𝑟𝑔𝑢𝑛𝑡𝑎𝑟-𝑛𝑜𝑠
𝑞𝑢𝑒
𝑟𝑎𝑖𝑜
𝑡𝑒𝑚
𝑢𝑚
𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑜-𝑚𝑖𝑛𝑖𝑠𝑡𝑟𝑜
𝑛𝑎
𝑐𝑎𝑏𝑒𝑐̧𝑎
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜
𝑎𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎
𝑞𝑢𝑒
𝑎
𝑠𝑢𝑎
𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑎
𝑓𝑎𝑚𝑖𝑙𝑖𝑎𝑟
𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑎
4500 𝑒𝑢𝑟𝑜𝑠
𝑝𝑜𝑟
𝑚𝑒̂𝑠
𝑑𝑒
𝑢𝑚
𝑔𝑟𝑢𝑝𝑜
𝑑𝑒
𝑐𝑎𝑠𝑖𝑛𝑜𝑠
𝑒
𝑑𝑒
ℎ𝑜𝑡𝑒́𝑖𝑠,
𝑐𝑢𝑗𝑎
𝑎𝑐𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝑝𝑟𝑖𝑛𝑐𝑖𝑝𝑎𝑙
𝑒𝑠𝑡𝑎́
𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑑𝑒
𝑢𝑚𝑎
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑠𝑠𝑎̃𝑜
𝑑𝑜
𝐸𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜,
𝑞𝑢𝑒
𝑎𝑖𝑛𝑑𝑎
𝑝𝑜𝑟
𝑐𝑖𝑚𝑎
𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎
𝑒𝑚
2025. 𝑂
𝐸𝑥𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑜
𝑝𝑒𝑟𝑔𝑢𝑛𝑡𝑜𝑢
𝑒
𝑎
𝑆𝑜𝑙𝑣𝑒𝑟𝑑𝑒
𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑑𝑒𝑢:
𝑎
𝑆𝑝𝑖𝑛𝑢𝑚𝑣𝑖𝑣𝑎
𝑓𝑎𝑐𝑡𝑢𝑟𝑎
𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠
𝑜𝑠
𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠
4500 𝑒𝑢𝑟𝑜𝑠
𝑝𝑜𝑟
𝑢𝑚
𝑐𝑜𝑛𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜
𝑑𝑒
“𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖𝑐̧𝑜𝑠
𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜𝑠
𝑑𝑒
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑖𝑎𝑛𝑐𝑒”.
𝐼𝑠𝑠𝑜
𝑒́
𝑜
𝑞𝑢𝑒̂?
𝐴
𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑎
𝑛𝑎̃𝑜
𝑒𝑥𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎.
𝑄𝑢𝑒𝑚
𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎
𝑒𝑠𝑠𝑒
𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖𝑐̧𝑜?
𝐴
𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑎
𝑛𝑎̃𝑜
𝑑𝑖𝑧.
𝑁𝑎̃𝑜
𝑠𝑒
𝑐𝑜𝑛ℎ𝑒𝑐𝑒𝑚
𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎́𝑟𝑖𝑜𝑠
𝑛𝑒𝑚
𝑔𝑒𝑠𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠
𝑎̀
𝑆𝑝𝑖𝑛𝑢𝑚𝑣𝑖𝑣𝑎
𝑝𝑎𝑟𝑎
𝑎𝑙𝑒́𝑚
𝑑𝑜
𝑛𝑢́𝑐𝑙𝑒𝑜
𝑓𝑎𝑚𝑖𝑙𝑖𝑎𝑟
𝑑𝑜
𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑜-𝑚𝑖𝑛𝑖𝑠𝑡𝑟𝑜.
𝐴
𝑠𝑢𝑎
𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟
𝑡𝑖𝑟𝑜𝑢
𝑜𝑠
𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠
𝑑𝑒
𝐸𝑑𝑢𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟𝑎
𝑑𝑒
𝐼𝑛𝑓𝑎̂𝑛𝑐𝑖𝑎
𝑒
𝑑𝑒
𝐶𝑖𝑒̂𝑛𝑐𝑖𝑎𝑠
𝑑𝑎
𝐸𝑑𝑢𝑐𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜
𝑒
𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜𝑢
𝑎
𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟
𝑝𝑎𝑟𝑡𝑒
𝑑𝑎
𝑣𝑖𝑑𝑎
𝑛𝑢𝑚𝑎
𝐼𝑃𝑆𝑆
𝑑𝑒
𝐸𝑠𝑝𝑖𝑛ℎ𝑜.
𝑂𝑠
𝑠𝑒𝑢𝑠
𝑑𝑜𝑖𝑠
𝑓𝑖𝑙ℎ𝑜𝑠
𝑡𝑒̂𝑚
19 𝑒
23 𝑎𝑛𝑜𝑠.
𝑁𝑒𝑛ℎ𝑢𝑚
𝑑𝑒𝑙𝑒𝑠
𝑡𝑒𝑚
ℎ𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑡𝑎𝑐̧𝑜̃𝑒𝑠
𝑝𝑎𝑟𝑎
𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑝𝑒𝑛ℎ𝑎𝑟
“𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖𝑐̧𝑜𝑠
𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜𝑠
𝑑𝑒
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑖𝑎𝑛𝑐𝑒”
𝑜𝑢
𝑝𝑎𝑟𝑎
𝑑𝑎𝑟
𝑝𝑎𝑙𝑝𝑖𝑡𝑒𝑠
𝑎
𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒𝑠
𝑔𝑟𝑢𝑝𝑜𝑠
𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑎𝑟𝑖𝑎𝑖𝑠
𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒
“𝑝𝑟𝑜𝑡𝑒𝑐𝑐̧𝑎̃𝑜
𝑑𝑒
𝑑𝑎𝑑𝑜𝑠
𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑖𝑠”.
𝐸,
𝑛𝑜
𝑒𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑜,
𝑎
𝑆𝑜𝑙𝑣𝑒𝑟𝑑𝑒
𝑝𝑎𝑔𝑎𝑣𝑎
2500 𝑒𝑢𝑟𝑜𝑠
𝑝𝑜𝑟
𝑚𝑒̂𝑠
𝑎
𝐿𝑢𝑖́𝑠
𝑀𝑜𝑛𝑡𝑒𝑛𝑒𝑔𝑟𝑜
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜
𝑒𝑠𝑡𝑒
𝑎𝑖𝑛𝑑𝑎
𝑛𝑎̃𝑜
𝑡𝑖𝑛ℎ𝑎
𝑟𝑒𝑔𝑟𝑒𝑠𝑠𝑎𝑑𝑜
𝑎̀
𝑝𝑜𝑙𝑖́𝑡𝑖𝑐𝑎
– 𝑒
𝑝𝑜𝑑𝑖𝑎
𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑎𝑟
𝑛𝑎
𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑎
–, 𝑒
𝑝𝑎𝑠𝑠𝑜𝑢
𝑎
𝑝𝑎𝑔𝑎𝑟
4500 𝑒𝑢𝑟𝑜𝑠
𝑝𝑜𝑟
𝑚𝑒̂𝑠
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜
𝑀𝑜𝑛𝑡𝑒𝑛𝑒𝑔𝑟𝑜
𝑟𝑒𝑔𝑟𝑒𝑠𝑠𝑜𝑢
𝑎̀
𝑝𝑜𝑙𝑖́𝑡𝑖𝑐𝑎
– 𝑒
𝑑𝑒𝑖𝑥𝑜𝑢
𝑑𝑒
𝑝𝑜𝑑𝑒𝑟
𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑎𝑟
𝑛𝑎
𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑎.
𝑁𝑜 𝑎𝑛𝑜
𝑚𝑖𝑙𝑎𝑔𝑟𝑜𝑠𝑜
𝑑𝑒
2022, 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑒𝑛𝑒𝑔𝑟𝑜
𝑙𝑎𝑛𝑐̧𝑜𝑢-𝑠𝑒
𝑎
6 𝑑𝑒
𝐴𝑏𝑟𝑖𝑙
𝑛𝑎
𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎
𝑎̀
𝑙𝑖𝑑𝑒𝑟𝑎𝑛𝑐̧𝑎
𝑑𝑜
𝑃𝑆𝐷,
𝑒
𝑎
𝑆𝑝𝑖𝑛𝑢𝑚𝑣𝑖𝑣𝑎
𝑏𝑎𝑡𝑒𝑢
𝑜
𝑠𝑒𝑢
𝑟𝑒𝑐𝑜𝑟𝑑𝑒
𝑑𝑒
𝑓𝑎𝑐𝑡𝑢𝑟𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜:
415 𝑚𝑖𝑙
𝑒𝑢𝑟𝑜𝑠.
𝑀𝑎𝑖𝑠:
𝑎𝑠
𝑚𝑎𝑟𝑔𝑒𝑛𝑠
𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑖𝑠
(𝑜𝑢
𝑠𝑒𝑗𝑎,
𝑎
𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑔𝑒𝑚
𝑑𝑒
𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜,
𝑎𝑝𝑜́𝑠
𝑑𝑒𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎𝑠
𝑡𝑜𝑑𝑎𝑠
𝑎𝑠
𝑑𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠)
𝑞𝑢𝑒
𝑎𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎
𝑛𝑒𝑠𝑠𝑒
𝑎𝑛𝑜
𝑠𝑎̃𝑜
𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑒𝑠𝑡𝑟𝑎𝑡𝑜𝑠𝑓𝑒́𝑟𝑖𝑐𝑎𝑠
– 75,3%. 𝑈𝑚 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑖́𝑔𝑖𝑜
𝑑𝑒
𝑟𝑒𝑛𝑡𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒,
𝑎𝑝𝑒𝑠𝑎𝑟
𝑑𝑒
𝑀𝑜𝑛𝑡𝑒𝑛𝑒𝑔𝑟𝑜
𝑠𝑜́
𝑡𝑒𝑟
𝑡𝑖𝑑𝑜
𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝑝𝑎𝑟𝑎
𝑠𝑒
𝑑𝑒𝑑𝑖𝑐𝑎𝑟
100% 𝑎̀
𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑎
𝑒𝑚
𝐽𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑜,
𝐹𝑒𝑣𝑒𝑟𝑒𝑖𝑟𝑜
𝑒
𝑀𝑎𝑟𝑐̧𝑜.
𝑄𝑢𝑒𝑚
𝑒́
𝑞𝑢𝑒
𝑒𝑛𝑔𝑜𝑙𝑒
𝑢𝑚𝑎
𝑐𝑜𝑖𝑠𝑎
𝑑𝑒𝑠𝑡𝑎𝑠?
“
A resposta é fácil! O Presidente
da República.