‘ROUPA VELHA’
São inúmeros os significados de
‘roupa velha’, sendo o mais apreciado aquele que resulta de uma receita
tradicional do Minho, típica do Natal, feita com as sobras de bacalhau da Noite
de Consoada, sendo tradição comer roupa velha ao almoço do dia de Natal, antes
de servir o prato de carne.
Originalmente uma prática
associada a famílias pobres (devido ao aproveitamento dos restos do jantar
anterior), passou à condição de tradição geral de muitas famílias portuguesas,
especialmente, minhotas.
A origem do nome deste prato
deve-se ao seu aspeto quando é servido, em que os alimentos se envolvem uns nos
outros, cortados em pedaços
É, pois, destas ‘sobras’, que é
feito o novo governo de Portugal, liderado e anunciado pelo reconduzido
primeiro-ministro Luís Montenegro.
Na política, ao contrário da
culinária, a ‘roupa velha’ tem o significado de já gasto ou muito usado. Este
‘novo’ governo, a ser empossado, é uma governo já gasto, que irá reutilizar ou
reciclar políticas em desuso. Será com estas ‘sobras’, que o ‘novo’ governo
pretenderá dar uma nova vida à ‘politica velha’, fazendo ‘politica nova’ a
partir dela (upcycling). Fracasso, adivinhado.
Mas este não é o único sinal
negativo dos tempos atuais. Todas as restantes instituições, são, hoje, ‘roupa
velha’. Presidência da República, Presidência da Assembleia da República e
Governo, são atualmente ‘sobras’ fornecidas por um eleitorado descontente com a
política. Não é ‘bacalhau’. É Paloco do Pacifico ou Escamudo do Alasca (𝘞𝘪𝘬𝘪𝘱é𝘥𝘪𝘢)
Reponha-se, o quanto antes, a 𝘵𝘳𝘢𝘥𝘪çã𝘰.
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