quinta-feira, 5 de junho de 2025

 ‘ROUPA VELHA’

São inúmeros os significados de ‘roupa velha’, sendo o mais apreciado aquele que resulta de uma receita tradicional do Minho, típica do Natal, feita com as sobras de bacalhau da Noite de Consoada, sendo tradição comer roupa velha ao almoço do dia de Natal, antes de servir o prato de carne.

Originalmente uma prática associada a famílias pobres (devido ao aproveitamento dos restos do jantar anterior), passou à condição de tradição geral de muitas famílias portuguesas, especialmente, minhotas.

A origem do nome deste prato deve-se ao seu aspeto quando é servido, em que os alimentos se envolvem uns nos outros, cortados em pedaços

É, pois, destas ‘sobras’, que é feito o novo governo de Portugal, liderado e anunciado pelo reconduzido primeiro-ministro Luís Montenegro.

Na política, ao contrário da culinária, a ‘roupa velha’ tem o significado de já gasto ou muito usado. Este ‘novo’ governo, a ser empossado, é uma governo já gasto, que irá reutilizar ou reciclar políticas em desuso. Será com estas ‘sobras’, que o ‘novo’ governo pretenderá dar uma nova vida à ‘politica velha’, fazendo ‘politica nova’ a partir dela (upcycling). Fracasso, adivinhado.

Mas este não é o único sinal negativo dos tempos atuais. Todas as restantes instituições, são, hoje, ‘roupa velha’. Presidência da República, Presidência da Assembleia da República e Governo, são atualmente ‘sobras’ fornecidas por um eleitorado descontente com a política. Não é ‘bacalhau’. É Paloco do Pacifico ou Escamudo do Alasca (𝘞𝘪𝘬𝘪𝘱é𝘥𝘪𝘢)

Reponha-se, o quanto antes, a 𝘵𝘳𝘢𝘥𝘪çã𝘰.

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário