domingo, 2 de março de 2025

 𝐌𝐎𝐍𝐓𝐄

𝐍𝐄𝐆𝐑𝐎 - 𝐏𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐈𝐈

Em 06 de maio de 2023, escrevi no FB, o seguinte:

«Diz o ChatGPT, que “monte”, pode significar um grande número ou quantidade de algo, como eu "Tenho um monte de livros para ler antes do fim do semestre” ou, digo eu, “Eu tenho um monte de pisos na minha casa.” Na versão mais académica, “monte” significa uma elevação de terreno, uma colina ou uma montanha. Seja como for e em quaisquer dos casos, “monte” significa quantidade em sentido próprio e/ou impróprio. Quando por exemplo dizemos, “eu tenho inveja do líder do psd pelo “monte” de pisos que tem a sua casa” ou o “monte” de casas de banho, é evidente que aqui estamos a dar relevo à quantidade (“monte”), o que num país pobre e endividado, é obra. É claro que o “mérito” aqui tem o seu papel. Só é possível fazer ‘omeletes sem ovos’, se estivermos a pensar nos ovos alheios. E aqui está a habilidade, meritória, dirão alguns. Não sigo exatamente estes que o dizem, pois para mim gosto mais do anúncio televiso de outrora: “Palavras para quê? É um artista português”. Em outros episódios conhecidos, recentes, o líder do psd já tinha mostrado virtualidades para criação de “montes” de dinheiro, na verdadeira aceção de “elevação” do seu património pessoal, baseado em fenómenos de natureza eruptiva, associados à extravasação da sua “influence”, junto de entidades públicas de natureza regional ou local. Meritocracia, propalam os "compagnon de route". Como disse, acho que a coisa é mais “chã”. Contudo, contrariamente ao “monte branco” ("Mont Blanc") que é límpido e cristalino, o “monte negro”, deve a sua elevação (patrimonial), ao engenho humano. Talvez por isso, não seja branco, mas negro. Negro de escuro, sem transparência, opaco e dissimulado. O monte negro é a antítese do que se exige de um político que aspira a governação de um país. Ou seja, nas palavras do presidente Marcelo, falta-lhes capacidade, confiabilidade, credibilidade, respeitabilidade e autoridade. Isto é muito mau, porque deixa o presidente “à coca” …»

Ainda nem 2 (dois anos) passaram e o dilúvio enviado pelas ‘divindades’, destrói os restos de credibilidade existentes em monte negro.

A empresa da família do primeiro-ministro e um eventual conflito de interesses são motivo de debate há duas semanas. Têm sido conhecidos novos pormenores relacionados com clientes e colaboradores da Spinumviva e do outro património do chefe do Governo, mas esta não é a primeira polémica que envolve o social-democrata. O caso Galpgate foi um deles, no qual Luís Montenegro foi até suspeito de falsificar documentos, e houve outro: os eventuais benefícios fiscais no processo de licenciamento da sua casa em Espinho, que foi arquivado há pouco mais de três meses. Até o insuspeito João Miguel Tavares, Público, 28/02/2025, escrevia: 𝑂 𝑄𝑈𝐸 𝐸́ 𝑄𝑈𝐸 𝐿𝑈𝐼́𝑆 𝑀𝑂𝑁𝑇𝐸𝑁𝐸𝐺𝑅𝑂 𝑇𝐸𝑀 𝑁𝐴 𝐶𝐴𝐵𝐸𝐶̧𝐴?

"𝐴𝑞𝑢𝑖𝑙𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑛𝑎 𝑝𝑟𝑎́𝑡𝑖𝑐𝑎 𝑒́ 𝑢𝑚 𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑜-𝑚𝑖𝑛𝑖𝑠𝑡𝑟𝑜 𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑝𝑎𝑔𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑎𝑠 𝑝𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑛𝑜 𝑒𝑥𝑒𝑟𝑐𝑖́𝑐𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑜. 𝐼𝑠𝑡𝑜 𝑣𝑎𝑖 𝑚𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑙𝑒́𝑚 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑓𝑙𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑒𝑠𝑠𝑒𝑠. 𝐸́ 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑢𝑚 𝑒𝑛𝑜𝑟𝑚𝑒 𝑒𝑠𝑐𝑎̂𝑛𝑑𝑎𝑙𝑜 𝑛𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙.

𝑈𝑚𝑎 𝑎𝑣𝑒𝑛𝑐̧𝑎? 𝐴 𝑠𝑒́𝑟𝑖𝑜? 𝐸𝑠𝑡𝑒𝑠 𝑠𝑎̃𝑜 𝑎𝑞𝑢𝑒𝑙𝑒𝑠 𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑞𝑢𝑒 𝑜 𝑞𝑢𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑛𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑖 𝑎𝑜 𝑐𝑎̃𝑜, 𝑒 𝑠𝑜𝑚𝑜𝑠 𝑜𝑏𝑟𝑖𝑔𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑔𝑢𝑛𝑡𝑎𝑟-𝑛𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑟𝑎𝑖𝑜 𝑡𝑒𝑚 𝑢𝑚 𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑜-𝑚𝑖𝑛𝑖𝑠𝑡𝑟𝑜 𝑛𝑎 𝑐𝑎𝑏𝑒𝑐̧𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑎𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑞𝑢𝑒 𝑎 𝑠𝑢𝑎 𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑎 𝑓𝑎𝑚𝑖𝑙𝑖𝑎𝑟 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑎 4500 𝑒𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑚𝑒̂𝑠 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑔𝑟𝑢𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑖𝑛𝑜𝑠 𝑒 𝑑𝑒𝑜𝑡𝑒́𝑖𝑠, 𝑐𝑢𝑗𝑎 𝑎𝑐𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑖𝑛𝑐𝑖𝑝𝑎𝑙 𝑒𝑠𝑡𝑎́ 𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑠𝑠𝑎̃𝑜 𝑑𝑜 𝐸𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜, 𝑞𝑢𝑒 𝑎𝑖𝑛𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑖𝑚𝑎 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎 𝑒𝑚 2025. 𝑂 𝐸𝑥𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑔𝑢𝑛𝑡𝑜𝑢 𝑒 𝑎 𝑆𝑜𝑙𝑣𝑒𝑟𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑑𝑒𝑢: 𝑎 𝑆𝑝𝑖𝑛𝑢𝑚𝑣𝑖𝑣𝑎 𝑓𝑎𝑐𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 4500 𝑒𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑢𝑚 𝑐𝑜𝑛𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖𝑐̧𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑎­𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚­𝑝𝑙𝑖𝑎𝑛𝑐𝑒”. 𝐼𝑠𝑠𝑜 𝑒́ 𝑜 𝑞𝑢𝑒̂? 𝐴 𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑎 𝑛𝑎̃𝑜 𝑒𝑥𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎. 𝑄𝑢𝑒𝑚 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎 𝑒𝑠𝑠𝑒 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖𝑐̧𝑜? 𝐴 𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑎 𝑛𝑎̃𝑜 𝑑𝑖𝑧.

𝑁𝑎̃𝑜 𝑠𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑒𝑐𝑒𝑚 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎́𝑟𝑖𝑜𝑠 𝑛𝑒𝑚 𝑔𝑒𝑠𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑎̀ 𝑆𝑝𝑖𝑛𝑢𝑚𝑣𝑖𝑣𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑙𝑒́𝑚 𝑑𝑜 𝑛𝑢́𝑐𝑙𝑒𝑜 𝑓𝑎𝑚𝑖𝑙𝑖𝑎𝑟 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑜-𝑚𝑖𝑛𝑖𝑠𝑡𝑟𝑜. 𝐴 𝑠𝑢𝑎 𝑚𝑢𝑙𝑒𝑟 𝑡𝑖𝑟𝑜𝑢 𝑜𝑠 𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝐸𝑑𝑢𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝐼𝑛𝑓𝑎̂𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒 𝑑𝑒 𝐶𝑖𝑒̂𝑛𝑐𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑎 𝐸𝑑𝑢𝑐𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜 𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙𝑜𝑢 𝑎 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑒 𝑑𝑎 𝑣𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑢𝑚𝑎 𝐼𝑃𝑆𝑆 𝑑𝑒 𝐸𝑠𝑝𝑖𝑛𝑜. 𝑂𝑠 𝑠𝑒𝑢𝑠 𝑑𝑜𝑖𝑠 𝑓𝑖𝑙𝑜𝑠 𝑡𝑒̂𝑚 19 𝑒 23 𝑎𝑛𝑜𝑠. 𝑁𝑒𝑛𝑢𝑚 𝑑𝑒𝑙𝑒𝑠 𝑡𝑒𝑚𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑡𝑎𝑐̧𝑜̃𝑒𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑝𝑒𝑛𝑎𝑟𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖𝑐̧𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑎­𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚­𝑝𝑙𝑖𝑎𝑛𝑐𝑒𝑜𝑢 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑑𝑎𝑟 𝑝𝑎𝑙𝑝𝑖𝑡𝑒𝑠 𝑎 𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒𝑠 𝑔𝑟𝑢𝑝𝑜𝑠 𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑎𝑟𝑖𝑎𝑖𝑠 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒𝑝𝑟𝑜𝑡𝑒𝑐𝑐̧𝑎̃𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑖𝑠”. 𝐸, 𝑛𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑜, 𝑎 𝑆𝑜𝑙𝑣𝑒𝑟𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑔𝑎𝑣𝑎 2500 𝑒𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑚𝑒̂𝑠 𝑎 𝐿𝑢𝑖́𝑠 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑒𝑛𝑒𝑔𝑟𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑎𝑖𝑛𝑑𝑎 𝑛𝑎̃𝑜 𝑡𝑖𝑛𝑎 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑒𝑠𝑠𝑎𝑑𝑜 𝑎̀ 𝑝𝑜𝑙𝑖́𝑡𝑖𝑐𝑎𝑒 𝑝𝑜𝑑𝑖𝑎 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙𝑎𝑟 𝑛𝑎 𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑎 –, 𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑜𝑢 𝑎 𝑝𝑎𝑔𝑎𝑟 4500 𝑒𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑚𝑒̂𝑠 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑒𝑛𝑒𝑔𝑟𝑜 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑒𝑠𝑠𝑜𝑢 𝑎̀ 𝑝𝑜𝑙𝑖́𝑡𝑖𝑐𝑎𝑒 𝑑𝑒𝑖𝑥𝑜𝑢 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑟 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙𝑎𝑟 𝑛𝑎 𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑎.

𝑁𝑜 𝑎𝑛𝑜 𝑚𝑖𝑙𝑎𝑔𝑟𝑜𝑠𝑜 𝑑𝑒 2022, 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑒𝑛𝑒𝑔𝑟𝑜 𝑙𝑎𝑛𝑐̧𝑜𝑢-𝑠𝑒 𝑎 6 𝑑𝑒 𝐴𝑏𝑟𝑖𝑙 𝑛𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎 𝑎̀ 𝑙𝑖𝑑𝑒𝑟𝑎𝑛𝑐̧𝑎 𝑑𝑜 𝑃𝑆𝐷, 𝑒 𝑎 𝑆𝑝𝑖𝑛𝑢𝑚𝑣𝑖𝑣𝑎 𝑏𝑎𝑡𝑒𝑢 𝑜 𝑠𝑒𝑢 𝑟𝑒𝑐𝑜𝑟𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑐𝑡𝑢𝑟𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜: 415 𝑚𝑖𝑙 𝑒𝑢𝑟𝑜𝑠. 𝑀𝑎𝑖𝑠: 𝑎𝑠 𝑚𝑎𝑟𝑔𝑒𝑛𝑠 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑜𝑢 𝑠𝑒𝑗𝑎, 𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜, 𝑎𝑝𝑜́𝑠 𝑑𝑒𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑡𝑜𝑑𝑎𝑠 𝑎𝑠 𝑑𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠) 𝑞𝑢𝑒 𝑎𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎 𝑛𝑒𝑠𝑠𝑒 𝑎𝑛𝑜 𝑠𝑎̃𝑜 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑎𝑡𝑜𝑠𝑓𝑒́𝑟𝑖𝑐𝑎𝑠 – 75,3%. 𝑈𝑚 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑖́𝑔𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑛𝑡𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒, 𝑎𝑝𝑒𝑠𝑎𝑟 𝑑𝑒 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑒𝑛𝑒𝑔𝑟𝑜 𝑠𝑜́ 𝑡𝑒𝑟 𝑡𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑠𝑒 𝑑𝑒𝑑𝑖𝑐𝑎𝑟 100% 𝑎̀ 𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑎 𝑒𝑚 𝐽𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑜, 𝐹𝑒𝑣𝑒𝑟𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑒 𝑀𝑎𝑟𝑐̧𝑜. 𝑄𝑢𝑒𝑚 𝑒́ 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑛𝑔𝑜𝑙𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑖𝑠𝑎 𝑑𝑒𝑠𝑡𝑎𝑠? “

A resposta é fácil! O Presidente da República.

 

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

 𝑻𝒓𝒖𝒎𝒑 - 𝑶 𝑻𝒂𝒓𝒊𝒇𝒆𝒊𝒓𝒐

A nova administração americana, tem à cabeça um delinquente, da pior espécie, condenado efetivamente, por mais de trinta e cinco crimes, desde os econômico-financeiros à prostituição, subornos a artistas porno, sendo o mais grave, porém, o incitamento à violência e ao ódio e à subversão do regime democrático. É este, exemplo, que agora conduz os destinos de uma das maiores nações do mundo.
Com este perfil, os seus aliados teriam de ser os da sua espécie. Homens sem escrúpulos, que fazem as guerras por dinheiro e ambição pessoal. Putin, está no lote. Interesses comuns, que escapam aos interesses dos seus próprios países, estão prontos a dividir o ‘bolo’ nos escombros da invasão. Trump dá 20% do território ucraniano à Rússia, a troco de 50% das reservas naturais daquele país. A China, já mostrou desagrado pela repartição, tanto mais que tal facto consolida Taiwan, como território autónoma e independente. Entretanto, o ‘𝘵𝘢𝘳𝘪𝘧𝘦𝘪𝘳𝘰’, descontente com a Europa, propõe-se fazer um programa de aplicação de tarifas aduaneiras aos produtos desta região do globo. Mas não só, também o Brasil e alguns países daquele hemisfério vão ser presenteados com um programa robusto de tarifas. Por outro lado, o ‘𝘵𝘢𝘳𝘪𝘧𝘦𝘪𝘳𝘰’, lança as suas unhas a outros interesses e projetos, todos belicosos, como seja a ‘compra da Gronelândia, a anexação do Canadá, a redenominação do Golfe do México e mais umas quantas barbaridades, todas elas provocatórias e insanas. A este propósito está a correr uma piada que vale a pena contar. Dizem os mexicanos, que Trump não se preocupe com a elevação do muro, pois serão os americanos os primeiros a derrubá-lo, mal sintam a falta da coca. Paralelamente, Trump iniciou um programa de deportação de imigrantes, seja para o Brasil, Venezuela ou México. Aguarda-se com expetativa, o que fará com o príncipe Harry e, sobretudo, com a sua atual mulher. Enfim, o mundo está sombrio, e Portugal que se cuide, pois não temos grandes defesas e os atuais líderes não estão à altura do desafio. Neste momento, o ocidente, vive uma espécie de interregno.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

 CHEGA, PARTIDO OU QUADRILHA? 

Dirigente do Chega acusado de prostituição de menores: vítima é um rapaz de 15 anos”, noticia o Expresso online, de hoje, 06 de fevereiro. Entretanto, um outro acusado do Chega, o ladrão das malas no aeroporto, deputado da nação, inexplicavelmente, sem qualquer medida gravosa da justiça, passeia-se pelos corredores do poder com toda a liberdade.

 

Com o caso de Nuno Pardal Ribeiro, passaram a ser 11 os deputados do Chega que têm ou tiveram problemas com os tribunais. De penhoras ao incitamento ao ódio, passando pelas falsas presenças, à imigração ilegal ou à prostituição de menores, mais de um quinto dos membros do grupo parlamentar já estiveram ou estão a braços com a justiça. São eles:

 

Miguel Arruda suspeito de furtar malas

Nuno Pardal Ribeiro acusado de prostituição de menores

André Ventura investigado por incitamento ao ódio

Pedro Pinto terá agredido árbitro de 18 anos

Pedro Frazão obrigado a retratar-se por mentir

Rui Paulo Sousa em tribunal por falhar pensão de alimentos

João Tilly acusado de difamar fundadora do Chega

Cristina Rodrigues julgada por apagar 4 000 e-mails do PAN

Marcus dos Santos detido por imigração ilegal

Filipe Melo com salário de deputado penhorado

Eduardo Teixeira investigado por assinaturas falsas no Parlamento

Ricardo Dias Pinto penhorado e sem bens

 

Já antes, o Pai de Rita Matias, deputada do Chega, tinha sido nomeado assessor político do Grupo Parlamentar do Chega, facto que violava a lei pela razão de se tratar do pai de uma deputada parlamentar. Face à pressão da “Transparência Internacional de Portugal” este acabou por pedir a demissão.

Perante este escândalo, sem precedentes, estes quase 25% de cidadãos que votou nesta delinquência, terá coragem de repetir o gesto, nas próximas eleições legislativas?

domingo, 2 de fevereiro de 2025

 Tribunal pede à Assembleia da República para ouvir o deputado ladrão. Porquê?

O deputado ladrão, há muito que deveria se encontrar sob custódia da justiça.
Todas as informações publicadas sobre o deputado ladrão, indiciam que foi montada um operação com o objetivo de ‘apanhar em flagrante delito’ o deputado ladrão, o que se diz ter acontecido, na presença de magistrados do ministério público. Aliás, ao que se diz, também, o deputado ladrão terá assumido alguns dos crimes de rouba das malas nos tapetes do aeroporto de Lisboa e Ponta Delgada. Parece que, o alegadamente, aqui é supérfluo, uma vez que o próprio partido do deputado ladrão o obrigou a sair , tornando-se agora a vergonha de um Parlamento, medíocre, que admite no seu seio um deputado ladrão em flagrante delito. É o espelho do estado em que se encontram os atuais órgãos políticos, nacionais. Uma pobreza confrangedora. E os tribunais? Pelos vistos à sua já incapacidade de resolver, em prazo razoável, os casos que lhes são submetidos, vem agora, ao que tudo indica, enfileirar na mesma pobreza política que reina no país, agora escusando-se a aplicar o direito, tal como se encontra consagrado na lei e na Constituição. Subserviência, ignorância, temor reverencial? Dificilmente se saberá, porque estas entidades escudam-se na sua soberania para não prestar ‘cavaco’ a ninguém, esquecendo, ou nunca souberam, que administram a justiça em nome do povo. Se o deputado ladrão foi apanhado em flagrante delito, como se diz e escreve, porquê pedir autorização ao parlamento? É que se não houve ‘flagrante delito’, o que foram fazer os magistrados do ministério público, à citada operação? Porque é que o deputado ladrão confessou os crimes, se os tribunais parecem não reconhecer? Porquê o partido do deputado ladrão correu com ele se os tribunais não reconhecem o ‘flagrante delito’? Se o deputado ladrão é apenas alegadamente ladrão, embora o próprio se confesse ladrão no caso das malas, mas o tribunal, contrariamente ao que a lei dispõe (vide art. 157, n. 3, da CRP), não aceite que ele seja ladrão, então temos uma subversão do direito e da justiça e tornamo-nos um Estado terceiro mundista, mais uma vez, arredado dos princípios universais do estado direto democrático e de justiça.
Por mais legalista que queiramos ser, é inadmissível instaurar a dúvida onde ela não existe, apenas para enfileirar com os comparsas do ‘quanto pior melhor’. A separação de poderes não é uma figura de estilo. É um princípio constitucional, que tem de se exercido, efetivamente, e não, quando convém.
Que os medíocres, se candidatem à reforma antecipada, antes que os companheiros fechem a torneira. A Justiça, agradece!

sábado, 1 de fevereiro de 2025

 O DESPEDIMENTO DAS LACTANTES DO BLOCO DE ESQUERDA (BE)

A "forma" como o BE conduziu o processo "não foi a melhor" e … tem de "aprender" com os erros, disse Mariana Mortágua. «Pior a emenda que o soneto».

O simples facto de isso ter acontecido, destrói por completo qualquer adesão a princípios e ou valores defendidos pelo BE, nesta área. Como acreditar em ‘erros’ a este nível de conceção e matriz política. Estes factos estão para além do erro. São mais profundos. “A ignorância e o erro são a escusa inevitavelmente conexa às violações do direito, que por este meio se consumam.” (Rui Barbosa)

O que aqui está em causa são princípios de humanidade e de justiça. As mães lactantes, estão numa posição mais vulnerável que as restantes mulheres, justamente, porque amamentam o ser acabado de nascer. Nenhuma mulher é mãe antes de o ser. Não é por acaso que os legisladores de países mais avançados, dedicam uma especial atenção e proteção às mães de recém-nascidos, pois esta é uma fase crucial para a vida de ambos, em especial para o bebé. Perturbar a mãe, nesta fase, de uma forma tão brutal como a denunciada, é de uma crueldade, sem explicação. Aliás, as entidades patronais que se comportam como o BE fez, ao que parece, sem o parecer prévio da entidade competente na área da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres (CITE), deveriam ficar sujeitas às sanções previstas na Lei n.º 133/2015, de 07 de Setembro. Não encontro explicação para lacuna tão grave na atitude da direção do BE, a não ser uma demonstração inequívoca de inconsistência ideológica, retórica vazia e preconceitos enraizados.

A esquerda destaca-se pela defesa dos direitos dos trabalhadores, o bem-estar coletivo e a igualdade entre os indivíduos. Este exemplo dado pelo BE é tudo e o seu contrário destes princípios e valores. 

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

 IMUNIDADES PARLAMENTARES – Um poço sem fundo?

O sistema das imunidades recebeu logo no início do presente ano de 2025, dois rudes golpes, de dimensões diferentes, claro, mas de enorme significado e apreensão. O primeiro e talvez mais significativo, foi a tomada de posse de Donald Trump, considerado culpado por 34 crimes de falsificação de registos financeiros no âmbito de pagamentos ilegais para comprar o silêncio da atriz pornográfica com quem terá mantido uma relação extraconjugal.

Apesar da condenação, que ficará inscrita no seu registo criminal, Trump foi libertado incondicionalmente, o que significa que não terá de cumprir nenhum tipo de pena, nem sequer pagar uma multa. Beneficiou das prerrogativas atribuídas aos presidentes.

O segundo exemplo é português, foi deputado da nação pelo partido Chega, apanhado em flagrante delito a roubar malas dos tapetes de bagagens das chegadas dos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada. Agora deputado não inscrito, o deputado ladrão beneficia de imunidade parlamentar e, como tal, não foi preso, apesar de apanhado em flagrante. Foi constituído arguido, não tem restrições e voltou para o parlamento. Agora está de baixa psicológica, na região autónoma dos Açores, segundo se diz.

Deixemos os EUA para os americanos, e olhemos para o que se passou e passa aqui. Ninguém aceita, que um ladrão, apanhado em flagrante delito, não seja preso. Seja ele quem for. O instituto da imunidade parlamentar, não tem este alcance de proteção. Pelo contrário. Segundo o artigo 157.º, n.º 3, da Constituição da República Portuguesa, “Nenhum Deputado pode ser detido ou preso sem autorização da Assembleia, salvo por crime doloso a que corresponda a pena de prisão referida no número anterior e em flagrante delito (sublinhado nosso).

Ora, segundo informação profusamente distribuída para a opinião pública, o deputado ladrão, foi apanhado em flagrante delito, a furtar malas no tapete do aeroporto, facto presenciado pelas autoridades judiciárias, incluindo magistrado (s) do Ministério Publico. Então o que faltou, para se cumprir a Lei? O furto ou o roubo são crimes dolosos e o deputado foi apanhado em flagrante. Consta, aliás, que o deputado, terá confessado, alguns destes crimes. Estas confissões, enquanto comportamento pós-facto (positivo) do agente do crime, assume enorme relevo jurídico, quer se manifeste sob a forma de confissão, quer se manifeste sob a forma de arrependimento.

Em regra, a Constituição exige a autorização da Assembleia não só para a audição dos deputados (como declarantes ou como arguidos), na detenção ou prisão (preventiva) e no prosseguimento do procedimento criminal após a dedução de uma acusação. Contudo, a necessidade de reprimir a criminalidade grave, corporizada nos crimes dolosos puníveis com prisão de limite máximo superior a 3 anos, introduz certas modificações no regime. Desde logo, a CRP obriga a Assembleia da República a suspender o mandato do deputado acusado por um crime daquela natureza, para que o procedimento possa continuar. Depois, dispensa a autorização da Assembleia para a detenção ou prisão preventiva por estes crimes sempre que haja flagrante delito.

Porque é que nada disto foi feito?

 

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

 Olha a Mala

Ele um dia foi ao contenente
De manhã de manhãzinha
Não viu segurança nem polícia
Só lá viu umas malinhas
Refrão:
Olha a mala olha a mala,
Olha a malinha de porão
Não é tua nem é minha
É do deputado ladrão
É do deputado ladrão
Que é deputado da nação
Foram cair à Vinted
As malinhas de porão
Refrão:
Olha a mala olha a mala,
Olha a malinha de porão
Não é tua nem é minha
É do deputado ladrão

domingo, 19 de janeiro de 2025

 PRESUNÇÃO DE IMUNIDADE PENAL

Trump, vai tomar posse como presidente dos EUA, na próxima segunda-feira, 20-01-2025. É o primeiro presidente dos EUA, condenado, por crimes de “falsificação contabilística agravada para ocultar uma conspiração para perverter as eleições de 2016”. De currículo vasto na área da delinquência (alta), o próximo presidente dos EUA acrescenta agora, condenação efetiva, com chancela dos tribunais americanos. É, pois, um criminoso, aos olhos do direto interno e internacional, que goza do privilégio de isenção da pena. Caso único, na área do direito.

O Juiz justificou a decisão da seguinte forma: “tal como acontece com qualquer outro arguido, tem de considerar quaisquer fatores agravantes antes de impor uma sentença, mas a proteção legal que Trump terá como Presidente “é um fator que se sobrepõe a todos os outros”. “O que é extraordinário são as proteções legais que acompanham o cargo de Presidente dos Estados Unidos, não a pessoa que ocupa esse cargo”, sustentou o juiz. “Os cidadãos comuns não recebem este tipo de proteção. É o cargo que a concede ao seu ocupante e os cidadãos desta nação decidiram recentemente que o senhor, mais uma vez, deve beneficiar delas”, disse o magistrado, em referência a casos anteriores em que Trump foi ilibado pela sua imunidade presidencial, como o seu alegado envolvimento no ataque dos seus apoiantes ao Capitólio em janeiro de 2021.

Neste momento, vale a pena citar a Mãe de Trump, já falecida: “Yes, he's an idiot with zero common sense, and no social skills, but he IS my son.

1 gust hope he never gets into politics. He'd be a disaster.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

 OS PILANTRAS

Já em fila para 2025, os pilantras da nossa praça, aprontam os seus argumentários para o novo ano que se inicia. Televisões, rádios, podcasts, jornais, revistas e panfletos, aprumam-se para receber esta espécie que germina à velocidade da luz. Eles são um pouco de tudo. De índole conservador e mentalidade retrógrada, têm urticária à imigração e à convivência entre os povos e uma desconfiança acentuada do papel das mulheres na sociedade. Paladinos do confronto, da guerra e da submissão dos povos, os pilantras assumem-se amorais e vincadamente desonestos, sob a roupagem de um chico-esperto. Geralmente oriundos do trabalho subordinado, os pilantras da nossa praça, recebem guarida daqueles que os exploram e os mantêm à tona d’água exatamente para a pilantragem. Os tempos estão a seu favor. Perceciona-se o fim do chamado wokismo e o retorno ao tribalismo. Na verdade, com a vitoria expressiva de Donald Trump, os movimento que se mostram conscientes da gravidade das injustiças sociais existentes (nomeadamente no que diz respeito a questões de discriminação e racismo), agindo de forma ativa para as combater, sofreram um revés muito significativo com a vitória de Trump, que anuncia o retorno ao tribalismo moderno de feição oligarca. Isto, é chão fértil, para os pilantras. Trump é o exemplo acabado disso e o seu “croupier”, Elon Mask, a definição completa de uma sociedade sem valores nem princípios.

Elon Mask, tal como Donald Trump, são descendentes de imigrantes, aquele oriundo da África do Sul e este da Alemanha. Elon Mask, naturalizado americano, viu as suas empresas, por duas vezes, à beira da falência. A «fresh start» americana, no entanto, deu-lhe a mão e o imigrante, emergiu.

Com uma prol de (pelo menos) 12 (doze) filhos, o “croupier” de Trump, Elon Musk, comprou um condomínio privado em Austin, Texas para estes seus doze filhos e duas das suas ex-companheiras, segundo uma investigação do New York Times (NYT), pretendendo nele habitar com o objetivo de fazer com que “os filhos mais novos possam fazer parte da vida uns dos outros” e que o pai possa ter tempo para estar com eles” As mães foram convidadas a estar neste sultanato, mas algumas rejeitaram.

Esta doçura de pai, equivalente a um “sultão do deserto”, de mente marcadamente fascista, não acredita que as mulheres se aproximem dele por amor, mas antes e sobretudo pelo dinheiro. Não se percebe porquê?! Por essa razão, destrói o conceito de família e cria o conceito de “penitenciaria” em condomínio fechado. As mulheres de Musk são, antes de tudo e de mais, agentes reprodutoras (parideiras) ao serviço da demografia e da natalidade. “Façam filhos”, é o seu lema. Ele e Trump, são a face da mesma moeda. A América, superpotência, arrisca-se a explodir na mão destes oligarcas. A oligarquia americana, imigrante, assente na falta de escrúpulos e na ganância, poderá fazer ruir este “império”.

Este é, no entanto, terreno fértil dos pilantras, da nossa praça.

 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

 Marcelo – a fraca prestação

O Presidente da República, fez o seu habitual discurso de Ano Novo e, como se esperava, não conseguiu incentivar os seus pares, a fazer mais e melhor. Para isso, teria sido necessário que apontasse o que em seu entender este governo tem feito de mal e que precisaria urgentemente de fazer melhor. Isso, obrigá-lo-ia a falar da saúde, da justiça, educação, da administração interna, da imigração, enfim de quase todos os setores da governação que se mostram de atuação quase desastrosa. Mas não conseguiu. E, não conseguiu, pela singela razão de que este governo é da sua família política e, como tal, faltou-lhe coragem política para se demarcar do que está mal e exigir que se faça melhor. É esta a função de um PR isento e defensor do regular funcionamento das instituições democráticas. Preferiu o genérico. O estado do Mundo, da Europa, das guerras, do nosso universalismo, enfim, realidades que condicionam, em muito, as nossas vidas, é certo, mas, justamente por isso, não dispensam uma governação exigente, capaz e muito acima da mediocridade que diariamente nos é dado ver. E a honestidade política impunha que o PR assim o fizesse. Não o tendo feito, manteve ativo o vazio que o tem caracterizado na governação da AD e, por omissão, definiu o quadro para 2025.  "Bom senso" e "cooperação estratégica".

“Bom senso”, para os governantes da saúde, da educação, da justiça, da administração interna e imigração? Mas o que falta a estes, não é só “bom senso”, é competência e visão política na gestão do respetivo setor. A fata de “bom senso” destes e outros governantes do governo da AD, reside na sua falta de sabedoria e de razoabilidade, para poder fazer bons julgamentos e escolhas. A sua precipitação governativa, reside na ignorância. O PR, envergonhado, ‘assobia para o ar’.

“Cooperação estratégica”? Não deixa de ser irónico que o PR peça para o novo ano ‘cooperação estratégica’ entre governo e partidos (presume-se?), quando na realidade o governo da AD o que tem feito, até aqui, é desmantelar o que foi feito, exonerar e despedir sem critério, criando um clima de crispação e até de confronto, tudo e o seu contrário para a alegada cooperação e muito menos estratégica. Mediação presidencial é o que se teria pedido, evitando o extremar de posições, atirando Portugal para o terreno da insegurança, da xenofobia, do preconceito e do racismo. Foi preciso chegar ao poder um governo da AD de iniciativa presidencial, para que Portugal viva situações ostensivas de perseguição rácica com atuações policiais musculadas, respaldas nas palavras do primeiro-ministro, de ‘perceção’ de insegurança no nosso país. Foi através deste discurso e destas ‘perceções’, que assistimos nos últimos meses, a verdadeiras violações dos direitos humanos, e à perseguição de cidadãos de outras origens que vivem e trabalham em Portugal, e que são vítimas do racismo e do preconceito governamental, instalado. Também aqui, o PR, claudicou. O silêncio é cúmplice.    

                                                                                                                                           

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

 AS PERCEÇÕES - AS NOVAS ‘FATHAS’ DO GOVERNO DA AD

Com o governo da AD e sob a égide presidencial, Portugal é empurrado para o campo do racismo, preconceito e da xenofobia. As minorias ultrarreacionárias rapidamente se instalaram na vida política e social, passando a ocupar o vazio criado pelas ‘perceções’ governamentais. A cada ‘perceção’ de insegurança o governo responde com atos de violência extrema, deixando a sociedade em estado de choque.

Sendo Portugal considerado um dos países mais seguros do mundo, entendeu o governo da AD, que é preciso reforçar a segurança, pondo em causa tal realidade, criando equipes especiais, “multiforça”, para o combate ao crime. Com todo este ‘potencial’, o governo da AD promoveu a perseguição ao imigrantes de todas as latitudes, encostando-os à parede, numa cena típica do gueto de Varsóvia, já antes com episódios das forças policiais em cópia do que se passa na América do Norte e do Sul e em alguns Estados da América Latina. É o ‘Triunfo dos Porcos’, de George Orwell, sobre a queda moral dos regimes e a falência dos modelos teóricos de governação quando confrontados com a cupidez humana. 

A AD, tornou-se a força institucionalizada, em Portugal, da extrema-direita reinante na Europa e no resto do mundo. Com a ascensão de Trump na ‘Casa Branca’ o mundo fica mais perigoso e o regresso ao obscurantismo, logo ao virar da esquina. Trump, já fez saber que pretende aplicar uma política de deportação em massa. O Plano de deportação de imigrantes de Trump deixa “milhares de portugueses em risco”, segundo a imprensa nacional. Será neste ‘convívio’ político, que a AD em Portugal, a Frente Nacional em França, Fratelli d'Italia, Fidesz de Orban, na Hungria e tantos outros com ascensão mediática, se preparam para eliminar os valores civilizacionais e convivência pacifica entre os povos.

Neste percurso, o governo da AD, aprovou uma nova percepção (‘fatha’), pela qual os imigrantes em situação irregular vão deixar de ter acesso gratuito ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). Esta aprovação pelo governo da AD/Chega, colide com a norma de valor universal e absorvida pela legislação da saúde em Portugal, que diz que, sempre que a saúde pública possa estar em causa - como acontece se o cidadão estrangeiro for portador de uma doença transmissível - ou a própria saúde da pessoa esteja risco e necessite de assistência vital ou nos casos que requerem cuidados no âmbito da saúde materno infantil e saúde reprodutiva, “incluindo-se aqui consultas de planeamento familiar, interrupção voluntária da gravidez, acompanhamento e vigilância da mulher durante a gravidez, parto e puerpério e cuidados de saúde prestados a recém-nascidos”, estes serviços não podem ser negados, sob qualquer pretexto.

Igualmente, se encontravam assegurados, até aqui, os cuidados de saúde gratuitos a menores que se encontrem a residir em Portugal, assim como aos cidadãos estrangeiros em situação de exclusão social ou em situação de carência económica comprovada pelos Serviços de Segurança Social. Os cidadãos estrangeiros em situação de Reagrupamento Familiar, em certas circunstâncias.

Era este o nosso compromisso, enquanto país, com o mundo civilizado e com a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Tudo isto, terá sido posto em causa pelo governo da AD. Já é conhecida a reação dos profissionais de saúde. Mais de 800 profissionais de saúde já fizeram saber que recusam cumprir a decisão, que consideram discriminatória, de impor novas limitações a estrangeiros não residentes no acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) e admitem praticar atos de desobediência civil.

Aproximamo-nos da época do confronto. Só a desobediência civil poderá travar estas percepções do governo da AD, que lesam de sobremaneira, os direitos individuais e coletivos dos cidadãos e põem em causa, decisivamente, o regular funcionamento das instituições democráticas, no nosso país.

 

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

 A “Litigância de Má-fé”, de sentido único!

O Senhor Procurador-Geral da República (PGR), em entrevista ao jornal Expresso, 13-12-2024, deixa uma “sugestão” ao poder judicial. Disse: “a lei prevê as situações de litigância de má-fé, que acho que deviam ser aplicadas. Está lá no Código para isso e já há muito tempo”. Isto tudo tem a ver com os sucessivos recursos interpostos por ex-primeiro-ministro do PS, um privilegiado da justiça, segundo Luís Rosa, o escriba do “Observador”.

Socorrendo-nos do sumário do acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, de 12-11-2020 (in www.dgsi.pt), nele se diz: “II - Em qualquer dessas situações [má-fé substancial ou má-fé instrumental] nos encontramos perante uma intenção maliciosa ou uma negligência de tal modo grave ou grosseira que, aproximando-a da atuação dolosa, justifica um elevado grau de reprovação e idêntica reação punitiva. III - A condenação como litigante de má-fé assenta num juízo de censura sobre um comportamento que se revela desconforme com um processo justo e leal, que constitui uma emanação do princípio do Estado de Direito.”.

Critica o Senhor PGR, os sucessivos recursos interpostos pelos arguidos, que inviabilizam o seu julgamento célere e rápido, criando a sensação de uma certa impunidade dos mais poderosos, que têm dinheiro para sustentar um processo “ad eternum”.

Não sei se terá razão ou não, embora desconfie desta asserção, vinda de onde vem. E porque é que digo isto? Pela simples razão de que o exemplo que vem citado na sua entrevista (o caso Sócrates), não é o mais acertado, pois este indivíduo esteve em prisão preventiva por mais de 10 meses sem “culpa formada” e, há mais de 10 anos, com sucessivas correções judiciais aos erros cometidos pelo MP, neste processo, com arquivamentos de acusações absurdas. Ou, outro exemplo, o ex primeiro-ministro António Costa, está indiciado (pelo Ministério Público) de coisa nenhuma, o que foi bastante para o afastar do cargo que ocupava por escolha do eleitorado, e agora é Presidente do Conselho Europeu, sob suspeita em Portugal. Ou, ainda, a operação “AB INITIO” na Região Autónoma da Madeira, com artifícios rocambolescos de “bradar aos céus”.

Não sei se o Senhor PGR, entende que a “litigando de má-fé”, só se aplica aos arguidos e que a acusação está a livre desse “pecado”, primando esta pelos princípios da boa-fé e condutas impolutas. Mas não é assim. São muitos os exemplos do Ministério Publico, a “litigar” com manifesta má-fé e sem qualquer respeito pelos direitos liberdades e garantias dos cidadãos. São muitos os atingidos por uma conduta do MP, que os afetou na sua honra e consideração. Vem tudo escarrapachado na comunicação social que o MP sustenta. Não me vou dar ao trabalho, de repetir o que é do conhecimento de todos. Mas, tal como o PGR, também tenho uma “sugestão” a dar-lhe. Veja o que se passa com a violação sistemática do segredo de justiça pela sua instituição, e de que há outra arma legal a que pode recorrer para travar eventuais excessos dos seus magistrados. Faça aplicar o artigo 371.º/1, do Código Penal. Pode usar da mesma benevolência e, até, de alguma incompetência que tem sido usada pelo MP nos processos de terceiros. Deixar em “banho-maria” alguns e em impunidade os seus, não será traço distintivo do início de um bom mandato.

Mais do que olhar para fora, preocupe-se o Senhor Procurador-geral da República em "[pôr] ordem na casa" (frase da Ministra da Justiça), com tenacidade e sem contemplações.

 

 

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

 LUÍS MONTENEGRO, O NAYIB BUKELE PORTUGUÊS

Nayib Bukele, o controverso e impetuoso presidente de extrema-direita de El Salvador, que se intitula como “o ditador mais legal do mundo”, tornou-se popular por ter, aparentemente, dominado a criminalidade e a atuação das gangues, conhecidas por “maras”, que dominavam o país nas últimas três décadas e imprimiam, em 2015, a taxa de 107 homicídios para cada 100 mil pessoas.

O presidente salvadorenho construiu o Centro de Confinamento do Terrorismo, uma mega prisão de segurança máxima, classificada por ele como a maior do mundo, onde abriga mais de 100 presos em cada uma das suas minúsculas celas sem colchões.

El Salvador está desde 2022 em estado de exceção, já renovado por 11 vezes. Bukele mandou 70 mil pessoas para as prisões, suspeitos de filiação aos gangues, destituiu o procurador-geral e substituiu os juízes da Suprema Corte por aliados seus.

A redução da criminalidade em El Salvador — para 2,3 homicídios por 100 mil habitantes em 2023 — foi obtida às custas do controle das instituições governamentais e do atropelo dos padrões democráticos.

Pois, Luís Montenegro, seguindo as pisadas de Bukele, lançou um “forte” ofensiva, contra o terrorismo, desacatos e afins que tem assolado a sociedade portuguesa nos últimos tempos, onde "foram desmanteladas duas redes criminosas”, segunda alega Montenegro, ainda não se sabe de quê. Esta operação de grande “envergadura”, realizou "mais de 170 operações, que envolveram mais de quatro mil efetivos, tendo sido fiscalizadas mais de sete mil pessoas e mais de 10 mil veículos automóveis" revela o chefe do Executivo, e refere ainda "2 mil autos de contraordenação e diversas apreensões". Esta “grande” operação, com enfoque nos dois mil autos de contraordenação (álcool? droga? contrafação?) que durou pouco mais de três semanas, terminou com os resultados acima apontados e mais bem descritos na conferência de imprensa que Luís Montenegro realizou no passado dia 27, deste mês. Nela, Montenegro, substituindo -se às chefias operacionais, deu conta que, agora sim, Portugal, era um dos países mais seguros do mundo e para que não perdesse essa posição, anunciou a compra de mais 600 viaturas, para combate ao crime. “Não podemos dormir à sombra da bananeira”, disse.

Consta que Montenegro pretende fazer nova conferência de imprensa com o mesmo objetivo, uma vez que foi informado que a anterior, por se ter realizado à hora do jogo Mónaco vs Benfica, não tinha ninguém a assistir. Bola!!!

 

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Portugal em «ponto morto»

Nem incêndios, nem derrocadas, nem mortes, nem tragédias, nada faz sobressaltar o governo e as forças que o acompanham, do marasmo que se instalou pós eleições de março de 2024. O segredo da pasmaceira, está na maioria relativa, através de um nado morto. O CDS. Os atuais governantes são reativos a baixa temperatura. Só Marcelo é (era) efervescente. Mesmo ele, perdeu o gás e agora ‘governa’ à porta fechada. É tudo muito triste e sem rumo. Os governantes existem, mas é como se não existissem. Através de medidas avulsas, vão minando os alicerces, na saúde, na justiça, na comunicação social, na administração interna e em todos os outros que por falta de visibilidade, sofrem em silêncio o peso das medidas. Até os bombeiros, último reduto de algum altruísmo genuinamente português, se viram envolvidos em espúrias manobras de uma ministra totalmente impreparada e incapaz para a governação política de um ministério tão sensível. A quantidade de casos que estes ministros já criaram em pouco mais de seis meses de governação, é o espelho da pouca valia trazida pela solução eleitoral de Marcelo. Até os comentadores avençados da área política do governo se mostram sem ideias perante a inércia governamental. Sempre eufóricos, donos de uma verdade absoluta e incontestável, são remetidos para a banalidade, para o “fait-divers” e pior que isso, para a «bolsa de excedentários». Estamos em tempo de «águas turvas». Até a extrema-direita ameaça confundir-se neste pântano. Esta linha está cada vez mais sumida. 

 A Imigração – ‘Uma espada de dois gumes’

Disse Luís Montenegro: “Precisamos de imigração, mas não temos as portas escancaradas”. Disse ainda, que “aqueles que não cumpram as regras têm que ser repatriados”. Ao ler estas declarações do primeiro-ministro, logo me veio à cabeça dois episódios, históricos: um, recordando-me a nossa ‘imigração a salto’, sobretudo para França; e o outro, a ex-chanceler alemã Ângela Merkel. Aparentemente, uma coisa não tem a ver com a outra, mas é só aparentemente. Como diria o outro, «eu explico».

Nos tempos de hoje, as causas da imigração são, essencialmente, para fugir às guerras e ao colapso de alguns Estados, que geram a fome e a pobreza. Por isso, não é uma imigração ‘ordenada’ e ‘organizada’. Não, é uma imigração descontrolada, que leva à aventura da fuga e á inevitável morte de muitos daqueles, que fugiram à morte. Os oceanos, estão cheios de corpos.

Por isso, a nossa ‘imigração a salto’, apesar de descontrolada, não foi tão trágica. Mas beneficiou de uma França de ‘portas escancaradas’. E estavam escancaradas, pelas mesmas razões que Luís Montenegro apontou, ou seja, “Precisamos de imigração …”. Também os franceses, precisaram desta imigração para o seu desenvolvimento económico e social. Hoje, na França, há gerações de luso-franceses, que são o testemunho vivo, do fluxo migratório dos anos 60. Os nossos, fugiram do país, pela fome, desemprego e às guerras em áfrica.

Neste sentido, sempre que os nossos governantes usam chavões de cariz reacionário sobre a imigração descontrolada, fico a pensar na miséria moral e intelectual destes eleitos pelo povo.

E é aqui que entra a ex-chanceler alemã Ângela Merkel. Sob a sua governação (entre 2005 e 2021), a Alemanha recebeu mais de 1,2 milhões de refugiados e requerentes de asilo, sobretudo nos anos 2015 e 2016, quando o conflito na Síria estava no seu auge e a Europa viveu uma das maiores crises de imigração de sempre. Disse, ela, naquela altura: "Quando as pessoas estão na fronteira austro-alemã e austro-húngara, é preciso tratá-las como seres humanos". "Essa é a minha convicção".

Esta dimensão, não tem Luís Montenegro nem os seus apaniguados.

 



quarta-feira, 2 de outubro de 2024

 HIPOCRISIA REGADA COM SANGUE

Hoje fomos despertados por uma manifestação nacional dos Sapadores Bombeiros, nas escadarias da Assembleia da República, em protesto contra a “falta de vontade do governo” em negociar os "acertos salariais para compensar o aumento da inflação e a regulamentação da carreira.” Independentemente das razões dos sapadores de bombeiros, nas reivindicações que apresentam, que à partida são justas, a provocação do governo, que marca uma reunião com estes profissionais, para lhes dizer que não tinham nada para lhes apresentar é, para além de ofensivo, um desrespeito enorme por estes homens e mulheres e o rastilho inevitável, para o que está a acontecer.

Lembrarmo-nos nós, que nem trinta dias passaram, depois da morte de bombeiros e civis nos terríveis incêndios que assolaram o país, e das juras e penitências dos governantes que saídos do silêncio louvaram até à exaustão a heroicidade destes profissionais, é absolutamente revoltante que, em tão pouco tempo, estes governantes se ‘esqueçam’ destes profissionais ao ponto de nada ter para lhes dizer.

O primeiro-ministro que tão preocupado se mostrou com os autores das ignições, olhe para dentro do seu governo e veja quem são os incendiários.

É vergonhoso, ver os ‘agentes de paz’, derrubarem barreiras na escadaria da Assembleia, em protesto e desespero, perante o desrespeito governamental. Nem as mortes, nem o sangue derramada, derrubou a hipocrisia governamental.