sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

 OS PILANTRAS

Já em fila para 2025, os pilantras da nossa praça, aprontam os seus argumentários para o novo ano que se inicia. Televisões, rádios, podcasts, jornais, revistas e panfletos, aprumam-se para receber esta espécie que germina à velocidade da luz. Eles são um pouco de tudo. De índole conservador e mentalidade retrógrada, têm urticária à imigração e à convivência entre os povos e uma desconfiança acentuada do papel das mulheres na sociedade. Paladinos do confronto, da guerra e da submissão dos povos, os pilantras assumem-se amorais e vincadamente desonestos, sob a roupagem de um chico-esperto. Geralmente oriundos do trabalho subordinado, os pilantras da nossa praça, recebem guarida daqueles que os exploram e os mantêm à tona d’água exatamente para a pilantragem. Os tempos estão a seu favor. Perceciona-se o fim do chamado wokismo e o retorno ao tribalismo. Na verdade, com a vitoria expressiva de Donald Trump, os movimento que se mostram conscientes da gravidade das injustiças sociais existentes (nomeadamente no que diz respeito a questões de discriminação e racismo), agindo de forma ativa para as combater, sofreram um revés muito significativo com a vitória de Trump, que anuncia o retorno ao tribalismo moderno de feição oligarca. Isto, é chão fértil, para os pilantras. Trump é o exemplo acabado disso e o seu “croupier”, Elon Mask, a definição completa de uma sociedade sem valores nem princípios.

Elon Mask, tal como Donald Trump, são descendentes de imigrantes, aquele oriundo da África do Sul e este da Alemanha. Elon Mask, naturalizado americano, viu as suas empresas, por duas vezes, à beira da falência. A «fresh start» americana, no entanto, deu-lhe a mão e o imigrante, emergiu.

Com uma prol de (pelo menos) 12 (doze) filhos, o “croupier” de Trump, Elon Musk, comprou um condomínio privado em Austin, Texas para estes seus doze filhos e duas das suas ex-companheiras, segundo uma investigação do New York Times (NYT), pretendendo nele habitar com o objetivo de fazer com que “os filhos mais novos possam fazer parte da vida uns dos outros” e que o pai possa ter tempo para estar com eles” As mães foram convidadas a estar neste sultanato, mas algumas rejeitaram.

Esta doçura de pai, equivalente a um “sultão do deserto”, de mente marcadamente fascista, não acredita que as mulheres se aproximem dele por amor, mas antes e sobretudo pelo dinheiro. Não se percebe porquê?! Por essa razão, destrói o conceito de família e cria o conceito de “penitenciaria” em condomínio fechado. As mulheres de Musk são, antes de tudo e de mais, agentes reprodutoras (parideiras) ao serviço da demografia e da natalidade. “Façam filhos”, é o seu lema. Ele e Trump, são a face da mesma moeda. A América, superpotência, arrisca-se a explodir na mão destes oligarcas. A oligarquia americana, imigrante, assente na falta de escrúpulos e na ganância, poderá fazer ruir este “império”.

Este é, no entanto, terreno fértil dos pilantras, da nossa praça.

 

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