‘O CIRCO DESCEU À CIDADE’
Há muito que o ‘burgo’ foi
inundado por um conjunto de agentes de marketing e publicidade circense, que dão
loas às novas atrações do circo Ventura e das suas ‘criaturas
amestrados’. Mais que trazer alegrias ao povo, esta ‘companhia’, causou, desde
o inico, apreensão e temor à generalidade das pessoas que evitavam assistir ao
espetáculo, quando este deambulava pelas cidades, vilas e aldeias do país.
Ainda assim, alguns temerários e outros ciosos de ‘sangue’, foram dando guarida
a estes ‘artistas’, sob o impulso indispensável dos agentes do marketing e
publicidade circense, acolitados no ‘Observador’ e outros meios de comunicação
social do mesmo timbre. Eufóricos, ficaram, quando o ‘mestre-de-cerimónias’
decidiu instalar o circo Ventura em Lisboa, no passado dia 10 de março.
Os agentes de marketing e publicidade circense estavam ao rubro de entusiasmo.
Tinham o ‘circo’ na cidade, como sempre o desejaram. Mal sabiam, eles, porém,
que o povo tinha uma surpresa para lhes apresentar. ‘Isto era à vontade, mas
não à vontadinha’. Assim, na noite de inauguração, o povo decidiu que o circo
Ventura, só poderia dar espetáculos, no descampado da AD. Não é não, foi a
resposta. Começava o drama. Como convencer a AD que o espaço era comum por
direito próprio? Conversa para aqui, conversa para ali e então fez-se luz. Ok.,
diz o ‘líder’ da AD. Eu elejo o chefe do descampado com os teus votos e tu
eleges o subchefe do descampado com os meus votos. Parece-me, bem disseram em
uníssono. A luz voltava a brilhar. Por pouco tempo, porém. Outros ocupantes do
‘logradouro’, lembraram que, não é não. Ai, sim? diz o dono do circo Ventura,
então vais ver! E no dia da eleição, zás, não vota no chefe do descampado.
Bronca de todos os tamanhos. O indigitado, tinha vindo lá do norte, já com tudo
acordado, prometeram-lhe o lugar e agora, nada. Foi um dia muito tenso, com
acusações e impropérios que chocaram os mais púdicos. Os agentes de marketing e
publicidade circense, desdobraram-se em análises e mais análises, todos
culpando o anterior inquilino, numa interpretação ventricular de bradar aos
céus. É claro que o ‘mestre-de-cerimónias’, está mudo e calado, perante este
espetáculo deprimente de ‘criaturas à solta’. É certo, também, que foi este o
espetáculo que quis, mas mais uma vez não mediu as consequências. Moral da
história: "quem não quer ser lobo não lhe veste a pele”
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