domingo, 20 de dezembro de 2020

𝓟𝓸𝓮𝓶𝓪 𝓭𝓮𝓼𝓽𝓮 𝓝𝓪𝓽𝓪𝓵

É tudo tão anormal

Que nem parece Natal


Crentes e não crentes fiéis ou infiéis

Todos querem o regresso ao passado

O fumeiro, o encontro e o reencontro

À mesa do assado com vinho bem regado

 

A alegria contagiante do Natal

Que a todos fazem felizes

Na correria desenfreada dos petizes

Ilustram bem este postal

Que neste período anormal

Traz silêncios incomodativos

Nada condicentes com esta quadra

De sinos, músicas alegres, e muitos risos

 

O vermelho agora é sangue infetado

Que corre nas veias dos atingidos

Deixando em pânico todos os outros

Que não sabendo como viver, mesmo ungidos

Vão-se livrando da infeção em ziguezague permanente

Na esperança de que o vírus não lhes bata à porta.

 

Não há local de reflexão ou de peregrinação

A que se possa recorrer

Tudo é de temer

O vírus criou um verdadeiro abalo

A que não escapou a “Missa do galo”

 

A lenda ancestral, este ano não se vai cumprir (em Portugal)

À meia-noite do dia 24 de dezembro

O galo que cantar fortemente, como nunca ouvido

Anunciando a vinda do Messias.

Não será pelos crentes ouvido

Porque o vírus tornou proibido.

 

 

 

 

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

𝐇𝐈𝐏𝐎𝐂𝐑𝐈𝐒𝐈𝐀

Morte no aeroporto: diretora do SEF admite “situação de tortura evidente” ao cidadão ucraniano - Ihor Homenyuk, de 40 anos de idade. Estas acontecimentos datam de 12 de março de 2020.

Hoje, dia 10 de dezembro de 2020, após serem conhecidas as declarações prestadas pela viúva do assassinado, que disse que, até hoje; “Choro todos os dias. É muito difícil em termos psicológicos e financeiros. De cada vez que oiço a palavra Portugal... fiquei com tanto ódio a este país. Não quero dinheiro nenhum, só queria que mo trouxessem de volta …”, logo veio o “Establishment”, governo, presidente da República, partidos políticos, comunicação social, etc., com uma hipocrisia sem limites, verter “lágrimas de crocodilo”, fazendo deste incidente inqualificável, mais um caso, que não mereceu qualquer prioridade quer do governo perante a família da vítima quer uma comoção generalizada dos portugueses, perante este ato hediondo, praticado pelas autoridades policiais portuguesas. Diz o presidente da República: “temos de ver se isto é um ato isolado ou é uma prática instalada no SEF.”

É Claro que o senhor presidente da República, não tem estado atento aos relatórios europeus e internacionais sobre as práticas usadas pelas nossas policias, seja em esquadras seja nos espaços públicos. Vale a pena, por isso, trazer à colação o último relatório do Comité Antitortura do Conselho da Europa ((CPT), que no passado dia 13 de novembro, recomendou às autoridades portuguesas a adoção de medidas firmes para prevenir maus-tratos policiais e garantir que os alegados casos sejam investigados de forma eficaz.

Esta recomendação vem expressa no relatório elaborado pelo Comité na sequência dos resultados da visita `ad hoc´ realizada por responsáveis do (CPT) a Portugal em dezembro de 2019, em que concluem: O Comité Antitortura do Conselho da Europa fez a 11.ª visita a Portugal e concluiu que afrodescendentes e imigrantes são dos que mais sofrem às mãos da polícia. O Chefe de delegação declarou que já não acredita na Inspeção-geral da Administração Interna”.

Ora, este crime praticado pelos agentes do SEF no Aeroporto de Lisboa, é mais uma degradante ilustração da desumanidade com que as autoridades policiais portuguesas exercem as suas funções, há muito denunciadas, mas não eliminadas por incúria e laxismo das entidades competentes. Praticar a tortura até à morte é de tal forma hediondo que desqualifica qualquer autoridade e põe em causa a organização em que se inserem. Quem não tem qualquer respeito pela vida humana, não pode ser guardião da vida dos cidadãos. Isto é, “lobo no galinheiro.”

Cabe recordar, que as autoridades europeias e internacionais têm chamado a atenção para a crescente infiltração nas forças policiais portuguesas, de indivíduos da extrema direita, xenófoba e racista.  Estes, não tem respeito pela vida humana. Estes têm de ser banidos destas funções de autoridade.

Nove meses depois, vem pedir-se desculpa, apresentar (publicamente) condolências à família da vítima, determinar-se o pagamento de uma indemnização e … a Diretora do SEF, demitiu-se. É pouco, não é?

 

 

 

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

“𝐀 𝐏𝐫𝐨𝐜𝐮𝐫𝐚𝐝𝐨𝐫𝐢𝐚 𝐈𝐥í𝐜𝐢𝐭𝐚”

 A maioria dos líderes das ordens profissionais, com a pandemia, revelaram a sua verdadeira vocação profissional, nada condicente, com a que atualmente exercem. O bastonário dos advogados, por exemplo, demonstra uma propensão para os assuntos da saúde, que faz inveja ao seu colega da ordem dos médicos. O bastonário dos advogados, certamente por trauma de infância, decidiu na pandemia, “brincar aos médicos”. Daí que, em órgão de comunicação dos advogados, o senhor bastonário, espalha epistolas em todos os sentidos, em matéria de saúde. Esquisito, não é? Pois é o que temos.

Já o bastonário dos médicos, virou justiceiro e político.  Justiceiro, porque advoga uma justiça “privada” para as questões de saúde. Político porque anseia a coisa pública. Todos os dias e a toda a hora é vê-lo a fazer oposição ao governo usando o bastonato como ferramenta política. Parece que está a dar frutos, pois o seu partido (PSD), já pensa nele para a Câmara do Porto. Outra bastonária, com vocação errada, é a dos enfermeiros. Esta senhora, como ficou demonstrado à saciedade, revelou dotes de “croupier” verdadeiramente espantosos, à mesa da economia de casino. Todo o seu comportamento, como bastonária dos enfermeiros, está em contraciclo com os valores e objetivos daquela Ordem. Nunca olhou a meios para atingir os seus fins, nem que para isso tivesse de sacrificar valores, como o da solidariedade ou de humanidade, como efetivamente sacrificou. Tem dos valores democráticos, um quanto Chega, sobrepondo esses valores, à mesquinhez da baixa política.

Que têm em comum, estas personalidades? São todos do PSD. E todos usam o seu cargo, para fazer política partidária. 

Nós chamamos a isso, Procuradoria Ilícita …



sábado, 5 de dezembro de 2020

𝐌𝐎𝐕𝐈𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎 (𝐦𝐞𝐭𝐚𝐟ó𝐫𝐢𝐜𝐨) 𝐒𝐎𝐁𝐑𝐄𝐕𝐈𝐕𝐄𝐑 𝐀 “𝐒𝐎𝐏𝐀𝐒 𝐃𝐄 𝐂𝐀𝐕𝐀𝐋𝐎 𝐂𝐀𝐍𝐒𝐀𝐃𝐎”

Após o movimento citadino “A Pão e Água”, projeta-se (com justiça, diga-se!) a criação metafórica de um movimento, nascido nas periferias das grandes cidades, nas vilas e aldeias,  que se pretende denominar “Sopa de Cavalo Cansado”, em homenagem à triste lembrança de um Portugal (ainda mais) pobre e distante, em que os tempos difíceis vividos pelos portugueses, levavam a uma alimentação pobre e pouco saudável, de que a maioria desta restauração, sem “Chief”, mas de cozinheiros e cozinheiras de mão cheia, são o seu exemplo atualizado. Quem não admira e saboreia a nossa gastronomia regional portuguesa? E os petiscos das nossas tascas? E as pequenas casas de pasto? E as tabernas? Esta gente, com os seus pequenos negócios, estarão a ser ajudados? Saberão eles pedir ajuda? Terão eles acesso às ajudas? É que estes, ao contrário daqueles, não podem vir para Lisboa ou para o Porto, fazer greve de fome, pela simples razão de que o negócio são eles (mulher e filhos). Esta gente não se pode dar ao luxo de parar a atividade, mesmo no pouco tempo que estão abertos (como os demais), porque não têm almofada ou acesso ao crédito. Como dizem, “é chapa ganha, chapa gasta”. Assim, esta franja enorme da pequena restauração, está longe dos holofotes dos Chefse das suas preocupações, que se guiam por outras métricas e outros valores.

Seria muito importante que o projetado Movimento (metafórico), “Sobreviver a sopas de cavalo cansado”, tivesse uma ajuda condigna, nestes tempos de pandemia, por forma a não caírem no malfadado “pão e água”.

Afinal, todos têm direito a manifestar-se da forma que quiserem e muito bem entenderem, só que tal não pode querer dizer que as graves condições em que vive o setor da restauração (e não só, claro!), se encontram ali representados.  Longe disso.

Grande parte dos “grevistas”, são empresários, bem-sucedidos, é certo, porque “Chefs” de mérito, o são, também. Mas a verdade é que a esmagadora maioria da restauração em Portugal, não se fez ouvir nem tem forma de o fazer. Para esses, deverão ser as autarquias locais a prestar-lhes apoio, mais que não seja através da criação de pontes com o governo, que permitam àqueles beneficiar daquilo que hoje, provavelmente, desconhecem, que têm direito.   

E esta é a grande diferença, entre aqueles que têm voz e sabem fazê-la ouvir e aqueles que tende voz, também, não se sabem fazer ouvir. E não sabem, porque tradicionalmente fazem parte dos excluídos do debate. Para estes, o microfone está desligado.

São inúmeros os setores e profissões afetadas por esta crise de saúde pública. Sem dúvida que o setor da restauração tem sido afetado de sobremaneira. E as atividades artísticas, criativas e de espetáculos? E a hotelaria? E o transporte aéreo? E as atividades assentes essencialmente na exportação (têxtil e automóvel)? E os cuidados de saúde, a logística e o retalho alimentar, enfim, são tantos os setores (e profissões) afetados pela pandemia que é particularmente injusto falarmos de uns e não dos outros.

Mas grave mesmo, muito grave, são aqueles que apanhados pela pandemia perderam os seus empregos, fecharam os seus negócios, perderam família e amigos, adoeceram com o Covid-19 ou por causa dele faleceram.

Na pandemia, não dá dividir para reinar. É muito pouco ético e seguramente desumano. 

sábado, 21 de novembro de 2020

“𝐙𝐚𝐧𝐠𝐚𝐦-𝐬𝐞 𝐚𝐬 𝐜𝐨𝐦𝐚𝐝𝐫𝐞𝐬, 𝐝𝐞𝐬𝐜𝐨𝐛𝐫𝐞𝐦-𝐬𝐞 𝐚𝐬 𝐯𝐞𝐫𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬”!

Em tempos de pandemia e perante esta unanimidade bafienta em torno do serviço nacional de saúde (SNS), a direita e a extrema direita, lembrou-se de montar o “acampamento cigano”, e vai daí envolveu-se numa zaragata entre “tendas”, nada apropriada para os tempos que correm, mas está nos genes desta gente. Nada a fazer. Protagonistas: Maria João Avillez, a decana do jornalismo da direta ultraconservadora, a quem abril deu a mão, mandou-se para cima de Henrique Raposo e outros, novéis militantes da direita neoliberal, por razões ligadas ao iliberalismo, matéria do agrado da decana. Também, João Miguel Tavares (JMT), se mandou para cima de Francis Mendes da Silva (CDS), igualmente por causa do iliberalismo, e também aqui, matéria do agrado do JMT.

É claro que a direita da “democracia cristã”, vê estes espúrios do iliberalismo, como uma emanação do protofascismo, xenófobo e racista, que pulula no espectro político-partidário português, através de um pequeno partido, com raízes no PRN, no Ergue-te e outros, liderados por um ex-PSD, que os incomoda, é bem de ver. E têm razão para isso.

Na verdade, enquanto a direita democrática teve líderes verdadeiramente competentes do ponto de vista político, o seu campo sempre esteve preenchido e era fonte natural das coligações à direita lideradas pelo PSD.

A descaracterização do CDS e a sua degradação progressiva seja ao nível da liderança seja ao nível programático, abriu brechas irreparáveis na sua estrutura, dando origem ao aparecimento de forças nacionalistas, populistas e antidemocráticas.

Estas forças, embora agrupadas num partido político, com assento parlamentar, não gozam de um apoio popular relevante e por isso, se combatidas eficazmente, não passarão de um epifenómeno incapaz de determinar ou influenciar qualquer alteração no sistema democrático português.

Porém, se os partidos do sistema democrático português, tiverem a veleidade, com teve o PSD, de estabelecer acordos ou quaisquer tipo de relacionamento com essas forças antidemocráticas é certo e sabido que, mais tarde ou mais cedo, o nosso sistema democrático estará ferido na sua essência e passará ter dentro de si a sua bactéria destruidora.

Rui Rio, pelos vistos, está disposto a arriscar.

 

  

domingo, 15 de novembro de 2020

𝐈𝐥𝐢𝐛𝐞𝐫𝐚𝐢𝐬, 𝐈𝐫𝐫𝐚𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐢𝐬, 𝐈𝐠𝐧ó𝐛𝐞𝐢𝐬 𝐞 𝐈𝐥𝐞𝐠𝐚𝐢𝐬

Agora que o porta-estandarte do protofascismo foi varrido da américa e esta retoma a sua decência democrática, abrem-se perspetivas muito animadores para a contenção ou até para o esvaziamento de algumas bolhas de extrema-direita xenófoba e racista, como aquela que se formou em Portugal, desde 2019, e que já mereceu o abraço do PSD Açoriano, com a «agremente» da estrutura nacional do partido. Este, foi um dos efeitos do “Trumpismo”. A perda da decência democrática. Em alguns países europeus, como Portugal, algumas forças democráticas, essenciais ao Estado de Direito Democrático, como é o caso do PSD, cansaram-se da democracia representativa e do fraco apoio que têm recebido da população, para ensaiarem “uma fuga pra a frente”, a reboque da extrema-direita fascista, xenófoba e racista. Os ventos que sopravam do outro lado do atlântico, estavam a favor. Havia um nevoeiro antidemocrático persistente que se alastrou pela Europa e pelo resto do mundo democrático, durantes os últimos quatro anos, e que permitiu o crescimento destas aberrações antidemocráticas. Com a queda de Trump, caiu o suporte ideológico que sustentou o aparecimento e manutenção destas forças antidemocráticas e constitui um rude golpe nas fontes de financiamento que alimentavam as atividades desta extrema-direita, xenófoba e racista.

Não tenhamos dúvidas, porém, os iliberais, irracionais, ignóbeis e ilegais, vão continuar a fazer o seu caminho, porque, infelizmente, as sementes foram lançadas e uma parte da sociedade desiludida e desesperançada, agarra-se a estes “vendedores de sonhos”, como se de uma “tábua de salvação” se tratasse. Os escribas, tentarão manter à “tono d’agua”, estes protofascistas e a direita mais reacionária infiltrada nos partidos do sistema, andarão de mãos dadas com eles. Mas tudo agora fica mais claro. Já não há um tonto na “casa branca”, a chapelar estes protofascistas. Tudo agora, fica mais doméstico. Rui Rio, já deu o mote!    

 

 

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

𝐑𝐔𝐈 𝐑𝐈𝐎 𝐝𝐢𝐳 𝐪𝐮𝐞 𝐚𝐢𝐧𝐝𝐚 𝐧ã𝐨 𝐂𝐇𝐄𝐆𝐀. 𝐐𝐮𝐞𝐫 𝐦𝐚𝐢𝐬!

 É um bocado obsceno falar-se (escrever-se) sobre ou a propósito do Chega. Até aqui, este partido de extrema-direita, xenófobo, racista, fascista, só era citado pela comunicação social, dos escribas, ou pelas redes sociais, onde o algoritmo comanda. Mais nada. Todos os partidos, de uma maneira geral, assistiram à chegada desta excrescência político partidária, com total desconfiança e até com algum temor, pois a democracia começava a ser minada por dentro. Todos resistiram, até aqueles que aparentemente se encontravam mais próximos. Era impossível partilhar espaços e opiniões com os detratores da democracia. Os iliberais, como agora hipocritamente se pretende denominar. Porém, o PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA (PSD), cansado de esperar na oposição, decidiu dar uma a Chega. Vai daí, formaliza um acordo de incidência parlamentar nos Açores, com o Chega, em troca de conjunto de compromissos que (ao que veio a público), passa pela redução de mandatos no arquipélago, pelo reduzir (acabar?), com o rendimento social de inserção (RSI), pelo combate à corrupção e pela elaboração de um projeto de revisão constitucional regional. Rui Rio, aceitou. Afinal, o que é que estas propostas têm de fascistas? Gritou. Nada, ou quase nada, dir-se-ia!

Vamos a uma história.

“Nomeado chanceler do Reich em 30 de janeiro de 1933, Hitler, que considerava o cargo apenas um passo para a tomada do poder absoluto, começou imediatamente a montar um sistema ditatorial. Desfez-se rapidamente dos aliados que permitiram sua ascensão, reservando-se plenos poderes. Através de uma lei aprovada pelos partidos burgueses, proibiu todos os grupos políticos, com exceção do seu NSDAP. O Partido Social Democrata e o Partido Comunista foram dissolvidos, e os demais, forçados à autodissolução.”

Esta história não devia ser do desconhecimento de Rui Rio que tem formação germânica (Estudou no Colégio Alemão do Porto). Claro que lhe pode ter escapado!...

É de uma imprudência política a rasar a ignorância ou pior que isso é colocar em cheque todo o projeto político saído da revolução de abril de 1974. Rui Rio, líder do segundo maior partido político português, não tem o direito de fragilizar a democracia portuguesa com as suas alianças à extrema-direita, xenófoba, racista, fascista e violenta, realizadas em qualquer parte do território português. Não se trata, sequer, de ultrapassar ou não linhas vermelhas. Trata-se de ser conivente com a destruição do estado democrático. Isto não honra a memoria dos pais fundadores da nossa democracia. E é uma ofensa, para todos nós.

Rui Rio, deixou de merecer a consideração política que lhe era devida enquanto líder partidário do segundo maior partido da democracia.

Hoje faz parte dos detratores da democracia. Compete ao PSD, ainda sobrevivente, repudiar e desprezar estas alianças obscenas, que põem em perigo a democracia portuguesa.    

Haja, vergonha!