domingo, 20 de dezembro de 2020

𝓟𝓸𝓮𝓶𝓪 𝓭𝓮𝓼𝓽𝓮 𝓝𝓪𝓽𝓪𝓵

É tudo tão anormal

Que nem parece Natal


Crentes e não crentes fiéis ou infiéis

Todos querem o regresso ao passado

O fumeiro, o encontro e o reencontro

À mesa do assado com vinho bem regado

 

A alegria contagiante do Natal

Que a todos fazem felizes

Na correria desenfreada dos petizes

Ilustram bem este postal

Que neste período anormal

Traz silêncios incomodativos

Nada condicentes com esta quadra

De sinos, músicas alegres, e muitos risos

 

O vermelho agora é sangue infetado

Que corre nas veias dos atingidos

Deixando em pânico todos os outros

Que não sabendo como viver, mesmo ungidos

Vão-se livrando da infeção em ziguezague permanente

Na esperança de que o vírus não lhes bata à porta.

 

Não há local de reflexão ou de peregrinação

A que se possa recorrer

Tudo é de temer

O vírus criou um verdadeiro abalo

A que não escapou a “Missa do galo”

 

A lenda ancestral, este ano não se vai cumprir (em Portugal)

À meia-noite do dia 24 de dezembro

O galo que cantar fortemente, como nunca ouvido

Anunciando a vinda do Messias.

Não será pelos crentes ouvido

Porque o vírus tornou proibido.

 

 

 

 

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