É tudo tão anormal
Que nem parece Natal
Crentes e não crentes fiéis ou infiéis
Todos querem o regresso ao
passado
O fumeiro, o encontro e o
reencontro
À mesa do assado com vinho
bem regado
A alegria contagiante do
Natal
Que a todos fazem felizes
Na correria desenfreada dos
petizes
Ilustram bem este postal
Que neste período anormal
Traz silêncios incomodativos
Nada condicentes com esta
quadra
De sinos, músicas alegres, e muitos
risos
O vermelho agora é sangue
infetado
Que corre nas veias dos
atingidos
Deixando em pânico todos os
outros
Que não sabendo como viver,
mesmo ungidos
Vão-se livrando da infeção em
ziguezague permanente
Na esperança de que o vírus
não lhes bata à porta.
Não há local de reflexão ou
de peregrinação
A que se possa recorrer
Tudo é de temer
O vírus criou um verdadeiro
abalo
A que não escapou a “Missa do
galo”
A lenda ancestral, este ano
não se vai cumprir (em Portugal)
À meia-noite do dia 24 de
dezembro
O galo que cantar fortemente,
como nunca ouvido
Anunciando a vinda do Messias.
Não será pelos crentes ouvido
Porque o vírus tornou
proibido.
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