Segundo João Miguel Tavares (JMT),
no Público de ontem, sob o título “A taça
das zero sanções”, dava conta do seu indisfarçável desalento pela decisão
da Comissão Europeia de não aplicar sanções a Portugal, por deficit e excessivo
em 2015. Claro que, com a cobardia que é timbre destes escribas neoliberais de
feição fascistoide, afirma que também está “contente” por não haver sanções,
mas por outras razões. E explica: “Não
por ser sensível ao patriotismo lamecho-pedinchão que tem dominado a
canícula, mas por uma razão muito prática: agora, há menos uma desculpa à
qual António Costa se agarrar.” (sublinhado nosso)
Não fosse a mania de António
Costa se “agarrar” com «unhas e dentes» à defesa intransigente da não aplicação
das sanções por imorais e injustas para o povo português, embora decorrentes de
uma governação a todos os títulos imoral e injusta também, e agora, sim, teríamos
um coro de “patriotismo lamecho-pedinchão
que tem dominado a canícula”, com Passos Coelho à cabeça que há poucos dias
dizia que Portugal poderá vir a ser alvo de sanções porque “muitos dos governos da Europa têm dúvidas
sobre aquilo que se está a passar no país” ou Maria Luís Albuquerque que
afirmou: "Se eu fosse ministra",
Portugal não sofreria sanções.
Esta arrogância que “tem dominado a canícula” e da qual
alguns dos seus pares aparentemente se distanciam para não serem contaminados,
vide Marques Mendes “eleitoralismo de
Passos custou 3 mil milhões aos contribuintes”, mostra bem como um conjunto
de cidadãos, políticos ou não, estão dispostos a defender a politica do «quanto
pior melhor», sem preocupações dos estragos que isso causa e causou ao país e
aos portugueses.
Estes «kamikazes» da política portuguesa, cada vez mais dispostos a
«morrer» pelo capitalismo selvagem e pelo consumismo embriagado da “Time Out”, não conseguem perceber que o
seu tempo acabou e que as retóricas do «bom aluno», não são compatíveis com os
resultados alcançados de forte empobrecimento da população, miséria instalada,
insolvências politicamente dolosas e em série no setor financeiro e não só, ausência
crescimento económico, desmantelamento dos setores principais da atividade económica
portuguesa, aumento da dívida pública e do deficit público e privado e, como se
não bastasse já, uma forte campanha de descrédito do atual governo e da maioria
que o sustenta, protagonizada pelos pafiosos deste país, quer junto das
instâncias internacionais e comunitárias, quer obstaculizando o cumprimento de
acordos previamente estabelecidos, tentando, por aí, paralisar as instituições
públicas, como foi o caso da Concertação Social.
É difícil perceber o que move
estes imbecis sendo certo que os tempos que correm e a situação em que se
encontra o país e a esmagadora maioria dos portugueses, não permite desviar as
atenções nem gastar energias com estes «Migueis de Vasconcelos», que cada vez
mais se encontram num «esconderijo apertado»!...