Diz quem sabe, que a peçonha “é
um líquido venenoso segregado por alguns animais e que se inocula por meio de
picada ou mordedura. Em sentido figurado, quer dizer maldade ou malícia. Deitar
peçonha significa, por isso, interpretar malevolamente o que o outro faz ou
diz.
Vem isto a propósito de todos
aqueles que como Passo Coelho, Maria Luís Albuquerque e outros ligados ao Pote
ou que a ele se candidatam afanosamente, vêm agora criticar o atual governo por
eventuais sanções da Comissão Europeia a Portugal, por défice excessivo durante
o período de 2013/2015.
Vou repetir, 2013/2015.
Ora, diz Maria Luís Albuquerque
que a eventual punição de Bruxelas se fica a dever ao atual governo por não ter
“defendido eficazmente o legado”
orçamental que recebeu por “razões
políticas internas”. E como se isto não bastasse acrescenta: “Não faltaram argumentos técnicos ao Governo,
terá faltado vontade política e capacidade e competência para convencer os
parceiros e a Comissão Europeia”, insistiu a deputada, desejando que nesta
segunda oportunidade o Executivo saiba
“convencer com credibilidade” as instâncias europeias de que “vai atingir as metas definidas e cumprir
as regras europeias”.
Parece inquestionável que esta “serpente” distila peçonha sobre o atual
governo que nesta matéria é tudo menos culpado. Mas pior, pretende fazer crer
que as sanções eram evitáveis pois no compadrio e submissão da governação PáF a
Bruxelas, logo se haveria de obter o perdão pelos pecados passados com a
promessa de provas e expiações para a regeneração no futuro.
E talvez o conseguisse, mais uma
vez, com a inqualificável sujeição do povo português a humilhações e penúrias
muito ao jeito da governação derrotada.
Diz o poeta e com razão: “Em qualquer parte onde a cabeça ponha/Deixa
circunferências de peçonha.”
Valha-nos o antídoto para anular
os efeitos desta política rasteira e rastejante!
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