sexta-feira, 29 de julho de 2016

“O Calor do Cão”

Segundo João Miguel Tavares (JMT), no Público de ontem, sob o título “A taça das zero sanções”, dava conta do seu indisfarçável desalento pela decisão da Comissão Europeia de não aplicar sanções a Portugal, por deficit e excessivo em 2015. Claro que, com a cobardia que é timbre destes escribas neoliberais de feição fascistoide, afirma que também está “contente” por não haver sanções, mas por outras razões. E explica: “Não por ser sensível ao patriotismo lamecho-pedinchão que tem dominado a canícula, mas por uma razão muito prática: agora, há menos uma desculpa à qual António Costa se agarrar.” (sublinhado nosso)
Não fosse a mania de António Costa se “agarrar” com «unhas e dentes» à defesa intransigente da não aplicação das sanções por imorais e injustas para o povo português, embora decorrentes de uma governação a todos os títulos imoral e injusta também, e agora, sim, teríamos um coro de “patriotismo lamecho-pedinchão que tem dominado a canícula”, com Passos Coelho à cabeça que há poucos dias dizia que Portugal poderá vir a ser alvo de sanções porque “muitos dos governos da Europa têm dúvidas sobre aquilo que se está a passar no país” ou Maria Luís Albuquerque que afirmou: "Se eu fosse ministra", Portugal não sofreria sanções.
Esta arrogância que “tem dominado a canícula” e da qual alguns dos seus pares aparentemente se distanciam para não serem contaminados, vide Marques Mendes “eleitoralismo de Passos custou 3 mil milhões aos contribuintes”, mostra bem como um conjunto de cidadãos, políticos ou não, estão dispostos a defender a politica do «quanto pior melhor», sem preocupações dos estragos que isso causa e causou ao país e aos portugueses.
Estes «kamikazes» da política portuguesa, cada vez mais dispostos a «morrer» pelo capitalismo selvagem e pelo consumismo embriagado da “Time Out”, não conseguem perceber que o seu tempo acabou e que as retóricas do «bom aluno», não são compatíveis com os resultados alcançados de forte empobrecimento da população, miséria instalada, insolvências politicamente dolosas e em série no setor financeiro e não só, ausência crescimento económico, desmantelamento dos setores principais da atividade económica portuguesa, aumento da dívida pública e do deficit público e privado e, como se não bastasse já, uma forte campanha de descrédito do atual governo e da maioria que o sustenta, protagonizada pelos pafiosos deste país, quer junto das instâncias internacionais e comunitárias, quer obstaculizando o cumprimento de acordos previamente estabelecidos, tentando, por aí, paralisar as instituições públicas, como foi o caso da Concertação Social.
É difícil perceber o que move estes imbecis sendo certo que os tempos que correm e a situação em que se encontra o país e a esmagadora maioria dos portugueses, não permite desviar as atenções nem gastar energias com estes «Migueis de Vasconcelos», que cada vez mais se encontram num «esconderijo apertado»!...














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