É este o discurso dos negacionistas, cá e lá fora. Há medida que a pandemia se vai cada vez mais alastrando, com números de infetados e mortes, aqui na Europa, assustadores, é arrepiante ver o número de pessoas que, como os abutres, se opõem a quaisquer medidas restritivas de mobilidade e circulação que estão a ser adotadas para conter a transmissão do vírus Covid 19. Alega-se, violação de direitos fundamentais. Mas em estado de exceção, terá de haver, obrigatoriamente, compressão de direitos. O que se espera, e nada aponta para o contrário (pelo menos aqui no nosso país), é que essa compressão de direitos seja proporcional ao risco que se pretende evitar.
A pandemia do
Covid 19, colocou todos os países em estado de exceção decretado pelas autoridades
de saúde publica em situações de clara emergência nacional.
PCP, BE,
CHEGA e IL, votam contra a implementação de medidas de exceção no combate à
pandemia. Por “dever de oficio”, cito estes dois últimos, como o rodapé do
negacionismo e consequentemente, irrelevantes. Já o mesmo, não se passa com o
PCP e BE que, como alguém escrevia, são “um terço da esquerda” em Portugal. Só
em democracia se pode, e quando imprescindível, criar estados de exceção. Só em
democracia, existem mecanismos suficientemente fortes para dosear o impacto
(sempre negativo, mas necessário), das medidas restritivas de direitos. PCP e
BE, cuja democracia representativa, nascida com o 25 abril de 74, serviu de
escola à assunção universal dos direitos de todos, teimam, em certas
circunstâncias, em relembrar-nos a origem das suas conceções
político-ideológicas.
A restrição
de direitos, seja de que natureza for, não é uma medida boa. Justamente por
isso, a nossa Constituição define, com precisão, em que condições de tempo e de
modo, as mesmas podem ser aplicadas. Agressão efetiva por forças estrangeiras,
grave ameaça à ordem constitucional democrática ou calamidade pública, são
exemplos que podem levar à suspensão temporária de direitos e garantias
constitucionais, por forma a proporcionar a necessária eficiência na tomada de
decisões para casos de proteção do Estado, já que a rapidez no processo de
decidir as medidas a serem tomadas é essencial em situações emergenciais.
Para aqueles
que dizem, que aceitar a restrição de direitos é um mau sinal, escamoteando
propositadamente, em que moldes é feito, apenas estão a contribuir para a
irrelevância do discurso político e para o aprofundamento das teses
negacionistas, que declaram que a pandemia é uma mentira e a população não
deve se deixar mandar por "aqueles lá de cima".
Estes vão
buscar as suas forças à “Aliança dos Avestruzes”, que fingem que o
problema não existe. “
Coitados …!
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