quarta-feira, 28 de outubro de 2020

BLOCO DE ESQUERDA, "MY GOOD"!

 Esta gente não pensa, definitivamente.

Votar contra o Orçamento do Estado (OE) para 2021, nas circunstâncias atuais, imediatamente nos remete para a origem e composição do Bloco. Não sei qual é a composição da Mesa Nacional (o equivalente a assembleia), isto é, quantos são (ou eram), da ex-União Democrática Popular (marxista), do Partido Socialista Revolucionário (trotskista mandelista) e da Política XXI (ex-militantes do Partido Comunista Português, pelos herdeiros do MDP-CDE e por independentes)., e um cheirinho de PCTP-MRPP. Não é difícil perceber que a argamassa que deu corpo a este Bloco, há pouco menos de 20 anos, não é uma mistura homogênea de agregados, contendo apenas adições, com propriedades de aderência e endurecimento, ponto. Com estas propriedades, os mesistas, ainda empedernidos, mostram rigidez no pensamento e nas atitudes. Falta-lhes a idade adulta na política. São inconstantes, ora fazem parte da solução ora são parte do problema. Isto é típico dos Blocos não homogéneos e depois, claro, dá nisto. A veia marxista, leninista e trotskista, vem ao de cima e a rotura é o caminho. Nada com a burguesia instalada, voltemos às bases. Quem são estas bases? A ver pela composição da mesa são, professores, atrizes, médicos, engenheiros, investigadores, psicólogos, arquitetos, biólogos, relações internacionais, advogados, jornalistas, estudantes, etc., etc. Há, e um marceneiro …

Realmente, os tempos são outros. As lutas, do Bloco, hoje, são inspiradas na escola grega do Syriza, que tão maus resultados deu. O Acácio Barreiros, há muito que foi abandonado pelos seus sucessores. Têm lá o ícone «Major Tomé», “mas não é a mesma coisa”, como diria o outro. Louça é para o Bloco o que Steve Bannon é para Trump e o seu Partido Republicano. O estrategista. O «governo sombra» da atual direção do Bloco. A experiência política da atual direção do Bloco, é muito baseada nas assembleias de estudantes e nos convívios políticos, com os mais velhos. Votar não à proposta de Orçamento para 2021, na fase mais critica da pandemia do Covid 19 em Portugal, é disso o espelho. Não havendo qualquer inversão do governo quanto às políticas implementadas a partir de 2015/16, não se entende porque terá o Bloco necessidade de votar contra, só porque o governo não acolheu todas as suas propostas. Isso, não é responsável e é até mesmo espúrio, porquanto se propõem votar exatamente como a direita, essa sim, arredada do desenho político traçado pela geringonça. A abstenção seria o cenário político mais lógico, para quem quer mais e melhor no OE. O voto contra do Bloco, significa “birra” irresponsável de quem está bem na vida e usa a política para exercícios populistas e demagógicos mesmo que em contextos de pandemia.

Lamentável…!

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