domingo, 30 de agosto de 2020

𝐏𝐂𝐏 𝐩𝐞𝐫𝐝𝐞 𝐚 𝐀𝐦𝐨𝐫𝐚!

 A Amora é uma cidade e freguesia portuguesa do concelho do Seixal e distrito de Setúbal. Tem perto de 50.000, habitantes. Desses, 40 comerciantes, dizem que não vai abrir os seus estabelecimentos, durante os três dias de festa do Avante. Dizem que vale mais perder três dias do que perder três semanas. Será o período da quarentena, a que se referem? Deve ser.

Que dizer? A questão é aparentemente simples. Estamos no meio de uma crise pandémica e os médicos, cientistas e todos os outros, afirmam que, no estado atual do conhecimento, a melhor maneira de combater o Covid-19 é cumprindo três regras: a) afastamento físico (social); b) etiqueta respiratória; e c) uso de máscara. Isto, diz quem sabe, pelo menos enquanto não for descoberta uma vacina. É sob esta premissa que as entidades de saúde em Portugal têm persistentemente instruído a população e, salvo raras exceções, todos têm aceitado e cumprido, embora com enormes sacrifícios de toda a espécie, há mais de 5 meses.

Então porquê esta teimosia do PCP em querer realizar este ano a sua festa que é reconhecidamente muito popular e muito concorrida? Porquê sujeitar os seus simpatizantes, militantes e curiosos, a uma critica acérrima de grande irresponsabilidade, masoquismo e, quem sabe, de “cobaias” do vírus.

Não há nenhuma razão para o PCP insistir na “festa do avante” em plena pandemia. A “festa” não é para o “comité central”, que já não seria bom. É para, pelo menos, 30.000 pessoas, fora os provocadores e desordeiros “justicialistas” que não deixarão de tentar aparecer.

Se há partidos que não precisam de afirmação política, por motivos errados, é o PCP. Os próprios não perceberem isso é grave pois é o retorno ao tempo das bruxas ou do “comer criancinhas”.

O PCP ficar associado aos movimentos "anti-covid" organizados, neste último fim de semana de agosto, quer  na Alemanha, com slogans associados à extrema direita, quer em Londres onde se pediu o "fim da tirania médica" ou em França onde se pedia o fim das máscaras e a “favor da liberdade de escolha", não é, seguramente, o melhor cartão de visita.

“Eles são contra a utilização de máscara ou o cancelamento de eventos de massas.” Foi aqui que o PCP foi buscar a sua legitimidade? Não creio!...

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