Covid-19, mito ou realidade!
Tudo se passou num ápice. De um momento para o outro, as
nossas vidas pararam. Estava um inimigo à solta que não se deixava ver. Fechámo-nos
em casa com medo e por ordem das autoridades de saúde. Lia-se e ouvia-se que o
mesmo se passava nos outros países. O mundo estava em medo. Houve alguns
países, cujos líderes, desmentiam o facto. Não há vírus, diziam. Isso é uma invenção
comunista. Assim fomos vivendo durante mais de cinco meses. Já no sexto mês
(agosto), ainda há quem duvide que vivemos em pandemia. Pelo menos em Portugal.
Todos os dias se reclama o retorno à “realidade”. Os jornais, as televisões, os
«opinion maker» e os outros, passam a vida a ‘acruzinar’ os nossos ouvidos com
análises parvas e sem sentido, dando mesmo a sensação de que a pandemia é um mito,
um “resfriadinho” como diz o mentecapto, de terras de Vera Cruz.
Apesar da desgraça que se abateu sobre todos nós,
despedaçando famílias e todo o tecido social, económico, financeiro e laboral,
é com forte apreensão que lemos os atentados que são cometidos por cidadãos e
empresas com forte intervenção estatal, que parecendo imunes à desgraça, vão calcorreando
o caminho da corrupção e do desvario, sem que as autoridades se mostrem capazes
de pôr termo a esses desmandos a coberto de uma suposta legalidade das ações e
como se não tivéssemos vivido em estado de exceção e ainda agora assim se viva.
É absurdo que a pandemia nos tenha retirado tantos direitos e
meia dúzia de escroques se tenham aproveitado desse facto para acentuar a nossa
desgraça, com operações escandalosas de enriquecimento sem causa.
Mandam-se alimentos para o lixo, numa altura em que os focos
de pobreza aumentam.
Dá-se apoios financeiros a empresas, designadamente, da
comunicação social, para negócios especulativos e de nulo interesse nacional.
Implementa-se o ‘lay off’ e algumas empresas desviam as
verbas recebidas da Segurança Social, destinadas, exclusivamente, ao pagamento
da respetiva retribuição dos trabalhadores durante os períodos de redução
temporária de horários de trabalho ou suspensão dos contratos de trabalho para outros fins como o pagamento de
serviços, de água, luz, etc.
Boa parte das Lojas, fábricas, hotéis, call centres, etc., têm
estado suspensas. Porém, as empresas tentam resistir à crise contornando a lei
laboral. Despedimentos, contratos não renovados, férias forçadas, lay off,
redução de horário e de salário são alguns truques usados. Assim se distorcem
as realidades no mundo laboral.
É caso para perguntar: O Covid-19 é mito ou realidade?
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