sรกbado, 29 de agosto de 2020

๐Œ๐š๐ซ๐œ๐ž๐ฅ๐จ ๐‘๐ž๐›๐ž๐ฅ๐จ ๐๐ž ๐’๐จ๐ฎ๐ฌ๐š, ๐š “๐ง๐š๐๐š๐ซ ๐ฌ๐ž๐ฆ ๐ฉรฉ” …

Acontece aos melhores!

Marcelo foi interpelado por uma cidadรฃ, em plena feira do livro do Porto, com alguma contundรชncia, mas sem agressividade. A senhora, ร  viva forรงa, queria saber quem manda no paรญs, se Marcelo se o governo. Tambรฉm queria saber, porque รฉ que o governo manda dinheiro para a Tap e para os hotรฉis e para as micro e pequenas empresas nada. A senhora insistia, mas porquรช, senhor presidente. Marcelo, que hรก muito queria falar, mas a cidadรฃ nรฃo fazia intervalo.

Entretanto, lรก conseguiu dizer: “Eu dou-lhe a resposta. Porque o povo votou neste governo. Diga aos portugueses para votar noutros partidos”. “O Senhor Presidente consegue viver com € 588,00, responda-me? Ou quando entramos em pandemia, com € 300,00 consegue? Quer trocar, eu vou para a sua casa e o senhor vem para minha, quer?

 Este diรกlogo (monรณlogo), aqui resumido, que a cidadรฃ fez questรฃo de gravar e difundir foi, talvez, a primeira vez que eu vi Marcelo Rebelo de Sousa, com falta de resposta atempada. Marcelo, pura e simplesmente entupiu. De quando em vez sรณ lhe vinha ร  mente o seguinte: “Diga aos portugueses para votarem noutros partidos”, “Diga ao povo para votar de forma diferentes nas eleiรงรตes”. E foi assim, o monรณlogo. Marcelo nรฃo tinha resposta embora duvide que a cidadรฃ o quisesse ouvir. Seja como for, Marcelo deu um ar de derrotado. Sem respostas convictas e democrรกticas. Nada. Sรณ silรชncio e algumas tentativas de fuga para a frente. Foi penoso de ver. Mas de quem รฉ a culpa? De Marcelo, obviamente. Marcelo, nunca foi muito convincente em matรฉria de separaรงรฃo de poderes, sobretudo com o governo. Costa, com habilidade polรญtica que o caracteriza, deixou desde o inรญcio que tal acontecesse. Servia-lhe o objetivo da repartiรงรฃo de responsabilidades. Nรฃo havia cรก “forรงas de bloqueio”, como outros reagiram. Aqui, nestes tempos, a estratรฉgia era outra. Marcelo que se pรฉla pelo palco, escorregou, como era esperado. Tudo corria ร s mil maravilhas mesmo em tempo de pandemia. Porรฉm, como diz o poeta “Hรก sempre alguรฉm que nos faz pensar um pouco” e Marcelo, desprevenido que estava, nรฃo teve tempo de “pensar um pouco”.  Foi deprimente, confesso !

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