domingo, 7 de junho de 2020

𝐎 “𝐟𝐚𝐬𝐜í𝐧𝐢𝐨” 𝐩𝐨𝐫 𝐮𝐦 𝐟𝐚𝐬𝐜𝐢𝐬𝐭𝐚!


Vejo com alguma surpresa, aqui nas redes sociais, alguns comentários políticos sobre André Ventura, 99,9%, tratando-o «abaixo de cão» como ele merece ser tratado, mas o que me impressiona mesmo é que para alguns, mais novos, este personagem cria asco e repulsa como se pode ler nos comentários que são publicados.
As gerações mais novas têm do fascismo, seus ideais, comportamentos e práticas, uma visão liceal, bastante obscurecida pelo silêncio mais ou menos cúmplice de todos aqueles que após o 25 de Abril, tinham por obrigação colocar este tema nos Currículos escolares.
Porém, a existência de um fascista ao vivo e a cores, mesmo que de “segunda” nos dias de hoje, cria um certo “fascínio” nestas gerações e uma vontade de crítica bem acérrima que é sempre de aplaudir e louvar já que é demonstrativa de que os valores da democracia e do Estado de Direito estão neles impregnados e que a sua defesa não será descurada.
O mesmo não se passa com os democratas menos novos ou já idosos, onde este “fascínio” não existe. Pelo contrário a existência, hoje, de pessoas como André Ventura são a face negra e obscura, da democracia de abril, mais exigente e preocupada com os valores da liberdade e democracia do que dos abcessos que, entretanto, se iam formando no decurso do processo.
É verdade que a República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de efetivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa (art.º 2.º, da Constituição)
Por isso nela cabem aqueles que contra ela atentam. É um paradoxo, mas é mesmo assim. A máxima liberdade para a máxima responsabilidade. Pouco mais de 45 anos de democracia em Portugal e já existem focos de protofascismo inquietantes ligados às grandes centrais do nacionalismo e do fascismo internacionais liderados por Steve Bannon, com os seus acólitos Marine Le Pen, Viktor Orbán, Matteo Salvini e os decrépitos Jair Bolsonaro e Donald Trump.
A ver pelas reações, estes antidemocratas não terão grande apoio em Portugal, para construírem o seu futuro. Mas cuidado estas marionetas são sustentadas e alimentadas pelas ditas grandes centrais da extrema direita mundial, que têm dinheiro suficiente para esperarem pelo momento certo. E esse momento certo, poderá estar ligado a uma nova crise seja de que tipo for que enfraqueça ainda mais as populações e as torne vulneráveis a estes parasitas políticos.
A escassos dias das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas é com preocupação que vemos o recrudescer desta parte mais sinistra da sociedade portuguesa. Toda a atenção é pouca!...






Nenhum comentário:

Postar um comentário