sábado, 20 de junho de 2020

𝑶𝒔 𝑹𝒂𝒇𝒆𝒊𝒓𝒐𝒔


Em sentido figurado, diz-se que um “rafeiro” é um Indivíduo que acompanha sempre outro, como o cão acompanha o dono. Igual a Bajulador. Pois estes ajuntamentos em Lagos, Carcavelos e sabe-se lá que mais, foram realizados por um conjunto de “rafeiros” a “mando” de um dono, cuja natureza ainda está para perceber, mas não andaremos longe se dissermos que a extrema direita e os seus acólitos estarão por detrás disto, como forma de desestabilizar ainda mais os cidadãos e a sociedade portuguesa em geral. São uma espécie de kamikazes ou bombistas, estes que morrem à conta das virgens que nunca vão ter.
Cambada de “rafeiros” ignorantes acéfalos que, em tempos de pandemia, propagam doença contagiosa, criando um perigo para a vida ou de grave lesão da saúde ou da integridade física de um número indeterminado de pessoas, cujos motivos adjacentes a esse tipo de ataques são, algumas vezes, diferentes dos motivos que levam alguém a suicidar-se, aproximando-se também dos motivos do sacrifício ou do martírio. Este é um outro tipo de terrorismo, que tem de ser combatido sem tréguas. Aqui justifica-se que as autoridades policias actuem por excesso e não por defeito. É verdade que não se conseguem prender 1.000 pessoas ou até 200, de imediato. Só mesmo colocando-as no “campo pequeno” e vedar todos os acessos à praça. Mas hoje há drones, helicópteros e outros meios de vigilância à distância que podem ser implementados de imediato para detectar os prevaricadores e levar à sua dispersão imediata. Em tempos de pandemia quem, com atitudes verdadeiramente irreflectidas e criminosas, puser em perigo a vida ou criar grave lesão da saúde ou da integridade física de um número indeterminado de pessoas, deve ser severamente punido. Estes, tal como os pirómanos, ou outros criminosos de outro tipo, são nocivos à sociedade democrática e ao Estado de direito. As autoridades, tem de atuar por antecipação. Não é possível aceitar que 1.000 pessoas se reúnam sem que as autoridades deem por isso. É inconcebível.
Em Portugal, no momento dos ajuntamentos a que nos referimos, vigora o estado de calamidade. Neste estado de excepção existem limites à circulação ou permanência de pessoas, nomeadamente através da sujeição a controlos colectivos para evitar a propagação de surtos epidérmicos. O porquê desta falha de controlo, sobretudo o caso de Carcavelos?
Estamos à espera, que a situação se agrave mais por causa de um conjunto de energúmenos que não tem respeito pela vida dos outros?
Quando tantos sacrificam as suas vidas para salvar a vida dos outros aparecem um conjunto de “rafeiros” predispostos a agravar a situação, a troco de alguns “patacos”. Vivemos em tempos de excepção e assim deve ser entendido, sem rodeios, pelas diversas autoridades.

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