Ironia! Os manga da alpaca da geração 20/20 e seus congéneres que se apoderaram da cartilha fascista cujo original está arquivada na Torre do Tombo, marcaram para 27-06-2020 (hoje), uma concentração, justamente no dia em que os trabalhadores industriais mundiais, celebram o seu dia, em homenagem a todo o contributo prestado às populações, pelos bens que estes trabalhadores produzem e em que a sociedade se sustenta. Este dia celebra-se a 27 de junho por esta ser a data de fundação da Industrial Workers of the World, uma união de trabalho internacional que foi fundada em 1905. Com sede em Chicago, esta união sindical conta com membros em todos os continentes do planeta.
Grande ironia, de facto. No mesmo dia em que um conjunto de parasitas se propõem concentrar-se para vociferar algumas alarvidades de carácter fascistoide, xenófobo e racista, celebra-se a data de fundação de uma união de trabalho internacional.
Se há coisas que o protofascista tem é horror é à classe operária. O protofascista não tem profissão segura. A sua actividade principal é de bufo e homem de palha. Isto como actividade primeira. Acessoriamente é quase sempre um consultor, assessor, manga de alpaca da geração 20/20 ou condutor de veículos de aluguer com condutor. Evidentemente que, uma boa parte deles vivem à custa do Estado directa ou indirectamente. Não produzem. São parasitas. Tudo o que dizem e repetem, já foi por várias vezes objecto de repulsa das nações. Quer no fascismo quer no nazismo. Mesmo quando as conjunturas são (aparentemente) favoráveis, para estes grupos fascistoides, com será esta da pandemia do Covi-19, que criou estados de ansiedade e pânico nas populações, para além da precariedade e angústia no trabalho e consequente quebra de rendimentos, ingredientes favoráveis para o aparecimento dos “salvadores” e ideologias de extrema-direita, estes energúmenos nada têm a oferecer de positivo às sociedades, pois assentam as suas teorias e práticas na exclusão, no racismo, no preconceito , no despotismo, na violência, na censura, como alavancas à instauração de um governo antidemocrático ou ditatorial.
Estes protofascistas, dos tempos modernos, que reúnem determinados aspectos sociais, políticos e ideológicos do nazi-fascismo, a sua retórica confere máxima ênfase a uma visão conservadora da família e da pátria, que pretende restaurar, associando-a à exaltação de valores religiosos, o que lhe garante sólida base de sustentação.
“Em tempos de horror, escolhemos monstros para nos proteger”. (Mia Couto)
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