GOVERNAR, É UMA CHATICE!
Este Governo espelha bem o que é
governar sem vontade, ambição, sentido de Estado e de legitimidade
envergonhada. Os ministros têm dificuldades políticas evidentes para os cargos
que ocupam e não primam pelo reconhecimento de outras qualidades que os façam
sobressair. Chega a ser confrangedor. Sempre que algo de importante acontece o
ministro da área respetiva esconde-se, prima pelo silêncio e aguarda que o
presidente Marcelo dê uma ‘mãozinha’. Eles foram convidados para a gestão
corrente, atos ordinários, nada muito exigente, mesmo que se trate do governo
do país. Só assim se explica, que este governo vá buscar a sua legitimidade a
um ‘nado morto’. Tudo muito triste. Um amigo da onça deste governo dizia que em
4 meses não se pode exigir mais do governo, nem passar as culpas do que
acontece para eles. Pois é verdade. Mas governar é estar à altura do que
acontece no dia a dia de um país e responder com a celeridade necessária a
tranquilizar os portugueses, sempre que as situações o exijam. Não é normal, é
aliás uma aberração, que quando algo de grave acontece na saúde, justiça,
educação, administração interna, etc., etc., os responsáveis pelas respetivas
pastas se escondam e não deem a cara, prontamente, pelo sucedido. Esta forma de
estar no governo, cria medo e apreensão. Os portugueses precisam de ter segurança
e a certeza de quem os governa está presente nas situações mais graves que
acontecem. Assaltar um ministério e roubar computadores, sem que a governante
da área, mostre qualquer preocupação ou sinta necessidade de descansar os
portugueses; fugirem da prisão cinco evadidos perigosos sem que a responsável
da área entenda dar uma palavra aos cidadãos; ter uma grávida há porta de um
hospital com o feto num saco de plástico durante horas, sem que a governante da
área se desassossegue ou ter a Madeira a arder e os governantes nacionais continuarem
a banhos, como se nada se passasse, é o cúmulo da irresponsabilidade e o maior
abandono politico de que há memoria na historia da democracia de Abril.
Para esta forma de governar, não
é preciso orçamento. Em pouco mais de 4 meses, a fórmula governativa encontrada
pelo presidente Marcelo, está esgotada. Já nem os jornalistas do acessório, têm
vontade de apoiar. O presidente Marcelo tudo fará para manter esta sua ‘AD’,
nem que para tanto, seja necessário promover um ‘governo retificativo’. O princípio
é sempre o mesmo: “quanto pior melhor”.