A PROCURADORA, AS GÉMEAS, O SNS E O ISALTINO DO LAVAGANTE
Este primeiro semestre de 2024,
politicamente, tem sido muito preenchido de ‘nada’. De ‘nada’ não é bem,
pois assistiu-se ao lançamento do ‘gastrólogo’, Isaltino de Morais. Fora isso,
‘nada’. Até o Presidente Marcelo que do tudo passou para o ‘nada’. Nem pia. "Este
é o tempo do governo …”. Só que o governo … nada. Nada, não é verdade. Asneiras
de principiantes na saúde, na justiça, no trabalho, nas finanças, na educação,
etc. Claro que o plano de emergência para a saúde em 60 (sessenta) dias, foi o
‘top’ do ‘nada’. Já não há ‘verão quente’ em Portugal, pois se houvesse, duvido
que o primeiro-ministro fosse de férias para Vilamoura ou o Presidente para
Albufeira. Teriam de ficar em Lisboa em solidariedade com aqueles que mais
sofrem com o desesperante vazio governativo. Mas, realmente, os tempos são
outros. É, o caso, por exemplo, da grávida que sofreu um aborto e à qual foi
recusado atendimento no Hospital das Caldas da Rainha. Ninguém se
pronunciou (e preocupou), a não ser o bombeiro corajoso que denunciou a
situação. "Na consulta externa disseram que não seria o local para a
atender, para se dirigir à urgência. Quando chegou à urgência deparou-se com a
informação que não estava a funcionar, para ligar para a Linha de Saúde 24 ou
112. O que fez.". A admissão só ocorreu após forte insistência dos
bombeiros, disse o comandante Nelson Cruz. Em situações idênticas, mas de
contornos menos vincados, a anterior ministra da saúde pediu a demissão.
Estamos num período de diluição lenta dos princípios que informam o regime
democrático. As responsabilidades políticas, ‘são contas de outro rosário’.
Agora exige-se mudez. Quietos e calados que a inércia faz o resto. É este o
lema do atual staff governativo do professor Marcelo. Sobram os opinadores do
clã, Relvas, Marques Mendes, José Miguel Júdice, Santana Lopes, etc. Que dizem
eles? Nada de nada. E, por isso, têm um salário mensal das televisões.
Basicamente, para dizerem nada. Porque se fosse para dizerem alguma coisa,
teriam de pagar.
E é neste deserto do ‘nada’ que a rentrée do PSD no Pontal teve o seu momento mais caricato. Enquanto os ‘quadros’ e os ‘militantes’ do partido no continente se exibiam no glamour da festa os seus companheiros da Madeira, viam-se a braços com um incêndio que deflagrou na quarta-feira de manhã, no concelho da Ribeira Brava, na Madeira, numa zona de difícil acesso, com duas frentes ativas. O fogo começou na freguesia da Serra de Água, tendo, entretanto, alastrados para as zonas do Espigão e da Trompica, nas zonas altas do concelho da Ribeira Brava. Sobre isto, o líder disse ‘nada’. Significativo!
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