sexta-feira, 30 de agosto de 2024

 O EUROPEÍSMO DE OCASIÃO

Maria Luís Albuquerque é mais depressa uma figura dos ‘camones’ do que uma europeísta, muito menos, convicta. É uma liberal de cunho ‘estatista’ impregnada dos princípios da economia rentista ou de casino, fã incondicional dos fundos ‘abutres’ e sua fiel e dedicada servidora. Não se conhecem quaisquer manifestações europeístas, antes pelo contrário. A troika foi a sua alavanca na política e a sua parceira inseparável para ascensão no governo e reconhecimento do capitalismo americano, para onde transitou depois de cessar as funções governativas. Esta não é uma boa candidata a um cargo na europa, designadamente, comissária, pois as suas fraquezas políticas confundem-se com as suas debilidades no campo económico e social. A ideia dos comissários, mais do que os melhores entre os melhores, que não é manifestamente o caso, esconde uma preocupação mais profunda que é a de verdadeiros europeístas, ou seja, de verdadeiros protagonista de uma europa de valores que nos permitem viver em conjunto, apesar das nossas diferenças linguísticas, culturais, religiosas e de costumes. Os valores da solidariedade, da tolerância, da liberdade e igualdade e do respeito são valores humanos comuns que permitem que nos unamos e tenhamos o sentimento de pertencer ao projeto comum que é a União Europeia. A ora designada, não demonstrou, até hoje, comungar desses valores. “Ela acumulou uma interessante experiência”, dizem os seus proponentes. Sem dúvida, porém, não nesta área dos valores e da construção europeia. Enfim, Bruxelas terá de fazer por ela, o que Portugal não conseguiu. Pode ser que resulte.

 

 

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