O EUROPEÍSMO DE OCASIÃO
Maria Luís Albuquerque é mais
depressa uma figura dos ‘camones’ do que uma europeísta, muito menos,
convicta. É uma liberal de cunho ‘estatista’ impregnada dos princípios da
economia rentista ou de casino, fã incondicional dos fundos ‘abutres’ e sua
fiel e dedicada servidora. Não se conhecem quaisquer manifestações europeístas,
antes pelo contrário. A troika foi a sua alavanca na política e a sua parceira
inseparável para ascensão no governo e reconhecimento do capitalismo americano,
para onde transitou depois de cessar as funções governativas. Esta não é uma
boa candidata a um cargo na europa, designadamente, comissária, pois as suas
fraquezas políticas confundem-se com as suas debilidades no campo económico e
social. A ideia dos comissários, mais do que os melhores entre os melhores, que
não é manifestamente o caso, esconde uma preocupação mais profunda que é a de
verdadeiros europeístas, ou seja, de verdadeiros protagonista de uma europa de
valores que nos permitem viver em conjunto, apesar das nossas diferenças
linguísticas, culturais, religiosas e de costumes. Os valores da solidariedade,
da tolerância, da liberdade e igualdade e do respeito são valores humanos
comuns que permitem que nos unamos e tenhamos o sentimento de pertencer ao
projeto comum que é a União Europeia. A ora designada, não demonstrou, até
hoje, comungar desses valores. “Ela acumulou uma interessante experiência”,
dizem os seus proponentes. Sem dúvida, porém, não nesta área dos valores e da
construção europeia. Enfim, Bruxelas terá de fazer por ela, o que Portugal não
conseguiu. Pode ser que resulte.
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