Que um país que seja invadido militarmente por outro é natural e até aceitável que decrete a mobilização geral de toda a população para a defesa da sua pátria. Agora que um país invasor teoricamente mais forte e com umas forças armadas quantitativamente três ou quatro vezes superiores às do invadido ter de recorrer à mobilização de reservistas (entre os 35 e 50 anos), para manter a guerra que desencadeou é um caso inédito na estratégia militar de qualquer país que se prese e certamente um “case study”, para os estrategas militares e civis, com propensões expansionistas e imperialistas.
Já é anormal (bastante) que seja
um líder checheno Ramzan Kadyrov, e grande defensor dos chamados crimes de
honra (Um crime de honra consiste no
assassinato de um (ou vários) membros duma família, por se considerar a sua
conduta imoral e nociva para a alegada honra familiar ou para os princípios
duma comunidade ou religião. As razões invocadas podem ser a recusa dum
casamento forçado, uma relação desaprovada pela família ou comunidade, relações
sexuais fora do casamento, ser vítima de violação, vestir-se de modo
considerado inapropriado, ter relações homossexuais, procurar um divórcio,
cometer adultério ou renunciar a uma fé), autêntico mercenário da
guerra, o grande comandante da ofensiva russa na Ucrânia. Generais,
brigadeiros, coronéis, majores, capitães e outros, da cadeia militar russa,
estão na Ucrânia a “toque de caixa” deste mercenário da guerra e do seu
“exercito” de mercenários, sírios, chechenos, Wagner Group, etc. que,
misturados com a cadeia de comando militar russo, desencadeiam a sua ofensiva
na Ucrânia. O resultado, é o que se tem visto. Cidades, vilas e aldeias, destruídas,
casas, monumentos, escolas e hospitais, destruídos, população civil morta e/ou
estropiada, famílias separadas e debandada geral, dos misseis militares russos com
alvo preferencial a população civil. Tem sido este, o espelho da guerra da Rússia
contra a Ucrânia, volvidos que estão mais de sete meses de invasão.
Mas não tem sido só este o efeito
da guerra. Saída dos muros do teatro de operações da Ucrânia, a guerra espalhou
os seus efeitos nocivos um pouco pelo mundo, através da escassez de cereais, fertilizantes,
gás e petróleo bruto, criando uma verdadeira crise global de alimentos.
Mas não chega, como ficou agora
demonstrado. Putin, decide ir à sociedade civil interromper o curso de vida dos
seus cidadãos dos 35 aos 50 anos, amputando a vida familiar de cada um apenas e
tão só para sustentar uma guerra que a própria população russa não quer. Poderá
um governante agir assim, sem consequências? É obvio que não. Porém, o desgaste
que esta situação provoca tem efeitos imprevisíveis e sempre desastrosos uma
vez que se espalham por outros países e continentes, como está a acontecer.
Em regra, nessa altura, já não
está cá o “pirómano”!
Nenhum comentário:
Postar um comentário