sábado, 24 de setembro de 2022

UMA CADEIA DE COMANDO PARA RESERVISTAS (O estado atual das forças armadas russas)

Que um país que seja invadido militarmente por outro é natural e até aceitável que decrete a mobilização geral de toda a população para a defesa da sua pátria. Agora que um país invasor teoricamente mais forte e com umas forças armadas quantitativamente três ou quatro vezes superiores às do invadido ter de recorrer à mobilização de reservistas (entre os 35 e 50 anos), para manter a guerra que desencadeou é um caso inédito na estratégia militar de qualquer país que se prese e certamente um “case study”, para os estrategas militares e civis, com propensões expansionistas e imperialistas.

Já é anormal (bastante) que seja um líder checheno Ramzan Kadyrov, e grande defensor dos chamados crimes de honra (Um crime de honra consiste no assassinato de um (ou vários) membros duma família, por se considerar a sua conduta imoral e nociva para a alegada honra familiar ou para os princípios duma comunidade ou religião. As razões invocadas podem ser a recusa dum casamento forçado, uma relação desaprovada pela família ou comunidade, relações sexuais fora do casamento, ser vítima de violação, vestir-se de modo considerado inapropriado, ter relações homossexuais, procurar um divórcio, cometer adultério ou renunciar a uma fé), autêntico mercenário da guerra, o grande comandante da ofensiva russa na Ucrânia. Generais, brigadeiros, coronéis, majores, capitães e outros, da cadeia militar russa, estão na Ucrânia a “toque de caixa” deste mercenário da guerra e do seu “exercito” de mercenários, sírios, chechenos, Wagner Group, etc. que, misturados com a cadeia de comando militar russo, desencadeiam a sua ofensiva na Ucrânia. O resultado, é o que se tem visto. Cidades, vilas e aldeias, destruídas, casas, monumentos, escolas e hospitais, destruídos, população civil morta e/ou estropiada, famílias separadas e debandada geral, dos misseis militares russos com alvo preferencial a população civil. Tem sido este, o espelho da guerra da Rússia contra a Ucrânia, volvidos que estão mais de sete meses de invasão.

Mas não tem sido só este o efeito da guerra. Saída dos muros do teatro de operações da Ucrânia, a guerra espalhou os seus efeitos nocivos um pouco pelo mundo, através da escassez de cereais, fertilizantes, gás e petróleo bruto, criando uma verdadeira crise global de alimentos.

Mas não chega, como ficou agora demonstrado. Putin, decide ir à sociedade civil interromper o curso de vida dos seus cidadãos dos 35 aos 50 anos, amputando a vida familiar de cada um apenas e tão só para sustentar uma guerra que a própria população russa não quer. Poderá um governante agir assim, sem consequências? É obvio que não. Porém, o desgaste que esta situação provoca tem efeitos imprevisíveis e sempre desastrosos uma vez que se espalham por outros países e continentes, como está a acontecer.

Em regra, nessa altura, já não está cá o “pirómano”!

 

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