Lamentavelmente, a Rússia de
Putin, expôs belicamente as suas ideias. Os países que fazem fronteira com a
Rússia direta ou indiretamente, estão proibidas de decidir dos seus próprios
destinos seja em que matéria for designada e principalmente, em matéria alianças
e/ou preferências. Isto é assim, porque, segundo Putin, os países que fazem
fronteira (direta ou indireta) com a Rússia, são oriundas da “Pátria mãe”,
velho slogan da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS),
desmantelada em finais de 1991. A nostalgia tomou conta dos governantes russos,
pós Gorbachev. A subida ao poder do presidente Boris Yeltsin, trouxe consigo o
seu delfim Vladimir Putin, ex-agente do KGB no departamento exterior e chefe
dos serviços secretos soviético e russo, KGB e FSB, respetivamente, após a renúncia
de Yeltsin.
Putin, além de chefe de serviços
dos KGB foi, posteriormente, primeiro-ministro por duas vezes, numa encenação
“democrática” a todos os títulos deploráveis. Em 2012, ganha as eleições
presidenciais do seu país, sob fortes medidas extraordinárias que foram tomadas
para manter as eleições transparentes, incluindo o uso de webcams na grande
maioria dos locais de votação. O resultado foi criticado pela oposição russa e
por algumas organizações internacionais por irregularidades percetíveis. Daí
até à data, Putin tem evidenciado, sem escrúpulos, o desejo de reconstruir a
“Pátria mãe”, eliminando ferozmente, quem se oponha. Chechénia é o exemplo mais
paradigmático. Mas a oposição interna, também é silenciada, seja pela prisão
seja pelo envenenamento até à morte, como se sabe. A Ucrânia foi alvo de
operações militares russas em 2014, com a conquista da Crimeia e agora, em
2022, com o reconhecimento de duas autonomias fantoches, Donetsk e Lugansk, ambas
com líderes fiéis a Putin, a cujo partido, o Rússia Unida, aderiram em
dezembro.
Putin é, sem sombra de dúvidas,
um nazi implacável. Também ele, como Hitler (com os arianos), quer “um homem
russo”, nas fronteiras da “Pátria mãe”, não admitindo a convivência com outras
pátrias com os seus próprios regimes. O ocidente europeu é o inimigo do regime
de Putin. Fora do seu círculo, Putin obtém apoio na Bielorrússia, Venezuela,
Brasil, Cuba, Síria, Irão, China, India, Trump e, para meu desgosto, alguns dos
portugueses que eu tinha por pessoas indefetivelmente defensores dos direitos
humanos e que, por razões puramente ideológicas, colocam no mesmo prato as
alegadas provocações para legitimarem a invasão à Ucrânia, assim minimizando o
sofrimento humano daqueles, mais de 370.000 (trezentos e setenta mil) (por
agora), que fogem dos tanques e das armas do agressor cobarde, que não olhando
a meios para atingir os seus fins, está disposto a dizimar um povo soberano,
para satisfazer os seus desejos czaristas. Putin, que no ocidente, tem obtido
apoio de, designadamente, Trump, Salvini, Orban, Bolsonaro, etc., é um escroque
que, usando o seu poderio militar, proprio de uma grande potencia militar, que
é, usa-o indiscriminadamente para a expansão da “Pátria-mãe”, em detrimento do bem-estar
do seu proprio povo que definha às portas da miséria. Putin é um cobarde, que
se esconde atrás do seu poderio militar para praticar as maiores atrocidades
nos povos vizinhos, de dimensão infinitamente menor e de recursos militares ao
mesmo nível.
Putin é um cobarde porque não
assume as suas intenções e atitudes, agride quem não se defende ou não pode se
defender. Usa sua força ou influência para prejudicar outros injustamente. Age
refugiado no seu bando, sabendo que sua atitude não vai ser repreendida. Putin não
diz diretamente o que pensa, é uma pessoa sem força moral, fraca, sem
personalidade ou senso de justiça e, sobretudo, é manipuladora.
Vários grupos na Rússia, que se
têm oposto a Putin, reclamam “contra o imperialismo russo” e exigem que o bando
de Putin “tire as mãos da Ucrânia”, acusando o chefe russo de recorrer a um
“panegírico anticomunista” a mais terrível e repugnante forma de nacionalismo –
o chauvinismo da Grande Rússia”. Segundo estes grupos, Putin culpou Lenine como
tendo sido “o fundador da Ucrânia” e “ameaçou mostrar aos ucranianos o que
significa descomunização”. Putin é um saudoso estalinista.
Putin é tenebroso, e dispõe dos meios
militares suficientes, para atemorizar quem quer que seja.
Os lobistas pró-russos e os
equipamentos militares de que dispõe são os seus principais e únicos “argumentos”.
Mais uma vez, o mundo, tem no seu
seio um líder de uma potência, pronto a “carregar no botão.”
Isolem-no!
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