Como diz a Ministra das Finanças, "os portugueses não têm razão para se sentirem injustiçados" ..., como se vê!!! e mais, segundo ela, «Naturalmente que
este Governo tem sensibilidade social», aliás, como se nota!!!. Assim como se nota também, segundo a mesma ministra, que o governo tem uma continuada
preocupação em proteger os mais desfavorecidos e garante que as medidas [do OE para 2014] «são ponderadas com justiça e equidade»
Depois deste descarado chorrilho de mentiras perante as premissas iniciais, vem outro "talibã" da politica económico e financeira deste governo (O Conselheiro de Estado e Presidente da SIBS (1), Vitor Bento), afirmar que o eventual chumbo pelo Tribunal Constitucional (TC) de algumas das medidas do OE para 2014, "leva à crise financeira e social".
Não há melhor exemplo do que esta minoria fanática e desajustada da realidade do país para se perceber que, nem ao de leve, foram, são ou serão atingidos, pela catástrofe desta governação, assente no princípio ultra liberal de fazer o mesmo em 2014 do que fez em 2012 e 2013, na esperança de obter resultados diferentes.
Aqui vale a pena, citar Pedro Adão e Silva que por sua vez cita Albert Einstein, com a devida vénia: "Não há nada que seja maior evidência de insanidade do que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar resultados diferentes" (bold nosso)
Também Miguel Sousa Tavares, com a acutilância que se lhe reconhece, diz no "Expresso" de hoje: "Esses economistas, esses catedráticos da mentira e da
manipulação, servindo muitas vezes interesses que estão para lá de nós,
continuam por aí, a vomitar asneiras e a propor crimes, como se a impunidade
fizesse parte do estatuto académico que exibem como manto de sabedoria.".
Eu teimo em chamá-los de "talibãs", por terem-se feito portadores do ideal politico-económico, na expressão feliz de um deputado do PS, denominado de "pobreza regeneradora".
Foi este fanatismo que nos levou ao lugar de partida, ou
seja, o “Governo andou a
queimar dinheiro — neste ano, austeridade de 5.300 mil milhões de euros — sem
conseguir fazer a consolidação orçamental. Se a receita falhou, agrave-se a
dose de austeridade.” (Pedro Adão e Silva)
Como diz o sociólogo Hugo Mendes, "A cegueira ideológica não explica o essencial do
comportamento do Governo. Atirar o país contra a parede vale bem o esmagamento
dos custos do trabalho e o desmantelamento do Estado Social."
Sairão impunes desta tragédia?
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(1) - SIBS FORWARD PAYMENT SOLUTIONS, É a empresa do Grupo SIBS responsável pelo
desenvolvimento de actividades e funções nas áreas de processamento
de pagamentos electrónicos e Câmara de Compensação.