domingo, 11 de fevereiro de 2024

 OS ENVERGONHADOS DE ABRIL

Com o alto patrocínio do Presidente da República, os 50 anos do 25 de Abril de 1974, serão comemorados, provavelmente, pelos detratores da democracia de Abril que tenderão a escamoteá-los se não mesmo a ignorá-los esfriando, assim, o entusiasmo da madrugada libertadora. Os sinais são muito preocupantes, para o retrocesso que se adivinha. Como os valores não são mercadorias, são descartáveis para esta turbe que se prepara para governar o país. Já foi assim no passado, não muito distante. Tudo o que tivesse a ver com a liberdade, a democracia, o estado social e outros direitos conquistados em Abril de 1974, foram pura e simplesmente banidos das prioridades do então governo Pafioso. Hoje, com a chegada da extrema-direita às instituições democráticas o perigo do retrocesso ou mesmo da suspensão de direitos é evidente e o país, por opção presidencial, corre o risco de se tornar um “nicho” das centrais internacionais da direita extremista de cariz fascizante. É triste e preocupante, que o aniversário dos 50 anos de Abril, sejam comemorados no poder, pelos inimigos de Abril, com o alto patrocínio do Presidente da República. Marcelo, poderá vir a ser recordado na história, como o presidente que abriu a porta à liquidação do regime democrático, após meio século da sua existência.

Os envergonhados de Abril, prepararam-se para tirar o “blush” e retornar ao seu ar sombrio e sinistro, quais abutres no encalce das suas prezas. A democracia não resiste à supressão de direitos e muito menos à ausência de valores democráticos na governação. A melhoria das condições de vida dos portugueses, tem sido lenta por vezes difícil, mas sempre com respeito pelos valores democráticos constitucionalmente consagrados. É sombrio, o futuro que se adivinha, pela incerteza dos protagonistas.

Ludibriando os poderes constitucionais e de certa forma exercendo-os em contraciclo, o país vê-se mergulhado numa incógnita com efeitos devastadores. Os inimigos de Abril, quais párias civilizacionais, preparam-se para assaltar o poder, com a conivência e beneplácito presidencial. Que o povo português, mais uma vez, e sem ambiguidades, trave as investidas antidemocráticas perpetradas pela extrema-direita antidemocrática, com o aconchego presidencial.

  

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