MARCELO. ANTES DA CASA DE BRAGANÇA, TERÁ QUE GERIR O ‘BORDEL LARANJA’
O destino bate à porta. Marcelo
escolheu e é recompensado, diz-se. Depois de se recusar a cumprir a
constituição, Marcelo Rebelo de Sousa, lançou o país à parede e não contente
com isso, distraiu a plebe com o caso das gémeas e respetivos figurantes
familiares. O país ficou entregue à oposição mais caricata e antidemocrática
que há memória. A direita mais reacionária enlameia-se na podridão dos seus
valores e preces e arrasta para o seu seio os sem sorte da sociedade. No
meio deste caldeirão, a justiça, ancorada na judicialização da política, vive
um dos seus momentos mais baixos, também. Portugal, parou. Parou, porque
Marcelo assim o quis. A estabilidade política para Marcelo, é equiparada a
pasmaceira. Frenético, inseguro e polémico, Marcelo, prefere lançar o país num
turbilhão a vê-lo em águas calmas a prosseguir os seus objetivos. Os seus dois
mandatos são a prova disso. Poder-se-á dizer que os partidos, quer da
geringonça, quer do PS, são a causa primeira da crise política. Sem dúvida.
Porém, em nenhum dos momentos da crise, provocada pelos partidos, Marcelo
interpretou corretamente a constituição, indo buscar ao partido mais votado a
solução para o problema criado. Nas duas situações criadas, 2019/2023, Marcelo
viu uma oportunidade para mostrar o seu sectarismo partidário e através dele colocar
rampas de lançamento para os seus candidatos laranja. No primeiro caso, numa
leitura esdrúxula da constituição, erigiu a Lei Orçamental, e o seu chumbo, como
consequência à dissolução do parlamento. O eleitorado mostrou-lhe que essa
forma de fazer política não era legitima e penalizou-o com uma maioria absoluta
do PS. No segundo caso, o atentado à constituição ainda foi pior. A demissão do
primeiro-ministro em Portugal, não é fonte para a dissolução do parlamento,
ainda por cima se o partido mais votado tem maioria absoluta, como era o caso.
Os resultados, desta péssima e antidemocrática decisão presidencial, irão
conhecer-se em março de 2024. Porém, uma coisa é certa, a sua família política
já é apelidada de ‘Bordel Laranja’, e será deste ‘Bordel’ que Marcelo tem
esperanças de que saia o novo governo. Pobre país, que não teve à altura das
circunstâncias um presidente da república genuinamente democrático que em duas ocasiões
do seu mandato, não exerceu constitucionalmente o seu dever. Pôr a funcionar a
democracia, mantendo a estabilidade política, sem interrupções. Por duas vezes,
Marcelo interrompe a democracia, suspenda a governação e remete o país para
eleições. Tudo, no sentido de fazer regressar ao governo o seu partido, o PSD,
agora na versão, mais pesada, ‘Bordel Laranja’. Avizinham-se tempos difíceis,
embora para Marcelo, de transição, já que o espera um lugar na ‘Casa de
Bragança’, outro símbolo da democracia no nosso país.
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