SENTINELA ALERTA! ALERTA, ESTÁ?
Em surdina, vão-se dando passos em direção à venda do Novo
Banco (NB). Não é de admirar, pois o proprietário (maioritário), a “Lone Star”,
que, lembre-se, é um fundo de capital de risco norte-americano, nunca mostrou
qualquer intenção de manter o Banco. Aliás, desde que tomou posse do banco, a
sua estratégia foi sempre muito clara. Retirar os ativos mais valiosos e
colocar o Estado a gerir as perdas. Não havia qualquer vocação bancária a
prosseguir pelo que competia ao acionista minoritário (O Estado português) a
suportar essa sua ambição, o que aconteceu durante mais de cinco anos. Agora,
diz-se, que a Lone Star quer vender os seus 75%, pela módica quantia de dois
mil milhões de euros. Lembre-se que a Lone Star terá comprado a sua
participação por cerca de mil milhões de euros, com injeções públicos
superiores a quatro milhões de euros. Aqui, portanto, nada de novo. O que se
segue é que já poderá ser preocupante. Será que vai haver integração do NB em
grupo espanhol, já dominante, no sistema bancário português? Será que o acionista
minoritário e o Banco de Portugal estão atentos ao que se está a congeminar
‘nas suas costas’? Será que as injeções financeiras levadas a cabo pelo Estado
português, no Novo Banco, não beneficiam de qualquer garantia, que salvaguarda
os seus interesses? Pelo que se sabe, e sabe-se pouco, durante os seis anos de
prevalência da Lone Star no NB, o Estado Português mostrou um certo alheamento
à gestão do banco, tendo havido inúmeras operações efeituadas pelo acionista
maioritário, quer por si, quer por empresas por si controladas, com evidentes
benefícios para si e nenhuma vantagem para o banco ou para a sua
reestruturação. A sensação com que se fica é que as entidades portuguesas
encarregues de acompanhar o processo de reestruturação do NB, se alhearam da
sua gestão e acompanhamento, acabando por omissão, a beneficiar apenas o
acionista maioritário. Como é timbre dos portugueses, será agora ( no processo
de venda), à última hora, que as autoridades portuguesas, o Banco de Portugal e
até o Fundo de Resolução, irão perceber o que os espera. Portugal, mais uma
vez, não sairá beneficiado. É, apenas, uma amarga sensação!
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