OS ACOSSADOS
Muitos têm sido os comentadores
que se sentiram acossados com a intervenção de António Costa, ontem,
11/11/2023, explicando o óbvio da ação governativa. Eles (os acossados) sabem o
que fazem e como fazem, mas entendem que isto não é para partilhar. O “fumus”
lançado pelo Ministério Público sobre o primeiro-ministro com a validação de
dois juízes do STJ, certamente, com a concordância do seu presidente, é matéria
aparentemente intocável, mesmo que se trate de um engano (intencional ou não),
pouco importa, até porque, assim, temos a aparência do Estado de Direto a
funcionar e a separação de poderes nos “trinques”. O Presidente do Supremo
Tribunal de Justiça, dizia há poucos dias, que não era uma perceção era uma
certeza que havia corrupção na Administração Publica. Claro que foi generoso,
pois deixou de fora, pessoas e entidades, que de uma forma desonesta e usando da
posição de autoridade, que lhe foi confiada, obtêm benefícios ilícitos ou abusam
do poder para ganho pessoal. Não é a primeira vez que o judiciário (o MP é um
órgão do poder judicial), se intromete na política de uma forma violenta, sem
que se conheçam resultados palpáveis. Desta vez, mais do que perseguir os
suspeitos (fundados?), o MP decidiu enveredar por uma escalada kamikaze ao
chefe do governo, quando transforma uma invocação do seu nome em indício
suficiente, para a instauração de um inquérito, com a aquiescência do Supremo
que validou a escuta, que, não é ou é?!?!
Quem reparará os prejuízos
causados? A quem se pode pedir responsabilidades? Terão os mesmos, coragem para
se demitirem? Algum chefe hierárquico terá coragem para o fazer ante a fraqueza
do visado? Nada disto é plausível. Nós temos uma significativa plêiade de
acossados, diariamente dispostos a manter o «status quo», com laivos de
seriedade no «bas-fond» do comentário ou da avença. Estes, são o escudo
bastante à mediocridade reinante sob as vestes de autoridade pública.
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