MONTE
Negro
Diz o ChatGPT, que “monte”,
pode significar um grande número ou quantidade de algo, como eu "Tenho um
monte de livros para ler antes do fim do semestre” ou, digo eu, “Eu tenho um
monte de pisos na minha casa.” Na versão mais académica, “monte” significa
uma elevação de terreno, uma colina ou uma montanha. Seja como for e em
quaisquer dos casos, “monte” significa quantidade em sentido próprio e/ou
impróprio. Quando por exemplo dizemos, “eu tenho inveja do líder do psd pelo “monte”
de pisos que tem a sua casa” ou o “monte” de casas de banho, é evidente
que aqui estamos a dar relevo à quantidade (“monte”), o que num país
pobre e endividado, é obra. É claro que o “mérito” aqui tem o seu papel. Só é
possível fazer omeletes sem ovos, se estivermos a pensar nos ovos alheios. E
aqui está a habilidade, meritória, dirão alguns. Não sigo exatamente estes que
o dizem, pois para mim gosto mais do anúncio televiso de outrora: “Palavras
para quê? É um artista português”. Em outros episódios conhecidos,
recentes, o líder do psd já tinha mostrado virtualidades para criação de “montes”
de dinheiro, na verdadeira aceção de “elevação” do seu património pessoal, baseado
em fenómenos de natureza eruptiva, associados à extravasação da sua “influence”,
junto de entidades públicas de natureza regional ou local. Meritocracia,
propalam os "compagnon de route". Como disse, acho que a coisa é mais
“chã”. Contudo, contrariamente ao “monte branco” ("Mont Blanc") que é
límpido e cristalino, o “monte negro”, deve a sua elevação (patrimonial), ao
engenho humano. Talvez por isso, não seja branco, mas negro. Negro de escuro,
sem transparência, opaco e dissimulado. O monte negro é a antítese do que se
exige de um político que aspira a governação de um país. Ou seja, nas palavras
do presidente Marcelo, falta-lhes capacidade, confiabilidade, credibilidade,
respeitabilidade e autoridade. Isto é muito mau, porque deixa o presidente “à
coca” …
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