Isto, realmente, não faz nada bem à saúde económica de Portugal, mas temos de admitir que para a saúde pública, esta ausência forçada de ingleses em Portugal, poderá ser um bom contributo. Pena é que também compatriotas nossos sejam apanhados por este “carrocel” e fiquem impossibilitados de vir ou regressar a Londres ou outras cidades inglesas, sob pena de serem obrigados a uma quarentena de pelo menos 14 dias.
O nosso Presidente da República, já veio a terreiro
considerar que o “Algarve injustamente punido com decisão de Londres".
Isto é verdade. Das regiões mais afetadas em Portugal, pelo Covid-19, não se
encontra o Algarve. Só que o Algarve não é território descontinuado de
Portugal, como o são a Madeira e os Açores. E por isso, as autoridades inglesas
parecem aplicar aquela velha máxima portuguesa (há muito em desuso), “…que
Portugal é Lisboa e o resto é paisagem”. Ora, se os ingleses tomam as suas
decisões com base nesta máxima, temos de concordar que acertam em cheio. Na verdade,
a região de Lisboa e Vale do Tejo mantém-se como a região predominante quanto a
novas infeções. Só que o Algarve não. E mais, o Algarve fica a mais de 280.000
metros da região de Lisboa e Vale do Tejo, mesmo na extremidade sul de Portugal
e, portanto, a um distanciamento físico e social bastante assinalável,
claramente superior aos 2 ou 4 metros, que as autoridades de saúde defendem.
Saberão os ingleses isto? Não podemos exigir tal. Mas eles sabem (não estou a
dizer as autoridades de saúde), que há voos direitos de algumas cidades
inglesas diretamente para Faro, capital do Algarve. E sabem também, que o vírus
do Covid-19 transmite-se, com base na evidência científica atual, principalmente
através de: (i) contacto direto: - disseminação de gotículas respiratórias
produzidas quando por exemplo, uma pessoa infetada tosse, espirra ou fala, e
podem ser inaladas ou pousar na boca, nariz ou olhos de pessoas que estão
próximas (< 2 metros) e; (ii) contacto indireto: - através do contacto das mãos
com uma superfície ou objeto contaminado com o vírus e que, em seguida,
contactam com a boca, nariz ou olhos.
Portanto, uma conclusão sólida podemos desde já tirar: Um
avião que sobrevoe a região de Lisboa e Vale do Tejo cheio de turistas de várias
as nacionalidades, incluindo inglesas, com destino a Faro, é impossível aos
seus passageiros ficarem infetados com o Covid-19, por essa travessia. Isto é
uma garantia dada pela ciência e pelos cientistas. Mas mais, todos os turistas
estrangeiros, incluindo ingleses, que queiram vir passar férias ao Algarve, não
têm de fazer escala em Lisboa, podendo ir diretamente a Faro e, em recurso, a
Beja. Portanto, como diz um amigo meu, “Quer-se dizer…!”
Se isto serve para alguma coisa, duvido!...
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