Com crescimento exponencial dos infetados de Covid-19 em Portugal, quer agosto quer, sobretudo, nos primeiros dez dias de setembro, teremos de admitir que já estamos numa nova onda ou vaga, da pandemia. É impressionante o número avassalador de novos infetados, que nos são dados a conhecer todos os dias. Agora já não são os lares, os ajuntamentos mais ou menos descontrolados, ou as comezainas familiares. Agora é o vírus em toda a sua expansão e potencialidades a fazer o seu caminho entre os humanos. Nada nem ninguém o pára. É impressionante o esforço que as autoridades de saúde tem feito para suster o vírus, mas este teima em se multiplicar sempre que se baixa a guarda. Nós somos os agentes transmissor, é certo. Mas que diabo, fora alguns excessos, anormais de alguns anormais (veja-se o que se passou no Santuário de Fátima, a 13 de setembro), a população portuguesa tem tido em geral um comportamento bem responsável e não merecedor desta subida exponencial. A que se deve, portanto? As explicações têm de vir de quem sabe.
Li parte da entrevista que o
estratega de saúde público da Suécia deu ao New York Time, sobre o combate à
pandemia no seu país, e o êxito, segundo ele, que terá sido conseguido. A
Suécia tem 5846, mortes registadas e um número total de infetados na casa dos
86.505. Lembra-se que a Suécia não praticou o confinamento, não impôs o uso
obrigatório da máscara, não fechou as atividades e escolas e assentou a sua
política na responsabilidade social de cada um. Diz-se, que uma boa parte da
estratégia assentou no “abandono” dos velhos. Para este responsável Sueco, o problema
dos lares foi, realmente, o maior problema que tiveram desde o início.
Nós, Portugal, aqui no sul da
europa, fizemos de maneira diferente. Confinamos, fechamos e impusemos o uso da
máscara e outras medidas protetoras. Decretamos o Estado de Emergência, por
duas vezes, e mantivemos outros estados de exceção mais brandos até à data. Até
hoje registamos 1867 mortes e 63.983 casos de infeção.
Podemos dizer, que em termos
de saúde pública a nossa estratégia foi muito mais eficaz do que a dos Suecos.
Poupamos muito mais vidas e reduzimos bastante mais o risco de infeção.
Estamos mais bem preparados para
o futuro, ou seja, para o embate de uma segunda vaga ou coisa do género? No que
se refere aos Suecos segundo o referido responsável, a Suécia está muito mais
bem preparada do que a Europa, em geral. No entanto, não é esta a opinião dos
sues vizinhos, que temem os efeitos desta estratégia da Suécia no combate à
pandemia.
Numa coisa, a Suécia está melhor
do que todos os outros. Na equação delicada economia vs saúde. A queda
do PIB da Suécia foi bastante inferior a todos os outros países europeus e a
crise económico só afetou uma parte da população. Nisto eles são fortes.
“Amigos, amigos … negócios à
parte”!...
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