“Açuladas pelo presidente, hostes fanáticas põem em risco exercício do jornalismo”, publicava ontem a “Folha de S. Paulo”, a propósito dos arruaceiros da esplanada do Planalto.
Esta é uma questão dramaticamente brasileira, mas que nos interpela a todos quanto ao aparecimento de figuras sinistras como Jair Bolsonaro em regimes democráticos.
E é disse que eu quero falar.
Em 2019, o nosso país viu despontar o “fascismo de segunda”, designadamente, com o aparecimento do Chega de André Ventura. Esta aberração política andou travestido de social-democrata durante um par de anos, até que as grandes centrais internacionais do protofascismo o recrutaram e subsidiam, para disporem de uma célula, também em Portugal.
Este “fascista de segunda” tem merecido alguma atenção da imprensa de direita mais reaccionária, esta mesma, subsidiada também, por financiadores obscuros e avessos às democracias. Vejam só, por exemplo, quem são alguns dos seus accionistas. Adiante.
Ventura, por outro lado, tem o terreno livre, pois o CDS evaporou-se e o que resta dele são meia dúzia de imbecis liderados por um Xicão, sem qualificativo político aceitável.
Por isso, quando li o título acima, pensei para comigo. Assenta que nem uma luva, no Ventura. “Fascista de segunda”. O populismo tosco e perigoso de Ventura, de incitação ao ódio de um grupo contra o outro e a difusão de uma mensagem nacionalista ou até mesmo racista, faz dele um produto requentado dos nacionalismos toscos que despontam um pouco por toda a Europa e também pelo mundo.
Seja de primeira seja de segunda, porém, o denominador comum nestes 𝘝𝘦𝘯𝘵𝘶𝘳𝘢𝘴 que há por aí é a sua adesão ao princípios de uma extrema-direita racista, antiliberal e antidemocrática. E o perigo está aí!..
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