Entre outras coisas, será um espaço de crítica actual de factos (ou fatos) e acontecimentos que ocorrem e sucedem no nosso país e que potenciam o nosso crescente "direito à indignação". Será também, um espaço de opinião livre, mas responsável, sobre temas diversos. Sevla
domingo, 22 de março de 2020
Parem de cobrar!
Ainda há pouco vi uma reportagem televisiva de uma autarquia da zona centro que faz deslocar uma colaboradora sua a casa dos mais idosos e todos aqueles que pelo Covid-19 ou outras razões, não podem sair das suas residências, para recolher os seus pedidos, seja de medicamentos ou outros, deslocando-se aos estabelecimentos respetivos, adquirindo tais produtos, fazendo a sua entrega posterior a cada um deles, cobrando, no entanto, o valor do fármaco e/ou produto adquirido.
Acho esta ideia bastante positiva e espero que ela se espalhe pelas restantes autarquias do país. Chocou-me, no entanto, que tivesse sido pedida à idosa, o preço dos medicamentos (€ 13,00).
Sinceramente, neste período delicado da vida de cada um e de todos nós, espera-se dos poderes públicos, quer a nível nacional, regional ou local, uma solidariedade mais estreita e uma ajuda mais efetiva, sobretudo, àqueles que mais necessitam. Ora, os idosos dependentes de medicação diária e de outros bens de primeira necessidade, bem como todos aqueles que se encontram em isolamento profilático ou outro e ainda todos os desempregados por força do Covid-19, devem beneficiar à partida de uma exoneração integral de quaisquer pagamentos ligados aos bens essenciais e aos medicamentos. Não se trata de uma suspensão. Trata-se pura e simplesmente da sua eliminação, pelo menos enquanto durar esta grave crise de saúde pública.
Água, luz, gás, telecomunicações, alimentação, medicamentos, rendas ou quaisquer outras despesas essenciais (transporte aos hospitais ou centros de saúde, por exemplo), deverão ser assegurados na íntegra pela autarquia a este conjunto de cidadãos. As cobranças de taxas municipais de várias espécies devem igualmente ser abolidas.
Neste período excecional de duração incerta e de grande ansiedade os poderes que estão mais próximos das populações mais vulneráveis, devem dar o exemplo de solidariedade total não se poupando a esforços para minimizar as dificuldades existentes e agravadas pelo vírus a este grupo alargado de pessoas.
Nós não precisamos de caridade. Apenas e tão só solidariedade!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário