quinta-feira, 25 de julho de 2013

“Cavaco Elogia Luta Contra Ratos e Coelhos que Destruíram a Riqueza” (1)

“Vale mais tarde do que nunca”, lá diziam os antigos e com muita razão!

É certo que de pouco vale agora, vir a reconhecer que a riqueza foi destruída e nada ter feito para o evitar. Há muito que ratos e coelhos vêm destruindo a nossa riqueza à vista desarmada e nada lhes acontece. Pelo contrario. Cavaco, até há bem pouco tempo, foi um apoiante incondicional da política destes «coelhos» e «ratos» que nos vão destruindo a riqueza.

O que é mais estranho é que Cavaco reconhecendo isso, insista em manter a coligação governamental que de uma forma ostensiva vem destruindo a riqueza nacional. Não se sabe o que pretende Cavaco Silva com a manutenção da actual coligação governamental nem do caminho que esta já confirmou seguir.

A falta de visão e de coragem politica de Cavaco Silva levará a que os portugueses no limiar do desespero confrontem as instituições democráticas e exijam destas uma resposta à altura de um povo com mais de 900 anos de história.

O conjunto de provocações politicas levadas a cabo pelo governo de coligação, pela presidência da república e pela assembleia da república, acompanhados de um persistente e deliberado empobrecimento da população, são o rastilho perigoso para uma qualquer convulsão social de dimensão inimaginável.

A coberto das reacções dos alegados mercados ou credores, vem-se insistindo no esgotamento económico-financeiro da população e na sua pauperização com efeitos devastadores em todas as dimensões da vida social, enquanto os ditos credores, vão trocando dívida portuguesa de mão em mão, sempre com generosas comissões e fees associados, acabando por, com grande probabilidade, cair na mão de especuladores agiotas, que ganham a vida na propagação de negócios ilícitos, a coberto da licitude das dívidas inicialmente adquiridas.

É desta realidade que não nos devemos abstrair uma vez que é através dela que esta coligação governamental tem assentado toda a sua actuação política e subserviência aos ditos mercados ou credores sem qualquer pingo de sensibilidade social o que muito nos tem empobrecido, sem qualquer resultado palpável como seria de esperar, por exemplo, a diminuição da dívida e do défice.

Estamos mais pobres e mais endividados dois anos após a aplicação do memorando da troika. Afinal recorremos ao resgate porque se alegava não haver dinheiro para pagar salários e pensões na administração pública.

E agora? Continua a não haver dinheiro nem riqueza para o conseguir. E porquê?

Porque os «ratos» e «coelhos» continuam a destruir a nossa riqueza…
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(1) - Diário de Noticias de 2013-07-19 - O título deste texto referia-se ao que se passa no pequeno Arquipélago de Portugal que são as Ilhas Selvagens. Mas não há dúvida, que é bastante apropriado para o todo nacional e para a situação politica, económica, financeira e social, que esta coligação governamental, onde em sentido figurado existem uns «ratos» e «coelhos», que nos vêm arrastando para o pântano e destruindo a pouca riqueza existente.
   


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