“Vale mais tarde do que nunca”,
lá diziam os antigos e com muita razão!
É certo que de pouco vale agora,
vir a reconhecer que a riqueza foi destruída e nada ter feito para o evitar. Há
muito que ratos e coelhos vêm
destruindo a nossa riqueza à vista desarmada e nada lhes acontece. Pelo
contrario. Cavaco, até há bem pouco tempo, foi um apoiante incondicional da
política destes «coelhos» e «ratos» que nos vão destruindo a riqueza.
O que é mais estranho é que
Cavaco reconhecendo isso, insista em manter a coligação governamental que de
uma forma ostensiva vem destruindo a riqueza nacional. Não se sabe o que
pretende Cavaco Silva com a manutenção da actual coligação governamental nem do
caminho que esta já confirmou seguir.
A falta de visão e de coragem
politica de Cavaco Silva levará a que os portugueses no limiar do desespero
confrontem as instituições democráticas e exijam destas uma resposta à altura
de um povo com mais de 900 anos de história.
O conjunto de provocações
politicas levadas a cabo pelo governo de coligação, pela presidência da
república e pela assembleia da república, acompanhados de um persistente e
deliberado empobrecimento da população, são o rastilho perigoso para uma
qualquer convulsão social de dimensão inimaginável.
A coberto das reacções dos
alegados mercados ou credores, vem-se insistindo no esgotamento económico-financeiro
da população e na sua pauperização com efeitos devastadores em todas as
dimensões da vida social, enquanto os ditos credores, vão trocando dívida
portuguesa de mão em mão, sempre com generosas comissões e fees associados,
acabando por, com grande probabilidade, cair na mão de especuladores agiotas,
que ganham a vida na propagação de negócios ilícitos, a coberto da licitude das
dívidas inicialmente adquiridas.
É desta realidade que não nos
devemos abstrair uma vez que é através dela que esta coligação governamental
tem assentado toda a sua actuação política e subserviência aos ditos mercados
ou credores sem qualquer pingo de sensibilidade social o que muito nos tem
empobrecido, sem qualquer resultado palpável como seria de esperar, por exemplo, a
diminuição da dívida e do défice.
Estamos mais pobres e mais
endividados dois anos após a aplicação do memorando da troika. Afinal
recorremos ao resgate porque se alegava não haver dinheiro para pagar salários
e pensões na administração pública.
E agora? Continua a não haver
dinheiro nem riqueza para o conseguir. E porquê?
Porque os «ratos» e «coelhos»
continuam a destruir a nossa riqueza…
___________
(1) - Diário de Noticias de
2013-07-19 - O título deste texto referia-se ao que se passa no pequeno Arquipélago
de Portugal que são as Ilhas Selvagens. Mas não há dúvida, que é bastante
apropriado para o todo nacional e para a situação politica, económica,
financeira e social, que esta coligação governamental, onde em sentido figurado
existem uns «ratos» e «coelhos», que nos vêm arrastando para o pântano e
destruindo a pouca riqueza existente.
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