Quem esteve atento à tomada de posse do Vice-primeiro-ministro, e outros, não pôde deixar de reparar na alegria que trespassava pelo rosto do Vice que até contagiou a sua colega de governo Maria Luís Albuquerque, responsável pela sua ascensão a Vice. Quem «vice» o Vice naquela toma da de posse, nem diria que era o mesmo que dias antes se demitia irrevogavelmente do governo. «Vice», atempadamente, o PSD o que lhe aconteceu, e por certo teria arrepiado caminho e obrigado Passos Coelho para que «vice» o que estava a fazer. Subalternizar o partido é coisa que Passos Coelho faz com mestria desde que se encontra à frente dos seus comandos. «Vice» cada um dos militantes e dirigentes o que ele fez quando substituiu o programa do governo pelo programa da troika, e percebiam que não há aqui nenhuma novidade. «Vice» cada um dos militantes e dirigentes o que ele fez quando Vítor Gaspar governou e ele não deu ar que se «vice». «Vice» cada um dos militantes e dirigentes do PSD que Paulo Portas tinha percebido que não havia liderança no governo com a saída de Gaspar, e logo teriam reagido à entrega do «ouro ao bandido».
É certo que militante qualificado da ala crítica do governo «vice» antecipadamente o que ia acontecer. Dizia Manuela Ferreira Leite que a «Última coisa que PSD aceitaria era Governo em que CDS ficasse com parte de leão» (TVI24, de 11-07-2013).
Há quem «vice» nestas palavras de Manuela Ferreira Leite, um levantamento de «rancho» no PSD. Será? É que estamos em período de férias, e com estas não se brincam!...
Parece que vamos ter esperar pela rentrée politica, lá mais para Setembro ou Outubro, para ver se o Vice-primeiro-ministro ainda se mantém como «vice». Se o for, há forte probabilidade de um aumento de tensão nas hostes do PSD, quer por força das jornadas eleitorais e da elaboração do orçamento, quer pela subalternização asfixiante do partido maioritário no governo, por militância arrogante do seu Vice!...
Com dizia alguém com graça, este é um «governo de coligação de iniciativa semipresidencial» e eu acrescento, em que quem governa é o partido minoritário, chefiado pelo seu Vice-primeiro-ministro.
Lembrando o anterior Procurador-Geral da República, e com a devida vénia, Passos Coelho é, neste governo de coligação, a «Rainha de Inglaterra»!…
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