Portugal em «ponto morto»
Nem incêndios, nem derrocadas, nem mortes, nem tragédias, nada faz sobressaltar o governo e as forças que o acompanham, do marasmo que se instalou pós eleições de março de 2024. O segredo da pasmaceira, está na maioria relativa, através de um nado morto. O CDS. Os atuais governantes são reativos a baixa temperatura. Só Marcelo é (era) efervescente. Mesmo ele, perdeu o gás e agora ‘governa’ à porta fechada. É tudo muito triste e sem rumo. Os governantes existem, mas é como se não existissem. Através de medidas avulsas, vão minando os alicerces, na saúde, na justiça, na comunicação social, na administração interna e em todos os outros que por falta de visibilidade, sofrem em silêncio o peso das medidas. Até os bombeiros, último reduto de algum altruísmo genuinamente português, se viram envolvidos em espúrias manobras de uma ministra totalmente impreparada e incapaz para a governação política de um ministério tão sensível. A quantidade de casos que estes ministros já criaram em pouco mais de seis meses de governação, é o espelho da pouca valia trazida pela solução eleitoral de Marcelo. Até os comentadores avençados da área política do governo se mostram sem ideias perante a inércia governamental. Sempre eufóricos, donos de uma verdade absoluta e incontestável, são remetidos para a banalidade, para o “fait-divers” e pior que isso, para a «bolsa de excedentários». Estamos em tempo de «águas turvas». Até a extrema-direita ameaça confundir-se neste pântano. Esta linha está cada vez mais sumida.