A linguagem da guerra
Voltámos à barbárie. Os líderes
idiotas, medíocres e os escribas do acessório, diariamente vomitam misseis e
noticias, em guerras, predominantemente contra civis e alvos civis. Estabelecem
a hierarquia de quem deve ser considerada vítima e relegam para o submundo dos
humanos os restantes. Crianças mortas, são só as de um lado. Do outro lado, são
terroristas e assassinos. O Direito Internacional ficou suspenso, para que a
comunidade internacional desse o seu acordo a retaliação sanguinária. Os líderes
mundiais movimentam-se, como abutres, para sugar o sangue das vítimas e
dinamizar o comércio da “ajuda humanitária”, das armas e dos despojos de
guerra. O mundo está cheio de “abcessos”. Os conflitos regionais,
multiplicam-se, os senhores da guerra, igualmente, e a insegurança mundial, aumenta
por cada dia que passa. Os cidadãos que não estão em guerra, sente-se impelidos
para ela, tomando partido, por um dos lados, sem distinguir agredido do
agressor. Invadido, do invasor. Não têm coragem para defender esta divisão, que
pressupõe humanidade. Não existe, na cultura atual. Por isso, a generalidade
dos líderes é medíocre e a comunicação social, anda pelo mesmo caminho. A guerra
só lhes interessa, como espetáculo mediático. As cenas de horror, de mortandade
e disseminação, são as mais repetidas. Falta-lhes coragem, para parar com a
divulgação de imagens que só perturbam a vida de todos e nada contribuem para a
resolução dos conflitos. “Especialistas” são diariamente chamados a explicar o inexplicável.
A justificar o injustificável. Mas quando vozes autorizadas, como a do
Secretário-Geral da ONU, vêm pedir uma abordagem mais séria aos conflitos, eis
que os “senhores da guerra” e os seus “arqueiros”, destilam ódio e espumam
raiva, suspendendo as suas obrigações no âmbito do Direito internacional e em
particular, nos direitos humanos.
Impressiona, ver os autores
morais destas chacinas, em fóruns e palcos internacionais, rodeados de “Prigozhin’s”
e outros mercenários, delineando estratégias, para acabar com outros povos, se
necessário for sacrificando a sua própria população.
O mundo está a radicalizar-se,
fruto da insegurança criada pela mediocridade dos seus líderes. A apetência
para os extremismos, acentua-se de dia para dia. Ninguém quer, o que aí vem!...