domingo, 25 de junho de 2023

 Operação Militar Especial do Grupo Wagner na Rússia

As forças mercenárias de Moscovo, conhecidas por grupo Wagner, que atuam em vários teatros de guerra, com particular destaque, para a Ucrânia, sublevaram-se contra o seu chefe, Vladimir Putin, e empreenderam uma marcha militar rumo à capital, no dia de ontem 24 de junho de 2023, a que apelidaram de "marcha pela justiça". Mercenários a utilizarem slogans como “marcha pela justiça”, soa a falso, pois se há conceito ou valor que eles não têm é o da justiça. Por isso são mercenários. São indivíduos que a troco de dinheiro e outras benesses fazem a guerra em outros países, levando a morte e a destruição, enquanto os seus mentores se pavoneiam pelos palcos internacionais, numa espécie de “mãos limpas”.

A operação militar especial na Ucrânia levada a cabo pelo presidente russo, mostra à saciedade isso mesmo. Foi o grupo mercenário Wagner, a principal força destruidora na Ucrânia e aquela que ocupou a maior parte dos territórios rapinados à Ucrânia. Diz o mercenário chefe, que as suas forças terão perdido cerca de 20 mil homens, nesta operação especial na Ucrânia. Assim, efetivamente, não custa. Porém, tem um preço. E o preço, está aí. Quando os altos comandos militares russos perceberam que andavam a “toque de Wagner”, na Ucrânia, rapidamente tentaram alterar o contrato, com vista à submissão dessas forças à hierarquia militar. Foi a “gota de água” e o mote à rebelião. Num ápice, eles tomam cidades russas e ameaçaram avançar até ao Kremlin, para depor Putin. Este, naturalmente, não ficou em Moscovo à espera dos seus mercenários revoltosos. Partiu. Entretanto, pediu ao seu homem de mão Lukashenko (Bielorrússia) que entabulasse negociações como o chefe mercenário, com vista a este parar com a marcha até moscovo, contra a garantia de que o processo criminal contra ele seria arquivado e que iria para uma zona de conforto na Bielorrússia, para guardar as fronteiras com a Polonia, evidentemente, com as condições económicas principescamente melhoradas. Aparentemente, isto foi aceite. E assim terá terminado a Operação Militar Especial do Grupo Wagner na Rússia. Que, relembro, é uma força paramilitar mercenária, de Vladimir Putin. Afinal não se cumpriu a profecia do líder dos mercenários de que “em breve teremos um novo presidente" e de que “vai ter gente enforcada na Praça Vermelha”. E agora?

O atual vice-presidente do Conselho de Segurança, Dmitry Medvedev‎, alertou, este sábado, que o mundo poderá enfrentar uma "catástrofe" se os mercenários do Grupo Wagner, que estão a levar a cabo uma "rebelião armada no país", tiverem acesso a "armas nucleares russas".

"A história da humanidade ainda não viu o maior arsenal de armas nucleares sob o controlo de bandidos", disse Medvedev‎, referindo-se ao Grupo Wagner. Os pais da criatura, agora rejeitam-na. Medonho.

Perante tudo isto, a grande e principal preocupação será agora a deslocação desta força mercenária na fronteira da Bielorrússia com a Polónia e o potencial bélico e provocatório que representa para aquela região. O que acontece presentemente na Ucrânia poderá repetir-se na Polónia, agora com contornos mais dramáticos. Enquanto o partido militar estiver no poder na Rússia, muitas serão as tentações para a reconstituição da “Mãe Russa”

 

 

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