A PULSÃO DOS PEDROS
Aceito que
discutir o que escrevem os analistas ou afins da nossa política é passar ao
lado do que é essencial. A verdade é que muitos analistas, cronistas e afins,
acabam por falar do que é essencial, ainda que de forma canhestra ou
comprometida. É o caso de Clara Ferreira Alves, no Expresso, na sua habitual
coluna - Pluma Caprichosa. Também ela, em resumo, arfava pelo regresso
de Pedro Passos Coelho (PPC).
No passado,
outro Pedro, da mesma família política, provocava-lhe suores. Pedro Santana
Lopes. Creio, certamente em erro, que não era pelo conteúdo, mas pela forma.
Seja como for, os apaniguados juntam-se, para fazer saltar Montenegro e abrir a
porta a PPC. Não sei se o professor está disponível para interromper a
sua ‘brilhante’ carreira académica. Seja como for, eles querem. Há uma parte do
PSD, saudosista, que nada mais vêm à sua frente, senão PPC. Veem nele as
qualidades de líder que nenhum outro companheiro tem. Creio que tudo tem a ver
com a sua qualidade de submissão à Troica e, sobretudo, a sua coragem para ir
‘além da troica’. Hoje, na Europa, quando se reflete sobre este período da
crise financeira, e a forma como alguns países, incluindo Portugal, foram
tratados pelas instituições europeias e internacionais, derramam-se ‘lágrimas
de crocodilo’ sobre a bestialidade das políticas impostas e dos efémeros
resultados das mesmas. Porém, há quem tenha gostado. São uma espécie de Malthusianos,
dos nossos tempos.
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