segunda-feira, 7 de abril de 2025

 A PULSÃO DOS PEDROS

Aceito que discutir o que escrevem os analistas ou afins da nossa política é passar ao lado do que é essencial. A verdade é que muitos analistas, cronistas e afins, acabam por falar do que é essencial, ainda que de forma canhestra ou comprometida. É o caso de Clara Ferreira Alves, no Expresso, na sua habitual coluna - Pluma Caprichosa. Também ela, em resumo, arfava pelo regresso de Pedro Passos Coelho (PPC).

No passado, outro Pedro, da mesma família política, provocava-lhe suores. Pedro Santana Lopes. Creio, certamente em erro, que não era pelo conteúdo, mas pela forma. Seja como for, os apaniguados juntam-se, para fazer saltar Montenegro e abrir a porta a PPC. Não sei se o professor está disponível para interromper a sua ‘brilhante’ carreira académica. Seja como for, eles querem. Há uma parte do PSD, saudosista, que nada mais vêm à sua frente, senão PPC. Veem nele as qualidades de líder que nenhum outro companheiro tem. Creio que tudo tem a ver com a sua qualidade de submissão à Troica e, sobretudo, a sua coragem para ir ‘além da troica’. Hoje, na Europa, quando se reflete sobre este período da crise financeira, e a forma como alguns países, incluindo Portugal, foram tratados pelas instituições europeias e internacionais, derramam-se ‘lágrimas de crocodilo’ sobre a bestialidade das políticas impostas e dos efémeros resultados das mesmas. Porém, há quem tenha gostado. São uma espécie de Malthusianos, dos nossos tempos.

 

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