domingo, 26 de maio de 2024

 20 ANOS DEPOIS, NUNO MELO PREPARA-SE PARA ‘REABRIR’ O PROCESSO DOS SUBMARINOS?

Em 2014, Paulo Portas, foi ouvido na comissão parlamentar de inquérito, sobre o chamado ‘caso dos submarinos’ e a suspeita nacional e europeia de que teria sido beneficiário de algumas contrapartidas pelas adjudicações dos referidos navios de guerra.

Em 2014, o Ministério Público concluiu, que o negócio dos submarinos rendeu 27 milhões de euros a arguidos e membros do GES. Quanto a Portas, apesar de suspeito, o processo foi arquivado, contrariamente ao que aconteceu na Alemanha e na Grécia onde houve condenações a penas de prisão por corrupção por parte de elementos do consórcio alemão Ferrostaal. Em Portugal, no Conselho Superior da Família Espírito Santo, realizada a 07 de novembro de 2013, Ricardo Salgado, explicava assim, o pagamento da comissão de 15 milhões, que lhe foi pedida, pelos intermediários do negócio, para o financiamento do mesmo: " A informação que nós temos é que não é para eles, que há uma parte que não é para eles. Eu não sei se é ou não é, mas como hoje em dia só vejo aldrabões à nossa volta, os tipos garantem que há uma parte que tem de ser entregue a alguém em determinado dia.”

Parênteses: Aquela de Ricardo Salgado dizer “hoje em dia só vejo aldrabões à nossa volta…” é, sem dúvida, o momento auto do ‘burlesco’ no nosso país.

Retomando o tema inicial e 10 anos depois do Ministério Publico arquivar o processo e o Parlamento de então, convenientemente paralisado, surge agora o atual ministro da defesa pedindo auditoria aos licenciamentos concedidos pelo ministério desde 2015. Como se compreenderá, alguns dos licenciamentos concedidos em 2015, terão tido a sua génese nos anos anteriores.

Ora, como os processos em Portugal, em regra, são megaprocessos, começando por uma fotocopia e acabando no fabricante das fotocopiadoras, é expetável que se venham a descobrir ligações antigas ao caso dos submarinos e ao consequente desvio das fotocopias.

Quem diria, que seria um elemento do CDS, em 2024, que viria a trazer ao de cima o caso ‘submarinos vs Portas’, e o enigma nele escondido. Isto é que é mesmo, ‘escrever direito por linhas tortas’

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