quarta-feira, 22 de maio de 2024

 ‘INFLUENCER’

O Ministério Público (MP) lançou uma operação designada de ‘influencer’, que veio a paralisar toda a atividade política do país bem como a da própria investigação. Tudo isto por causa do nome escolhido para a operação. ‘INFLUENCER’. Até o insuspeito Supremo Tribunal de Justiça (STJ) a mais alta instância judicial do país, ficou paralisado. Tudo isto, mais uma vez, por causa do nome escolhido para a operação. INFLUENCER, ou, como se diria em português, INFLUENCIADOR. Na verdade, na era dos ‘influencers”, profissão digna do digital, eis que o MP descobre ligações desta atividade com o crime. Um ‘influenciador’, por o ser, é um agente do crime. Assim, o qualificou, o MP, pelo menos, aos membros do anterior governo incluindo o primeiro-ministro de então. Na versão inicial que serviu de base à detenção de uns e à demissão do primeiro-ministro, todos eram ‘suspeitos’ de influenciarem alguns negócios do Estado com privados sendo o então primeiro-ministro citado por mais de uma vez nas escutas então feitas. Estes ‘influencers’, por não constarem da lista dos 10 influencers digitais portugueses, mais populares das redes sociais, viraram, obviamente, ‘suspeitos’ ou quase-arguidos, outra figura antijurídica criada pelo MP. É certo que a operação ‘influencer’ foi desencadeada pelo MP, com a colaboração das forças de segurança e em segredo absoluta da polícia judiciaria. O porquê, deste comportamento, aparentemente anómalo do MP, está explicado. Tem a ver com o nome escolhido para a operação. ‘INFLUENCER’. Os jovens magistrados do MP, oriundos da geração y e z, muito alimentados pelas redes sociais, viram nestes ‘influencers’ governamentais, alguns resquícios da chamada ‘cunha’, com retribuição. E assim, de suspeição em suspeição, manda-se gente para a prisão e os que não foram, também não governarão. É a judicialização da política, na versão MP. Passado este tempo todo, mais de 6 MESES, satisfeitas as pretensões da direita portuguesa, na versão ‘mal-amanhada’ de Francisco Sá Carneiro, “uma maioria, um Governo e um Presidente”, eis que o MP e os restantes órgãos superiores da justiça, deram-se conta de que ficaram com o ‘menino nas mãos’. E agora? Agora, o processo sai de cima para baixo e em baixo ficou. Ou seja, quem criou o problema, e chutou para cima (STJ), viu-lhe devolvida a encomenda sem qualquer recomendação. E assim, vai este país à beira-mar plantado. Coisa menor, no meio disto tudo, há pessoas afetadas no seu bom nome, honra e consideração que lhe são devidas. O país, nessa europa ancorado, foi palco de comentários menos abonatórios, por ter um primeiro-ministro e ministros suspeitos de corrupção. Nada que atrapalhe os ‘moços de esquadra’, desta nobre nação.

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