‘INFLUENCER’
O Ministério Público (MP) lançou
uma operação designada de ‘influencer’, que veio a paralisar toda a atividade
política do país bem como a da própria investigação. Tudo isto por causa do
nome escolhido para a operação. ‘INFLUENCER’. Até o insuspeito Supremo Tribunal
de Justiça (STJ) a mais alta instância judicial do país, ficou paralisado. Tudo
isto, mais uma vez, por causa do nome escolhido para a operação. INFLUENCER,
ou, como se diria em português, INFLUENCIADOR. Na verdade, na era dos
‘influencers”, profissão digna do digital, eis que o MP descobre ligações desta
atividade com o crime. Um ‘influenciador’, por o ser, é um agente do crime.
Assim, o qualificou, o MP, pelo menos, aos membros do anterior governo
incluindo o primeiro-ministro de então. Na versão inicial que serviu de base à
detenção de uns e à demissão do primeiro-ministro, todos eram ‘suspeitos’ de
influenciarem alguns negócios do Estado com privados sendo o então
primeiro-ministro citado por mais de uma vez nas escutas então feitas. Estes
‘influencers’, por não constarem da lista dos 10 influencers digitais
portugueses, mais populares das redes sociais, viraram, obviamente, ‘suspeitos’
ou quase-arguidos, outra figura antijurídica criada pelo MP. É certo que a
operação ‘influencer’ foi desencadeada pelo MP, com a colaboração das forças de
segurança e em segredo absoluta da polícia judiciaria. O porquê, deste
comportamento, aparentemente anómalo do MP, está explicado. Tem a ver com o
nome escolhido para a operação. ‘INFLUENCER’. Os jovens magistrados do MP,
oriundos da geração y e z, muito alimentados pelas redes sociais, viram nestes
‘influencers’ governamentais, alguns resquícios da chamada ‘cunha’, com
retribuição. E assim, de suspeição em suspeição, manda-se gente para a prisão e
os que não foram, também não governarão. É a judicialização da política, na
versão MP. Passado este tempo todo, mais de 6 MESES, satisfeitas as pretensões
da direita portuguesa, na versão ‘mal-amanhada’ de Francisco Sá Carneiro, “uma
maioria, um Governo e um Presidente”, eis que o MP e os restantes órgãos
superiores da justiça, deram-se conta de que ficaram com o ‘menino nas mãos’. E
agora? Agora, o processo sai de cima para baixo e em baixo ficou. Ou seja, quem
criou o problema, e chutou para cima (STJ), viu-lhe devolvida a encomenda sem
qualquer recomendação. E assim, vai este país à beira-mar plantado. Coisa
menor, no meio disto tudo, há pessoas afetadas no seu bom nome, honra e
consideração que lhe são devidas. O país, nessa europa ancorado, foi palco de
comentários menos abonatórios, por ter um primeiro-ministro e ministros suspeitos
de corrupção. Nada que atrapalhe os ‘moços de esquadra’, desta nobre nação.
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