O “SOPINHA DE MASSA”
O “sopinha de massa”, foi
chamado a um encontro para se discutir o tratado do Atlético Norte. Dirigiu-se
á Tapadinha, em Alcântara, e quando lá chegou, ficou surpreso por ninguém o
esperar. Mais surpreso ficou quando viu a bandeira nacional com sete quinas.
Esta alteração do símbolo nacional sem o seu conhecimento, cheirou-lhe a esturro.
De imediato, pegou no seu telemóvel e ligou para o Protocolo Oficial de
Símbolos Nacionais, a fim de se inteirar de onde partiu a ordem. O responsável
pelo Protocolo ficou vermelho pois nada sabia, também. Fulo, o “sopinha de
massa”, ligou, desta vez, para o urbano/rural, que estava na apanha de
nabos, que, aflito, respondeu que nada sabia. Justificou-se, ainda, que não
poderia ver o que se passava, pois de seguida iria remover bugalhos.
Desesperado, o “sopinha de massa” voltou para o palácio, e começou aos
pontapés às pedras da calçada, virando-se para a sua oficial as ordens, para
que ela comunicasse com a câmara para vir arranjar a calçada. Falta-me o
“Oriental”, bufava! Que grande gaita, desta vez fiz asneira da grossa. Eu já
vos lixo! Ligou para o ministro da defesa e disse: “daqui fala o comandante
supremo das forças armadas. Olhe lá, mas que ideia é essa de os jovens
delinquentes, passarem a fazer serviço militar obrigatório? Mas o senhor julga,
que eu sou chefe supremo dos serviços de detenção juvenil? O senhor fala das
forças armadas, como fosse um repositório de pessoas? O senhor não tem ideia da
gravidade das suas palavras? O Gouveia e Melo já me telefonou, com ares de
poucos amigos. O senhor, cuide-se!” Bruscamente, desligou o telefone sem
que desse oportunidade de resposta, e foi direto à biblioteca do palácio. Uma
vez lá chegado, procurou a obra de A. C. De C. M. Saunders, (A Social History of BlacJc Slaves and Freedmen in
Portugal, 1441-1555, Cambridge, Cambridge University Press, 1982) e
fez-se luz: “Portugal deve pagar custos da escravatura e dos crimes
coloniais”, comunicou à Nação. E fê-lo, com aquela dose de maquiavelismo que
lhe é característico, na véspera dos 50 anos de Abril. Nada mais apropriado.
Ainda não satisfeito, faz constar que cortou relações com o filho, por causa do
episodio das gémeas. O “sopinha de massa”, tinha-se metamorfoseado.
Agora era seguro.
Entretanto o “Oriental”, há muito
saído de cena, aguarda em “liberdade” a revogação da lei extravagante que o mantém
sob ‘vigilância’ do ministério público.
Nenhum comentário:
Postar um comentário