terça-feira, 30 de abril de 2024

 O “SOPINHA DE MASSA”

O “sopinha de massa”, foi chamado a um encontro para se discutir o tratado do Atlético Norte. Dirigiu-se á Tapadinha, em Alcântara, e quando lá chegou, ficou surpreso por ninguém o esperar. Mais surpreso ficou quando viu a bandeira nacional com sete quinas. Esta alteração do símbolo nacional sem o seu conhecimento, cheirou-lhe a esturro. De imediato, pegou no seu telemóvel e ligou para o Protocolo Oficial de Símbolos Nacionais, a fim de se inteirar de onde partiu a ordem. O responsável pelo Protocolo ficou vermelho pois nada sabia, também. Fulo, o “sopinha de massa”, ligou, desta vez, para o urbano/rural, que estava na apanha de nabos, que, aflito, respondeu que nada sabia. Justificou-se, ainda, que não poderia ver o que se passava, pois de seguida iria remover bugalhos. Desesperado, o “sopinha de massa” voltou para o palácio, e começou aos pontapés às pedras da calçada, virando-se para a sua oficial as ordens, para que ela comunicasse com a câmara para vir arranjar a calçada. Falta-me o “Oriental”, bufava! Que grande gaita, desta vez fiz asneira da grossa. Eu já vos lixo! Ligou para o ministro da defesa e disse: “daqui fala o comandante supremo das forças armadas. Olhe lá, mas que ideia é essa de os jovens delinquentes, passarem a fazer serviço militar obrigatório? Mas o senhor julga, que eu sou chefe supremo dos serviços de detenção juvenil? O senhor fala das forças armadas, como fosse um repositório de pessoas? O senhor não tem ideia da gravidade das suas palavras? O Gouveia e Melo já me telefonou, com ares de poucos amigos. O senhor, cuide-se!” Bruscamente, desligou o telefone sem que desse oportunidade de resposta, e foi direto à biblioteca do palácio. Uma vez lá chegado, procurou a obra de A. C. De C. M. Saunders, (A Social History of BlacJc Slaves and Freedmen in Portugal, 1441-1555, Cambridge, Cambridge University Press, 1982) e fez-se luz: “Portugal deve pagar custos da escravatura e dos crimes coloniais”, comunicou à Nação. E fê-lo, com aquela dose de maquiavelismo que lhe é característico, na véspera dos 50 anos de Abril. Nada mais apropriado. Ainda não satisfeito, faz constar que cortou relações com o filho, por causa do episodio das gémeas. O “sopinha de massa”, tinha-se metamorfoseado. Agora era seguro.

Entretanto o “Oriental”, há muito saído de cena, aguarda em “liberdade” a revogação da lei extravagante que o mantém sob ‘vigilância’ do ministério público.

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