domingo, 7 de novembro de 2021

“𝐎𝐒 𝐆𝐄𝐑𝐈𝐍𝐆𝐎𝐍Ç𝐎𝐒”

O chumbo do OE pelo BE e pelo PCP e ainda, PEV, PSD, CDS e outros mais à direita, surpreende pela facilidade com que os partidos da geringonça demonstraram o seu cansaço à solução governativa encontrada há 6 anos, por António Costa e vai daí, sem subterfúgios, votam contra, qual direita mais empedernida. Votam contra, pois não queriam a continuação do governo PS e tal aconteceria se se tivessem abstido. Mas isto era um “bónus” ao PS que não estavam disposto a dar. É certo que, já no ano passado, na votação do OE para 2021, o BE saiu fora. Ou seja, há quase dois anos que o BE participa no arco da governação à esquerda, mas em contraciclo. Creio, aliás, que este “bloco” é de confiança duvidosa, para qualquer solução para o país. Têm indiscutivelmente, alguns capazes, mas muito pouco seguros. O “bloco” foi perdendo os seus adultos políticos e repousa nas mãos de meia dúzia de imaturos que não estão preparados para desígnios nacionais. Mais lutas estudantis, reuniões na Voz do Operário ou vigílias por causas continentais ou mundiais. Claro que têm um senador. Francisco Louça, pai fundador do “bloco” e guia espiritual do seu “rebanho”. Todas as sextas-feiras, o “pastor” divulga a sua homilia para o seu “rebanho” numa “televisão perto de si”. Na semana seguinte é vê-las (os) a debitar os “ensinamentos” do senador, pouco se importando com os compromissos então assumidos na geringonça. Se Louça decreta o voto contra, pois é o voto contra que vinga, independentemente, se justificado ou não. Foi com esta realidade que o governo PS se teve de confrontar durante 6 anos. Inconsistência, imaturidade, radicalismo, foram as premissas utilizadas pelo “bloco” na “parceria”. Colar isto, não deve ter sido fácil. O “bloco” e também o PCP, queriam governar sem responsabilidades. Ou seja, impor um conjunto de condições muito para além da matéria do orçamento, mas sem o encargo de as ter de cumprir. Perante a recusa destas imposições, militantes do PCP dizem que o PS queria o “bloco” e o PCP como “lacaios”. Lacaios de quê? De uma política de esquerda, ainda que, porventura, insuficiente? Ou de uma política que respeite os compromissos assumidos com a europa, que os “geringonços” abertamente contestam, mas cujas vantagens usufruem e os fundos reclamam? Afinal, o que pretendem os “geringonços”, com o chumbo do orçamento? É difícil perceber. Nem “bloco” nem PCP dizem ao que vêm. Foram eles que puseram termo a esta solução governativa, sabendo à partida, que a mesma não se iria repetir, pois Marcelo, já tinha encontrado o seu “delfim”. Sabiam, muito antes da votação do OE. Os “geringonços” entenderam as palavras do presidente de que dissolvia o parlamento se houvesse chumbo do orçamento, com uma chantagem sobre eles, não percebendo que Marcelo preparava a opinião publica, para apoio incondicional a uma solução de direita (de onde vem), liderada pelo seu “delfim” Rangel, nem que para isso tivesse de fazer o jogo, como fez, de acomodar o calendário eleitoral aos interesses do seu candidato à liderança do PSD. Porém, de Marcelo, já falámos não vamos perder mais tempo. Apenas dizer, que Marcelo conduziu a sua estratégia com resultados à vista (para ele). Os “geringonços” não. Estes estão à nora. Disparam, numa linguagem de unicidade estranha, contra o PS e a sua alegada “obsessão” por uma maioria absoluta.

Estranha conclusão esta dos “geringonços” que tiveram no PS e em António Costa o verdadeiro protagonista da solução que lhes permitiu saírem do “armário”, com todos os custos que isso acarretou, para o próprio PS.
Agora que o caminho estava a ser feito, desistiram. Para alguns foi um alívio!...

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