A maior parte de nós tem presente a canção do Sérgio Godinho, chamada “Cuidado com as imitações”, cujo refrão dá título a este escrito.
Vem isto a
propósito da personagem, até aqui, misteriosa (para mim), que dá pelo nome de
Alfredo Casimiro, o homem que ombreia com a TAP no capital social da “Groundforce”. Não conhecia a personagem, embora a
minha atividade profissional, esteja muito ligada ao mundo dos negócios
(pequenos) e das instituições de crédito, pelo que poderia ter tido
conhecimento da sua existência, neste mundo. Não tive e estava curioso para
conhecer. Claro que conhecia a “Urbanos”. O “Expresso”, fez-me o favor (neste
sábado) de me traçar o seu perfil e confirmar a minha suspeita de que, quem
quer que fosse, teria de ser alguém que se rodeou de pessoas que mexiam bem em
alguns círculos do poder. E lá vêm escarrapachadas, as personagens que
“criaram” e foram criadas pela criatura. Não os mencionarei aqui, pois eles vêm
nos jornais quase todos os dias (não pelas melhores razões, claro), pelo menos
desde crise do “subprime” e da intervenção da troika em Portugal.
O que sempre
me intrigou (agora já não) foi o peso deste «acionista privado» na crise da “Groundforce”
e no seu braço de ferro com a TAP. E claro, como é típico deste tipo de
“gestor”, os trabalhadores são a arma de arremesso, na negociação, deixando de
lhes pagar o salário, criando uma crise social, aqui também com a finalidade de
agravar as condições negociais levando à aceitação de propostas que raiam a ilegalidade.
“Gestores” que
se habituaram a usar os processos de insolvencia e de recuperação de empresas, como
ferramenta de gestão corrente, deixando famílias inteiras sem emprego, empresas
encerradas, desvio de máquinas e equipamentos, para outras empresas “limpas”,
dívidas ao fisco e à segurança social, calotes bancários de monta que são
levadas a perdas de exercício por incobrabilidade, enfim, a parte negra de
estar nos negócios sem ética e sem qualquer pingo de solidariedade, são estes
os principais atributos e o “habitat” natural dos Casimiros deste país.
Volto à
canção de Sérgio Godinho:
- “Cuidado
minha gente, cuidado minha gente, cuidado justamente com as imitações”!
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