terça-feira, 13 de outubro de 2015

“Fora do compasso”

Os "opinion makers" da capital e pouco mais e a grande maioria dos apoiantes da coligação PáF, ativos ou expetantes, incluindo políticos atualmente no topo dos órgãos de soberania do país estão, com se diz na minha terra, um pouco “arrasca”. Esta de ser o Costa (que perdeu as eleições) a "desenvolver diligências com vista a avaliar a possibilidade de constituição de uma solução governativa que assegure a estabilidade e a governabilidade", como pediu o presidente da República, está a baralhar esta malta que estava habituada a um compasso muito ao estilo da música tradicional (que já presume um determinado compasso), e agora vê-se subitamente «fora do compasso».
Não tem legitimidade, dizem uns. Outros afirmam Quem votou PS não votou num governo com PCP e BE”. Outros, ainda, chamam ao PS o “partido dos enganados”. Mais hilariante (ou delirante) é o pensamento daqueles que já roçar as lucubrações fascistoides preconizam que “Ficaremos outra vez entre “fachos” e “comunas” como em 1975, para grande confusão das gerações que nasceram depois e que não gostam de se “enervar” com a política.” Só por isto, quase que diríamos que valeu a pena.
O povo português é sábio, não haja dúvidas. Os seus intérpretes desiludem a cada dia que passa.
Como diz, Pedro Santos Guerreiro no Expresso Diário de (07-10-2015) «O que Cavaco Silva quer não é uma reforma do sistema político, é uma mudança de mentalidades dos partidos. A sua argumentação, e a dos seus conselheiros, tanto estimula um pacto entre PS/PSD/CDS como justifica um governo PS/PCP/BE, pois entre os 13 países europeus citados que são governados por pelo menos três partidos, quase metade são-no com partidos que não venceram as eleições»
Se assim é, qual é o problema?


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