quinta-feira, 12 de maio de 2022

𝐎 𝐂𝐄𝐑𝐂𝐎 𝐃𝐎 𝐂𝐎𝐁𝐀𝐑𝐃𝐄! – 𝐏𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐕𝐈𝐈 (𝐂𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄𝐒 𝐒𝐄𝐌 𝐐𝐔𝐎𝐓𝐈𝐃𝐈𝐀𝐍𝐎)

De um momento para o outro as cidades, vilas e aldeias, na Ucrânia, foram totalmente destruídas, não por causa de algum evento natural, mas sim por obra humana, mais concretamente, pela bárbara invasão militar russa, àquele país, que, diariamente, vem provocando a morte de civis inocentes e milhões de deslocados. De um momento para o outro, as populações viram interrompidas, bruscamente, as suas vidas. De um momento para o outro as famílias viram-se privadas dos seus pais e filhos, e as mulheres e crianças, separadas dos seus familiares. A tática russa, na invasão bárbara à Ucrânia, é a da utilização de meios pesados de artilharia que dizimem tudo e todos, evitando, assim, grandes baixas no seu exército. Esta tática é uma repetição dos métodos utilizados pelos exércitos russos, noutros países, como a Síria, na Chechénia, na Geórgia, etc. Em todos eles, como na Ucrânia, é destruição por completo da vida das populações e dos seus lugares de pertença. Tudo tem que ficar em escombros para a rapina territorial. A cultura russa é de pilhagem e rapina. Foi assim na era soviética é assim na era Putin. A ambição desmedida pela reconstrução do império russo é uma arma tão terrível como qualquer arma de destruição maciça.

A conquista de território faz-se pelos métodos bárbaros de dizimar populações inteiras e destruição das cidades, vilas e aldeias. Vídeos e imagens, mostram-nos os ataques brutais e da subsequente destruição de várias cidades ucranianas, como Mariupol, Kiev ou Kharkiv. Ataques aéreos, mísseis e tanques pelas ruas da cidade, ataques a zonas residenciais, marcos culturais e a lugares do dia-a-dia urbano. Não é a primeira vez que se assiste ao assassinato brutal de uma cidade, nas palavras de Aleksandra Milicevic.

Depois, indica-se um fantoche russo, tipo Lukashenko, para gerir os escombros e a “reconstrução”, financiados obviamente pela “Mãe-Pátria”. É tudo pago, com “o pelo do cão”.

Quais as razões apontadas pela Rússia, para tamanha barbaridade: a expansão da NATO pelo Leste Europeu, a possibilidade de adesão da Ucrânia à aliança militar, a contestação ao direito da Ucrânia à soberania independente da Rússia e o desejo de Vladimir Putin de restabelecer a zona de influência da União Soviética.

São estes, alegadamente, os motivos que levaram a Rússia de Putin, a invadir a Ucrânia. De todos eles, sem dúvida, a negação do direito à independência da Ucrânia e o restabelecimento da zona de influência da antiga União Soviética, serão certamente os principais.

As cidades da Ucrânia que perderam o seu quotidiano são credoras de toda a solidariedade europeia e mundial na sua reconstrução. Os bens russos no estrangeiro deverão servir de penhor e garantia do custo de reconstrução da Ucrânia.

Os crimes de guerra deverão ser julgados e punidos.

 

terça-feira, 10 de maio de 2022

“𝑳𝒂𝒎ú𝒓𝒊𝒂 𝒅𝒐 𝑪𝒆𝒈𝒐 𝑸𝒖𝒆 𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔 𝒐 𝑭𝒐𝒔𝒔𝒆”

Este poema é de Alexandre O’Neill e vem hoje à baila, pois Clara Ferreira Alves (CFA) fez o mesmo (no jornal o Expresso), com a “Feira Cabisbaixa”, do mesmo autor, para denunciar aquilo que ela designa, como “um veio maligno que faz da denuncia e da delação, da coscuvilhice e da espionagem da vida alheia um traço de caráter” … dos portugueses. Escreveu isto a propósito do propósito do Presidente da República em condecorar Rosa Coutinho e Vasco Gonçalves, no próximo 10 de Junho. Daqui parte, para a análise crítica destas personagens e desagua nas informações prestadas pela Câmara Municipal de Lisboa a «regimes ditatoriais» (estava-se a referir a moscovo) e mais recentemente o que apelida do “estranho caso de Setúbal”. Tudo isto para concluir: “este país mesquinho, amordaçado e amante das queixinhas e delações, com a sua cultura de denunciantes, não morreu. Este país, que oferece o que os outros compram sem um arrepio ético, continua por aí, entremeado com a burocracia e a pequena corrupção da administração publica.”, escreve a cronista.

A propósito da «pequena corrupção na administração pública», veio-me a memória palavras de Pedro Santana Lopes, sobre Clara Ferreira Alves, enquanto presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Por sua nomeação, a cronista do ‘Expresso’ Clara Ferreira Alves foi indicada para dirigir a Casa Fernando Pessoa. “Era uma entusiasta da minha candidatura à Presidência da República. Hoje se calhar não gosta de ouvir isso” – arriscava Pedro Santana Lopes. “Convivíamos fora do trabalho. Era uma pessoa com quem jantava, almoçava”, recorda. O corte nas relações, segundo o então edil, pode dever-se ao facto de este ter formado Governo e não a convidar. “Ela é bastante controversa.”, dizia Santana Lopes. Deixou a Casa Fernando Pessoa a 6 de Janeiro de 2006, estava a dois meses de completar quatro anos de funções.

Também Vasco Pulido Valente era público que foram amigos e se desentenderam. O historiador assinou um texto no seu blog, em Março de 2006, onde caracterizava como ‘ilegível’ a coluna assinada por CFA na revista do ‘Expresso’. E acrescenta ainda neste seu post intitulado ‘uma santanete’’ que Clara Ferreira Alves “foi um dia arvorada diretora da ‘Casa-Museu Fernando Pessoa’ pela conhecida irresponsabilidade de Pedro Santana Lopes, de quem ela tinha sido uma entusiasta partidária”.

Pelo que se vê, mérito, nada. Tudo compadrio e corrupção. Amiguismo cúmplice e “corista” de um espetáculo político medíocre que varreu o nosso país, entre 2004/2005, a que Jorge Sampaio, deu a vassourada final. 

Em tempos não muito distantes, Clara Ferreira Alves, chegou a afirmar não ter grande simpatia pelos portugueses.

Percebe-se! Tendo vivido no lamaçal da política portuguesa, usufruindo de benefícios injustos e iníquos e de reconhecimentos imerecidos, CFA, não se habitua à ideia de, há quase 20 anos, a sociedade portuguesa não lhe reservar qualquer lugar de relevo, para além de um programa de entretenimento político que dá pelo nome de “Eixo do Mal” de composição bastante esdrúxula. 

Termino como comecei agora citando Miguel Torga: “Tenho a impressão de que certas pessoas, se soubessem exatamente o que são e o que valem na verdade, endoideciam.”

 

domingo, 1 de maio de 2022

𝐎 𝐂𝐄𝐑𝐂𝐎 𝐃𝐎 𝐂𝐎𝐁𝐀𝐑𝐃𝐄! – 𝐏𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐕𝐈 (𝐌í𝐬𝐬𝐢𝐥 à 𝐎𝐍𝐔)

Escassos minutos, após conferência de imprensa conjunta, em Kiev, entre o presidente da Ucrânia e o Secretário-geral das Nações Unidas (SG), os militares de Putin, dispararam mísseis de alta precisão (?) contra a capital ucraniana, tendo atingido um prédio de habitação e morto uma pessoa (jornalista), tudo a menos de cinco quilómetros do hotel onde se encontrava alojado, o Secretário-geral das Nações Unidas. Com esta mensagem bélica (linguagem diplomática de Putin), este pretendeu comunicar às Nações Unidas, através do seu SG, que o direito internacional e a carta das Nações Unidas são instrumentos para outros que não para o governo russo. Claro que é mais um ato de cobardia de Putin, lançar mísseis para amedrontar e intimidar pessoas e organizações, num gesto bárbaro que deve chocar o mundo civilizado. Putin, se chegar aí, será daqueles líderes que se suicidam após o fracasso da sua máquina de guerra, pois não têm coragem de enfrentar a história e serem julgados pelos crimes que cometem. Hitler, foi assim.  Stalin, diz-se, que a sua morte aconteceu por falta de socorro e cuidados médicos nos dias após o derrame cerebral. De uma maneira geral, todos são abandonados à sua sorte, não merecendo o respeito e cuidados do povo que subjugaram durante o tempo da sua governação.

Putin tem uma máquina militar, quantitativa, mas qualitativamente, bastante inferior ao seu “Grupo Wagner”, o exército de mercenários russos na Ucrânia, cuja existência - e intervenção em conflitos como o da Síria, da Líbia ou da República Centro-Africana, são atestados e confirmados por inúmeros relatórios dos últimos anos, das Nações Unidas. Os militares russos, usam armas (mísseis) de alta precisão, para atingir alvos civis e arrasar cidades, vilas e aldeias. Putin, usa a sua máquina de guerra, para dizimar os povos que não leem pela sua cartilha. O “Holodomor” de Putin na Ucrânia é em tudo idêntico aos acontecimentos que levaram à morte por fome de milhões de ucranianos entre os anos de 1931 e 1933, empreendido pelo comunismo soviético, liderado por Stalin. Os relatos de Kharkiv, Mariupol, Bucha, etc., etc. são o testemunho impressionante dessa barbárie e desumanidade sem limites. Repetir aqui, os crematórios móveis criados pelas tropas russas para esconder os seus crimes na Ucrânia é trazer à memória esse período negro da história do nazismo na Europa. Ontem como hoje, a história repete-se, pelos piores motivos.

Todos os que não distinguem a barbárie e a desumanidade, como Putin, são instrumentos do mal que governam sob o terror, o totalitarismo, as repressões em massa, a limpeza étnica, as deportações, as execuções (no seu país e no estrangeiro) e a causa de morte por fome de milhares de cidadãos, hoje na Ucrânia, como ontem na Síria, Chechénia, Geórgia, Crimeia, Azerbeijão e Arménia, Cazaquistão, República Centro-Africana, Mali (aqui com o grupo de mercenários “O grupo Wagner”), etc.

A diferença entre esta invasão na Ucrânia e as outras atrás mencionadas, é que esta está a ser paga maioritariamente pelo povo russo (fora o saque que está a ser efetuado na Ucrânia), enquanto as outras são pagas pelos povos invadidos.

Está na hora de os cidadãos russos exilados, organizarem a resistência russa contra o governo imoral de Putin, através de mensagens e instruções aos seus compatriotas na Rússia, ajudando-os a criar e/ou apoiar a resistência interna, contra os “putinistas”. Contando com a resistência europeia, o povo russo deve contribuir decisivamente, para afastar do poder Putin, sob pena da ameaça séria ao extermínio de povos europeus sem dó nem piedade.

O míssil à ONU, foi o esgar de um louco no poder.