Ontem, em futebol, jogou-se a
supertaça Cândido de Oliveira, entre o Benfica e o Sporting. Ganhou o Benfica,
por uns expressivos 5 (cinco) a zero. Dir-se-ia que as hostes benfiquistas
rejubilaram de alegria e festa por mais esta conquista tão motivadora para
início de época. Porém, alega-se que não foi assim. Miguel Albuquerque, diretor
das modalidades leoninas, disse ter sido
atacado por 15 adeptos do Benfica no final da Supertaça. Segundo ele, quando se
dirigia para o seu carro, foi cobardemente atacado por cerca de 15 adeptos do
Benfica devidamente identificados com camisola desse clube, que ao me
reconhecerem avançaram em grupo desferindo vários murros na cabeça, socos e
pontapés. Por esta descrição, os adeptos do Benfica afinal não estavam
felizes mas com raiva por terem ganho ao Sporting e logo por cinco a zero. É
incompreensível, não é? É facto que o adepto nem sempre racionaliza os seus
atos. É facto também que os adeptos do Benfica ou do Sporting em dérbi, não são
das pessoas mais amistosas. Em regra, os adeptos da equipe que perde
“verbalizam” as suas frustrações ou a frustração da derrota, em atos
impensados. Também é verdade que alguns adeptos da equipe que ganha nem sempre
sabem comemorar de forma civilizada a vitória. Tudo isto vem nos livros.
Já é estranho, muito estranho,
que alguns adeptos da equipe categoricamente vencedora, alegadamente tenham
partido para a agressão física de um diretor das modalidades da equipe vencida,
a pretexto da vitória. É surreal, no mínimo …!
Menos surreal, muito menos, foi o
que eu ouvi hoje à hora do almoço, da boca do empregado de mesa, um indefetível
Sportinguista, de reação à derrota. “Sabe,
p’rá quela gente era uma decisão sumária, tipo Alcochete. Quais Bas Dost, é
tudo a chupar …”. Não reproduzo na íntegra, porque não é relevante. Apenas
demonstra a deceção do adepto do Sporting, perante tão copioso derrota e, mais
que isso, o sentimento de que essa responsabilidade é da atual direção e dos
jogadores (alguns?). Este comentário, que é parte de um comentário maias vasto,
realmente, contém alguma “violência” verbal que, se se ficar por aqui, nenhum
mal traz ao mundo. Pior é quando esta “violência” verbal é o rastilho para a
violência física, com atos de vandalismo, inaceitáveis.
Devem as autoridades, em tempo,
investigar o que se passou e sinalizar os autores dos crimes que foram
cometidos. Hoje, com os meios ao dispor, sistemas de videovigilância e outros,
é possível com alguma rapidez chegar aos autores dos ilícitos penais e afastar
de vez (ou não) a suspeição que recai sobre adeptos do Benfica. O facto de os
autores das agressões, como diz a vítima, estarem devidamente identificados com camisola desse clube, não prova que
sejam adeptos do Benfica, assim como um grupo de criminosos vestidos de
polícias, roubaram 720kg de ouro no aeroporto de Guarulhos, Brasil, e hoje
sabe-se que não eram polícias.
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