Por mais avisados que estejam, a tentação para o suicídio,
neste caso político, é enorme. É o poder, ainda que podre, é o poder. Esta
gente, experimentou, gostou e agora é muito difícil convencê-los de que o
“tempo passou”. Nada acrescentaram, sejamos francos, no tempo em que
episodicamente, estiveram no poder. Até foi caricato... mas que importa isso,
se os mesmos não pensam assim? Eles querem, e têm alguns seguidores, estes mais
preocupados na manutenção dos seus interesses pessoais e de grupo e muito menos
interessados nos outros, que somos todos nós que nada temos a ver com eles.
Aliás, dentro deles, há quem queira terrenos mais firmes, com mais Relvas.
Afinal estes, são o símbolo maior da total degradação do partido a que
pertencem e como abutres que são desejam a putefração.
Só que Santana surf noutra onda. Ele não é menino de Rio e
muito menos de Relvas sintéticas. Ele tem o estatuto de menino de Sá Carneiro,
ou seja, gente do PPD. Lembram-se? É isso! Rapaziada que após o 25 de Abril d
1974, e na sequência da ala liberal, Marcelista, e em contraposição com o PS de
Soares, pretende impor um partido de feição liberal com laivos
social-democrata. Aliás, é aqui que, desde a sua fundação, se instalou o
equívoco. A “mixórdia” no PSD/PPD tem muito de ante-25Abril e muito pouco de
pós-25Abril. É curioso, por exemplo, ver os mais novos do PPD/PSD que são
vazios de ideologia e herdeiros do situacionismo obscurantista e beneficiários
dos subsídios partidários que passam de geração em geração e mantém o “status o
quo” no âmbito de defunto centrão. Santana, Rio, Montenegro, Rangel, Relvas e
outros, são a face imperfeita de um PSD que tarda em ser útil ao país. Temos de
admitir que quando as pessoas do PSD/PPD desistem, se lancem ao Rio...!
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