sexta-feira, 9 de novembro de 2012

"A POBREZA REGENERADORA"

Alguém do PS (julgo que o presidente da sua bancada parlamentar), terá dito a frase que serve de título a este escrito, num debate parlamentar sobre a proposta de orçamento do Estado para 2013, apresentado pelo Ministro das Finanças Vitor Gaspar, na Assembleia da Républica. Evidentemente, que a «pobreza regeneradora» não poderá ser uma espécie de cura de emagracimento coerciva do "Estado Social", nascido com a democracia portuguesa e mantido até ao presente (com fortes safanões ao longo dos tempos, diga-se), por todos aqueles que sufragaram o regime democratico. Mas, a verdade, é que a polílica levada a cabo por este governo terá que ser entendida como de verdadeiro empobrecimento da população em geral, particularmente da classe média e dos de menores rendimentos, com o ultraje aos pensionistas e reformados, uma vez que têm sido estes que de uma forma reiterada têm sido o alvo mais privilegiado dos cortes e/ou aumentos significativos dos seus impostos e, em qualquer dos casos, visto diminuirem drasticamente o acesso aos bens sociais a que legitimamente têm direito.
Justifica quem nos governa, que isso é assim, pelo excesso de dívida pública. Aliás, o próprio Ministro das Finanças, vai ao ponto de dizer "Existe aparentemente um enorme desvio entre o que os portugueses acham que devem ter como funções do Estado e os impostos que estão dispostos a pagar." Está em causa, pois, o "Estado Social", saído da revolução de Abril, em Portugal, e, na Europa, como argamassa unificadora e pacificadora dos europeus. Esta geração que nos governa, quer cá quer na europa, padece de valores e principios politicos verdadeiramente democraticos e desconhece a história do seu país e também da Europa. Esta geração que nos governa, é a geração dos modelos, do wall street, da economia de casino, da internet, e da comunicação «sem alma». As pessoas são o objecto ( e não os sujeitos), das programações quantitativas dos remanescentes dos ricos e poderosos. São a fonte da usura dos especuladores financeiros e dos obscuros banqueiros do mercado global dos empréstimos e das dívidas. Para tudo isto, a geração que nos governa, foi preparada e treinada, tendo a sua ascenção se ficado a dever ao percurso partidário e/ou às instituições ligadas à globalização. Seja como for, partidários de um liberalismo absoluto, contraditórtiamente (ou não...!) usam o Estado como trampolim para a satisfação das suas ambições pessoais ou de grupo. Enfim, são uns «pobres diabos», que condicionam dramaticamente a vida de cada um de nós.
Haja a coragem para dizer BASTA...!

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