Como
se sabe, os partidos políticos não são empresas, pelo menos no vulgar sentido do
termo, ou seja, uma unidade
económico-social, integrada por elementos humanos, materiais e técnicos, que
tem o objetivo de obter utilidades através da sua participação no mercado de
bens e serviços. Os partidos são um grupo
organizado, legalmente formado, com base em formas voluntárias de participação
numa associação orientada para ocupar o poder político. Vem isto a propósito,
do candidato do PSD à Camara Municipal de Loures, André Ventura.
André
Ventura é militante do PSD e visa com a sua participação voluntária no partido
ocupar o poder, neste caso autárquico. Fá-lo, no entanto, através de métodos
empresariais, mais especificamente, como agente da loja dos batráquios em que se transformou este PSD. Este candidato,
Perereca, espalha o terror pela
comunidade cigana, não só aquela que habita a região em que se candidata, como
por toda a restante em que a sua imagem está presente. No fundo o candidato Perereca funde-se à tradição portuguesa
mais perversa e coloca a sua imagem à entrada da cidade, das ruas, de
restaurantes e outros estabelecimentos comerciais para afastar e impedir a
frequência de pessoas ciganas.
Bem
tentou a jovem realizadora, Leonor Teles, vencedora do “Urso de Ouro”, em
Berlim/2016, com o seu filme ‘Balada de um Batráquio’, e através da sua
história pessoal “…chamar a atenção para
um comportamento crescente que se aproveita da crença e da superstição como
forma de menosprezar e distanciar outros seres humanos."
O
Candidato Perereca não viu o filme.
Passos Coelho também não…!